terça-feira, 15 de abril de 2008

Futebol: Regulamento omisso e outras


Vamos falar um pouco sobre o futebol pernambucano.

Regulamento omisso.

Primeiramente, falarei a respeito de algo que tem sido discutido desde o último domingo e que a impensa local noticiou como se fosse algo extraordinário.

É o caso do Santa Cruz, supostamente, estar em 3º lugar na classificação geral do campeonato pernambucano 2008. O Santa Cruz, pessoal, que disputa o Hexagonal do Descenso, conhecido como Hexagonal da Morte, ou seja, aquele que reúne os 6 piores clubes do campeonato.

Alguém minimamente racional irá fazer a pergunta: se ele disputa o hexagonal dos piores, como pode figura em 3º lugar no geral, incluindo os melhores?

Pois é, coisas deste campeonato pernambucano esdrúxulo. Um torneio em que não houve clássicos no 1º turno e que, por conta de sua peculiaridade (vamos dizer assim), tirou ao Santa Cruz o direito de disputar clássicos em 2008.

Agora surge essa questão que, de certa forma, é polêmica. A imprensa informa, com um estranho tom de comemoração, que o Santa Cruz é o 3º lugar no geral. Muitas pessoas já repetem esse inusitado e incoerente fato, aceitando-o como se fosse verdade, sem, como de costume, questionar e raciocinar antes de repetirem algo que lêem, ouvem ou vêem na imprensa.

Vamos aos fatos.

Eu já tinha lido o regulamento da competição e não me recordava de ter visto algo a respeito do assunto agora em voga.

Por conta disso, li e reli o tal regulamento e cheguei à seguinte conclusão:

Há OMISSÃO com relação à classificação geral do campeonato ao final do 1º e 2º turnos e isso passa como ficarão os clubes tanto do Hexagonal do Título (os 6 melhores) quanto do Hexagonal do Descenso (os 6 piores, onde se encontra o Santa Cruz).

O regulamento não fiz expressamente que os clubes do Hexagonal do Título serão os 6 primeiros colocados ao final do campeonato, bem como não faz referência aos clubes do Hexagonal do Descenso figurarem entre os 6 melhores ao final de toda a competição.

Como eu disse acima, qualquer pessoa com a mínima capacidade racional irá questionar a carência de lógica no fato de um time que disputa o Hexagonal do Descenso (ou seja, dos PIORES) possa ficar à frente de um time que dipusta o Hexagonal do Título (ou seja, dos MELHORES).

Isso não faz sentido algum. Um clube que tem a chance de disputar o título do 2º turno não pode ficar, ao final do campeonato, atrás do clube que disputa para não ser rebaixado à Segunda Divisão estadual. Coisa de louco ou de quem acha que todos são idiotas!

E essa questão se reflete na disputa pelas 3 vagas de Pernambuco na Série C de 2008. O futebol pernambucano tem 3 vagas de acesso à Série C e o campeonato pernambucano é o torneio "classificatório" para esta competição nacional. O Santa Cruz já está garantido na "terceirona", posto que foi rebaixado da Série B. Então, as 3 vagas estão em jogo e quais clubes ficarão com elas? Os que disputam o Hexagonal do Título, que estão entre os 6 melhores ou todos os clubes, incluindo aqueles do Hexagonal do Descenso, dos 6 piores?

Atualmente, na teoria, as 3 vagas vão para:

Central - 28 pontos
Salgueiro e Ypiranga - 26 pontos

Todos do Hexagonal do Título.

Acontece que o Petrolina, do Hexagonal do Descenso, tem 25 pontos. Portanto, é possível que nas duas últimas rodadas o Petrolina ultrapasse Salgueiro ou Ypiranga, ou mesmo os dois clubes. E aí, o Petrolina, do Hexagonal dos piores, ficará com uma vaga na Série C em detrimento de um clube que disputou o Hexagonal dos melhores?

Bem, pela lógica da imprensa pernambucana, sim. Pois se o Santa é o 3º lugar geral do campeonato, logo o Petrolina também ficaria à frente de um ou dos dois clubes supra citados.

Ocorre que:

1. O regulamento é omisso quanto a este ponto.

2. Isso não faz, como já foi dito, o menor sentido.

E de quem é a culpa?

Do gênio que criou este regulamento criticado por todos os torcedores. Dos dirigentes de TODOS OS CLUBES que aprovaram, por unanimidade, este regulamento tosco e esdrúxulo.

Se há omissão, o que fazer?

Vamos ao Art. 72 do genial regulamento, pois é nele que se encontra a base para dirimir qualquer dúvida gerada por omissão. O citado artigo diz, ipis literis:

Como em meu entendimento há omissão, acredito que a FPF terá que se pronunciar a respeito.

Assim sendo, a FPF terá duas opções:

1. Redimir-se um pouco da besteira que fez ao estragar o campeonato pernambucano com este regulamento tão criticado.

2. Manter a insensatez e aumenta ainda mais a besteira.

Torço para que haja lógica e que vença o bom senso.

_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _


Náutico consegue aumento da "Cota da TV".

O Náutico conseguiu um aumento de sua cota de televisão do campeonato brasileiro 2008. Pulou de R$3,2 milhões para R$5,5 milhões (embora as notícias sejam conflitantes, muitas falam em R$3 mi e R$5 mi, enfim...).

O clube bateu o pé em janeiro deste ano e disse que não assinaria o acordo se fosse receber as migalhas que recebera pelo campeonato do ano passado. Os argumentos eram simples e diretos:

1. Com essa cota o clube estaria condenado ao rebaixamento ou, na melhor das hipóteses, à briga contra o rebaixamento (assim como em 2007).

2. Não era justo receber em 2008 o mesmo valor recebido em 2007. Se em 2007 o valor já era injusto se comparado a todos os outros clubes, o que dizer a respeito de receber o mesmo valor sendo o seu segundo ano consecutivo na 1ª divisão? Não fazia sentido e nem era justo.

Graças à postura firme da Diretoria e com a ajuda de Congressistas pernambucanos torcedores do Náutico, o clube conseguiu, após meses de discussões, reuniões e resistência, o aumento na sua cota. Mas a que custo foi concedido este aumento? Quais teriam sido os argumentos dos "nossos" congressistas junto ao presidente da CBF e da rede de televisão detentora dos direitos do campeonato brasileiro? Ficam os questionamentos, as dúvidas.

De qualquer sorte, R$5,5 milhões é muito melhor que R$3,2 milhões, mas continua a ser migalha. O Náutico deixou de ser o clube com pior cota, ao lado do Ipatinga, para ser o clube com a segunda pior cota do brasileirão 2008.

O Náutico tem cota pior do que o Bahia, que está na Série B do campeonato brasileiro. Isso para não falar do Corinthians, que ano passado foi rebaixado com cota quase que 10 vezes superior à do Náutico, e que este ano negociou com a tal rede de televisão e irá receber quase 6 vezes mais que o Náutico.

Eita que a Série B é muito boa, hein? Ou será que existe algo de muito errado nessa divisão do gordo e apetitoso bolo do dinheiro da "TV"? O que me causa mais estranheza é que são poucos os jornalistas e críticos a questionarem essa situação. Ou alguém já viu algum jornalista de projeção nacional escrever ou falar sobre este assunto? Ninguém questiona, ninguém discute. Até os paladinos da imprensa esportiva brasileira analisam o campeonato brasileiro e falam dos clubes como se todos estivessem em pé de igualdade.

Agora temos novidades. Dizem por aí que a partir de 2009 a divisão da "cota da TV" será mais justa, baseada em critérios mais transparentes e técnicos. Especula-se que alguns fatores serão determinantes na divisão do bolo de dinheiro da "TV", a saber:

- Média de público nos estádios.

- Transmissões pela TV.

- Desempenho no campeonato brasileiro.

Torcemos para que isso ocorra. São critérios mais cristalinos e justos. Receberá mais aquele que levar mais público aos jogos, que tiver mais transmissões pela TV (o que é lógico e ocorre em países da Europa, mas porque nunca questionaram isso por aqui? Vai saber...) e que for melhor no campeonato, ou seja, dentro de campo. Enfim critérios técnicos prevalecerão e deixarão de lado a mera vontade de um grupo ou o interesse de uns em detrimento de outros.

Em se tratando de Brasil, surge a pergunta: será???

Esperamos que sim.

Assim sendo, eu lanço dois questionamentos com relação ao Clube Náutico Capibaribe:

- Será que a Diretoria irá revelar, finalmente, o público real dos jogos?

Os comentários entre todos os torcedores é que o público real sempre é omitido e o anunciado oficialmente é encolhido. Isso fica aparente em muitos jogos, quem é acostumado a ir ao Estádio dos Aflitos custa a acreditar no público anunciado oficialmente. Eu sempre tenho minhas dúvidas, mas são apenas dúvidas, afinal quem irá afirmar tal coisa?

Temos aí uma boa chance de, finalmente, acabarmos com essa dúvida.

Mas aí poderá surgir uma nova dúvida, que é o meu segundo quesionamento:

- Será que vamos ver um fenômeno inverso, ao invés de encolher o público anunciado oficialmente, haverá um inchaço?

Se todos questionam os públicos anunciados até hoje, sempre por acharem que vão mais pessoas aos jogos do que o anunciado, deve ser porque exista certa facilidade em não se anuciar o público real.

Portanto, se há esta facilidade, ela também poderá se verificar ao contrário a partir de agora. Se ter mais público é o que interessa, o que impediria de haver um inchaço?

O tempo nos dirá.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Olhar / Reflexão


Tirando as teias de aranha...


Olhar / Reflexão

Olho-te nos olhos,
Vejo sombra em tua alma.
Estás coberto por um manto negro
De tristeza, de pavor.

O que te tornaste?
O que fizeste contigo?
A melancolia toma o teu ser,
Triste retrato do que já foste um dia.

Onde está aquela alegria espontânea,
Aquela graça expansiva?
Tua beleza exterior
Já não esconde o que há em teu interior.

Antes transmitias felicidade.
Tua companhia era momento único,
Prazer gratuito e sem igual.

Hoje não tens expressão.
És poço de rancor,
Fonte de sofrer e dor.

Olho-me no espelho,
Vejo sombra em minha alma!
E me pergunto:
O que aconteceu comigo?

sábado, 16 de fevereiro de 2008

FC Porto: clube mais vezes campeão nos últimos 10 anos


A Deloitte* publicou mais um dos seus estudos sobre o futebol internacional, desta vez sobre o desempenho esportivo.

O estudo aponta os clubes mais vitoriosos do mundo nos últimos 10 anos. Leva em consideração apenas títulos nacionais, taças e títulos continentais (no caso, a Uefa Champions League e a Libertadores da América). Exclui supertaças nacionais e internacionais (como o "Mundial de clubes"), bem como a Taça UEFA.

Os dois primeiros colocados são o FC PORTO e o Bayern de Munique, ambos com 13 conquistas e em igualdade: sete campeonatos, cinco taças nacionais e uma Champions League, nos últimos 10 anos.

A lista dos 10 mais bem colocados é a seguinte:

1. FC Porto e Bayern - 13

3. Boca Juniors e Celtic - 10

5. Manchester United e Glasgow Rangers - 9

7. Ajax, PSV e River Plate - 8

10. Arsenal e Real Madrid - 7

Como pode se ver, nenhum clube brasileiro. Mas isso tem duas explicações:

- O camp. brasileiro é bem mais equilibrado.

- O clube que disputa a Libertadores não tem direito a disputar a Copa do Brasil (o que já exclui uma possibilidade de título).

Comparando os brasileiros com os argentinos (que têm dois clubes na lista), os clubes argentinos ainda têm uma vantagem:

- Disputam DOIS títulos nacionais em um mesmo ano. A chance é dupla.

Com base nesse estudo, um site de torcedores do FC Porto (www.fcporto.ws) resolveu complementar os números, levando em consideração os torneios não abrangidos pelo levantamento da Deloitte.

Os torneios foram: supertaças continentais e nacionais, a taça intercontinental/campeonato mundial de clubes, a Taça UEFA e as provas correspondentes no continente sul-americano.

E o ranking dos 10 primeiros ficou assim:

1º FC Porto (21)

2º Bayern (15)

3º Rangers, Manchester United e Celtic (14)

6º PSV e Lyon (13)

8º Boca Juniors, Real Madrid, Ajax (12)

O curioso disto tudo é que o FC Porto sequer aparece na recente lista, elaborada pela mesma Deloitte, dos "20 clubes mais ricos do mundo", lista que leva em consideração o faturamento dos clubes ao longo da temporada. Nenhum clube português figura entre os 20 mais ricos, por sinal.

Acontece que o FC Porto termina por se prejudicar ao estar ligado a um país menos rico na União Européia e por disputar um campeonato nacional menos interessante do ponto de vista do mercado da bola. Os títulos nacionais, continentais e mundial provam que o FC Porto é um dos maiores clubes da Europa e do Mundo, um feito digno e admirável, principalmente se levarmos em conta que fica à frente de vários clubes com poder aquisitivo imensamente maior.

O primeiro dessa lista "dos mais ricos", por três anos seguidos, é o Real Madrid, com faturamento de 351 milhões de euros. Reparem que no ranking de títulos o Real Madrid é apenas o 9º colocado na lista da Deloitte e o 8º na lista complementar feita pelo fcporto.ws.

De acordo com os dados da Deloitte, os clubes de futebol geraram receitas que somam o valor de 3,7 bilhões de euros na temporada 2006/07.

CONFIRA OS 21 TÍTULOS DO FC PORTO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS:

1 Liga dos Campeões da Europa (campeão europeu) - 2003/04

1 Taça Intercontinental (mundial de clubes) - 2004

1 Taça UEFA - 2002/03

7 Campeonatos Nacionais (campeão português) - 96/97, 97/98, 98/99, 02/03, 03/04, 05/06, 06/07

5 Taças de Portugal - 97/98, 99/00, 00/01, 02/03, 05/06

6 Supertaças Cândido de Oliveira (supertaça de Portugal) - 97/98, 98/99, 00/01, 02/03, 03/04, 05/06

E vem, pelo menos, mais um título português a caminho. O tricampeonato 05/06, 06/07, 07/08, é questão de tempo!

Enfim... SOMOS OS MELHORES!!!

*A Deloitte é uma empresa suíça de auditoria, consultoria tributária, consultoria em gestão de riscos empresariais, corporate finance, consultoria empresarial, outsourcing, consultoria em capital humano e consultoria atuarial. Uma das maiores empresas de serviços profissionais do mundo.

sábado, 19 de janeiro de 2008

E a passagem aumentou novamente...


Desde o começo desta semana a população recifense e da Região Metropolitana passou a pagar mais caro pelo transporte urbano. As tarifas cobradas pelas empresas responsáveis pelo transporte público tiveram um aumento de 8.59%. Pouco mais de dois anos depois do último reajuste, ocorrido em novembro de 2005, os empresários se sentiram na necessidade “vital” de elevarem os custos do transporte.

Dois anos e dois meses depois de muitos protestos e bastante revolta dos estudantes e do povo menos favorecido, os empresários, a EMTU e o Governo do Estado nos brindam com mais um aumento. Os 8.59% propostos pela EMTU, dirigida pelo petista Dílson Peixoto, correspondem ao Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), de novembro de 2005 a janeiro de 2008. Porém, acreditem, os empresários queriam ainda mais, para eles o reajuste deveria ser de 28,13%. Pobres coitados, não é mesmo?

O anel A, mais utilizado (cerca de 70% dos usuários), saltou de R$ 1,60 para R$ 1,75. Os anéis B e D, também entre os mais utilizados, saltaram para R$ 2,60 e R$ 2,10, respectivamente. 70% dos usuários estão pagando RS 0,15 a mais por passagem, portanto, no mínimo R$ 0,30 por dia, que dá uma média de R$ 1.80 por semana, R$ 7,20 por mês, isso calculando que a pessoa apenas precisará de duas passagens diárias, em seis dias por semana, o que todos sabem que não corresponde à realidade social dos trabalhadores da RMR e de muitos estudantes.

As tarifas aumentam, mas será que a qualidade do transporte público também aumenta? Os empresários dizem que sem o aumento a qualidade oferecida à população irá cair, pois seus custos se elevaram, logo as passagens devem cobrir estes custos, portanto, o povo tem que pagar por isso, pois o lucro há de ser salvo. Entretanto, alguém pode me responder: de novembro de 2005 para janeiro de 2008 a qualidade do transporte público aumentou ou caiu?

Os empresários devem achar que o povo é burro e desprovido de qualquer capacidade de raciocínio e crítica. Se a desculpa dada sempre é a de manter a qualidade do produto oferecido, então, basta fazermos uma breve análise do que aconteceu nos últimos anos. A qualidade aumentou, caiu, ou, pelo menos, manteve-se no mesmo nível?

Quem usa o transporte coletivo sabe muito bem a resposta. É óbvio e evidente que a qualidade caiu de maneira absurda! E o grande marco para a queda da qualidade do transporte público foi o fim do transporte alternativo, mais conhecido por “kombeiros”. E porquê isso terá ocorrido?


Simples: os “kombeiros” promoviam uma concorrência com as empresas “tradicionais”. Ofereciam preços mais baixos, o que atraia grande parcela da carente população do grande Recife; ofereciam linhas alternativas, que melhor serviam as pessoas. Os “kombeiros” trouxeram algo novo para os usuários de transporte coletivo da RMR, a sensação de que havia uma alternativa mais barata e eficaz.

Foi na época áurea do transporte alternativo que surgiram novas linhas do “transporte tradicional”; foi também nessa época em que surgiram os “geladinhos” e “geladões”, com ar-condicionado, e outros veículos com muito mais comodidade e conforto para os passageiros. As empresas, temendo a concorrência, foram forçadas a aumentarem seus custos, abrir mão temporariamente de parte dos seus lucros, para frear o crescimento da demanda dos transportes alternativos. A população da Grande Recife pôde vivenciar a livre concorrência e colher, daí, uma melhor estrutura, enfim, um melhor tratamento.

Porém, os empresários não estavam satisfeitos com essa situação. Se há algo que a maioria do empresariado não gosta nem de ouvir falar é redução de lucros. E os “kombeiros” incomodavam, na medida em que faziam concorrência e ofereciam uma alternativa às pessoas, os lucros das empresas iriam sofrer. E no mundo em que vivemos, as pessoas não têm vez, os seres humanos são relegados a seres inferiores, sem face, tornam-se em uma massa meramente consumidora. De cidadão a consumidor, esta é a realidade.

Chomsky lançou a pergunta: o lucro ou as pessoas? A EMTU, a Prefeitura (Popular) de Recife, o Governo do Estado e os empresários do transporte coletivo na RMR deram a reposta: o lucro. E lá se foram os “kombeiros”, em sua maioria pessoas de baixa renda, desempregadas, que tinham como única fonte de renda o trabalho honesto de motorista e cobrador do transporte alternativo. A Prefeitura (Popular) de Recife, cujo lema é “cuidar das pessoas” não pensou na imensa maioria das pessoas, no povo sofrido de baixa renda, naqueles que sofrem o cotidiano de trabalhos duros e mal pagos; da exploração do capital.

E, desde então, o transporte público sofreu uma queda vertiginosa de qualidade. Para quê investir e manter veículos de maior consumo se já não existe mais concorrência, não é verdade? Exatamente. Foi isto que fizeram, paulatinamente, os empresários da RMR. E não houve aumento de valor das passagens que fez esta queda brutal na qualidade parar. Aumento de qualidade? Isto só nos melhores sonhos utópicos de quem acredita que um dia o povo será tratado de forma humana e fraterna.

Eis que chegamos, finalmente e infelizmente, a 2008. No comando do Governo Estadual um novo grupo, saiu a coalizão de direita e entrou a de centro-esquerda. Em campanha, o atual governador prometeu redução das tarifas. Um sonho a ser realizado? Um governante que pensa nas pessoas? Ou mera promessa demagógica de campanha?

Mais uma vez, o lucro prevaleceu. E a promessa de redução do valor das tarifas não passou de palavras soltas ao vento, de propaganda eleitoral. Mais um engodo para o povo. Na prática, a mudança não existiu.

Houve novo aumento. O Governo do Estado, ao invés de cumprir sua promessa, apresentou uma proposta de 8.59%, os empresários, mesmo contrariados, aceitaram, pelo menos estarão a somar.

Aproveitaram o mês de janeiro para tomar esta decisão. Mês de férias escolares e acadêmicas, época, também, em que muita gente está pensando em praia, sombra e água fresca. Um período bastante propício para evitar grandes mobilizações populares. Quanto menos barulho, melhor para aqueles que estão no comando.

As passagens aumentaram, mas o povo continuará sofrendo com ônibus lotados, veículos desconfortáveis e em péssimo estado de conservação, frotas reduzidas e da insegurança nos coletivos, reflexo desta calamidade que assola nosso estado. Tudo isso irá continuar, e, se for mantida a tendência dos últimos anos, não apenas as passagens aumentarão, a péssima prestação de serviços também.

Se não nos levantarmos, se não nos fizermos ouvir, seremos cada vez mais ignorados, explorados e desprezados. Não podemos baixar nossas cabeças e nos conformamos. O conformismo é alimento para aqueles que querem explorar e enriquecer às custas do povo.

A união é necessária. A mobilização é essencial.

Se o lucro está acima das pessoas, o que será das pessoas?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Vencer é o que importa?


"O vice-campeão é o primeiro dos últimos".

Essa é uma frase bastante comum no nosso país. Significa que ficar em segundo é sinônimo de fracasso. Apenas a vitória interessa, não importando os meios necessários para atingi-la. Perder, mesmo que com dignidade, superando suas fraquezas e seus limites, é fracassar e não tem valor algum. Em resumo, se você não é um vencedor, você é um nada, insignificante; apenas os vencedores têm valor e merecem admiração.

Infelizmente, esse pensamento não se resume exclusivamente ao mundo esportivo. O esporte reflete a sociedade. Se já é lamentável no mundo esportivo, o que dizer do meio social? Ultrajante, absurdo. É um tipo de pensamento que se torna prejudicial à vida humana, posto que entra em conflito com a idéia de solidariedade, que deveria ser primordial em qualquer relação humana e no convívio coletivo.

As pessoas vivem em constante competitividade, são educadas para competir, ser sempre melhores dos que as outras. Cria-se um individualismo que retira qualquer forma de solidariedade. A idéia de apoio ao próximo se torna ridícula. O que importa é o sucesso individual. Não se procura dar o melhor de si e tentar ajudar o próximo para que ele atinja seu objetivo. A derrota e o fracasso do outro são celebrados quando lhe favorece.

A competitividade extrema rima com individualidade, o oposto de coletividade e companheirismo. Na maioria das vezes, fazer apenas o seu não é suficiente para que o todo cresça e haja harmonia no meio social. Pelo contrário, o individualismo cria um fosso que separa as pessoas umas das outras, gera desigualdade e descrepâncias.

Viver em sociedade significa viver em coletividade. E isso deveria ser sinônimo de solidariedade, de trabalho em conjunto. Infelizmente vivemos em um mundo dominado pelo pensamento competitivo de ser o melhor e do absurdo de que "os mais fortes sobrevivem", como se competição, individualismo e egoísmo fossem características da natureza humana.

Um time de futebol é o conjunto de 11 jogadores ou o individualismo de 1 estrela? Quantas vezes não vimos um time muito mais fraco, sem estrelas, vencer um adversário repleto de grandes jogadores? O craque não joga sozinho, ele precisa de seus companheiros dentro de campo para que sua qualidade técnica se sobressaia e faça a diferença; ele pode vir a ser o jogador chave, o homem decisivo e mais importante do jogo, mas jamais decidirá sozinho, pois sem o apoio de seus companheiros no retângulo gramado, ele não logrará êxito. É o trabalho do conjunto, a força da coletividade que faz um time vencedor.

Na sociedade também deveria ser assim. O trabalho em conjunto, a cooperação entre todos, a força da coletividade deveriam ser valorizadas e postas em prática. Enxergar o próximo, saber dividir com ele o sucesso e ajudar a ultrapassar os obstáculos e evitar o fracasso. Cultivar o trabalho em equipe, aproveitar o que cada um tem de melhor para que o todo obtenha sucesso.

O crescimento coletivo gera o crescimento individual.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Os melhores álbuns de 2007

Começarei o ano de 2008 falando a respeito dos melhores álbuns de 2007. Melhores, evidentemente, na minha opinião, o que poderia ser denominado mais corretamente de "Meus 10 álbuns preferidos de 2007". Enfim, deixando essa discussão de lado, aí vai a lista:

In Requiem - Paradise Lost (http://www.myspace.com/paradiselostuk)

Considerado por muitos um dos melhores álbuns da banda desde o clássico "Draconian Times" (1995), "In Requiem" marca um retorno da banda a uma sonoridade mais pesada, mesclando as influências mais recentes do Rock Gótico com as mais pesadas dos tempos do Gothic/Doom Metal que levou a banda ao topo em meados dos anos 90.

Riffs pesados, teclados dando uma sonoridade atmosférica e obscura, e um Nick Holmes em grande forma, com um vocal mais agressivo. Atmosférico, sombrio, pesado e agressivo, com algumas pitadas de elementos eletrônicos que marcaram a fase da segunda metade dos anos 90, "In Requiem" é uma obra-prima do Gothic Metal e deixa claro porque o Paradise Lost sempre foi uma banda de vanguarda.

From These Wounds - Funeral (http://www.myspace.com/doomfuneral)

Depressivo, emocional e sombrio. É assim que podemos resumir, em três palavras, este belo exemplar do Funeral Doom Metal. "Down-tempo", atmosfera melancólica e triste, riffs sombrios, teclados dando um tom de sinfonia fúnebre e o vocal perfeito para o estilo, dando um toque apaixonante e emocionante às músicas. Este álbum te leva a uma estranha mistura de sentimentos, é de uma beleza emocionante, ao passo que é de uma melancolia depressiva. Palavras não suficientes para descrevê-lo. Magnífico.

Under Satanae - Moonspell (http://www.myspace.com/moonspell)

"Under Satanae" não é um álbum de músicas inéditas, e isso é inédito em uma lista minha, pois sempre dei preferência a álbuns de músicas novas. Trata-se de uma regravação das músicas mais antigas dos portugueses, mestres do Gothic Metal. Da época "Black Metal" da banda, anterior ao clássico "Wolfheart". Em "Under Satanae" o Moonspell presenteia os seus fãs com versões mais bem trabalhadas e produzidas, além de melhores executadas do EP
"Under the Moonspell", da demo "Anno Satanae" e da música "Serpent Angel", gravada originalmente em 1992 quando a banda ainda se chamava Morbid God.

E que diferença faz a equação: banda mais madura musicalmente, com mais experiência e qualidade técnica + dinheiro e estrutura para gravação e produção decentes. Under Satanae se torna um excelente álbum de Black Metal por ser diferente, por trazer arranjos sinfônicos e pitadas da música regional títpica do sul de Portugal, muito influenciada pela cultura dos Mouros (árabes que ocuparam a Península Ibérica). Álbum necessário tanto para os fãs de Black Metal quanto para os apreciadores do chamado "Dark" Metal.

The Atrocity Exhibition... Exhibit A - Exodus (http://www.myspace.com/exodus)

Costumam dizer que o vinho quanto mais velho, melhor fica. Pois bem, parece que é o caso do Exodus. Os estadunidenses têm lançado petardos atrás de petardos desde o retorno às atividades em 2004 com o já clássico "Tempo of the Damned". Em 2007 mais um álbum que poderá facilmente ser elevado à categoria de clássico, ao lado de "Bonded By Blood" (1985) e do já citado "Tempo of the Damned".

"The Atrocity Exhibition... Exhibit A" reúne riffs pesados, agressivos e empolgantes; bons e bem encaixados solos de guitarra; um belo trampo de cozinha, com um grande trabalho do baterista Tom Hunting; e, por fim, a presença marcante de Rob Dukes, na minha opinião o melhor vocalista que já gravou com a banda (que me desculpem os fãs do lendário Paul Baloff). Em síntese: um petardo!

Silent Waters - Amorphis (http://www.myspace.com/amorphis)

"Silent Waters" é o sucessor natural de "Eclipse", primeiro álbum do Amorphis com o vocalista Tomi Joutsen, lançado em 2006. Tão natural que a banda não esperou muito tempo entre um álbum e outro. Podemos dizer, ainda, que demonstra um crescimento e amadurecimento com sua nova formação e isso permitiu que a banda fizesse um excelente álbum, resgatando, inclusive, um pouco da sonoridade dos velhos tempos e mesclando com os elementos mais recentes.

Trata-se de um trabalho que varia do peso e agressividade a momentos com arranjos mais climáticos e introspectivos. Do Death Metal Melódico ao Folk Metal e Progressivo, com belos arranjos de teclado e sintetizadores, bons riffs e solos de guitarra e uma excelente versatilidade do vocalista Tomi Joutsen, que vai do agressivo ao melódico com qualidade admirável. Peso, agressividade, melodia e introspecção, "Silent Waters" mostra que o Amorphis sabe trabalhar com versatilidade, originalidade e criatividade.

From Below - The Fall of Every Season (http://www.myspace.com/thefallofeveryseason)

"From Below" é o début-CD do "one man project" The Fall of Every Season, projeto do norueguês Marius Strand, que compõe, canta, e toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano, bateria além de fazer as programações eletrônicas. Calmo, melancólico, lento, épico e depressivo... Verdadeiramente depressivo.

"From Below" é um Progressive Death/Doom Metal, com muitas passagens de Melodic Doom, que traz uma combinação de Anathema, Katatonia, Saturnus e Novembers Doom. Marius explora muito bem o vocal gutural e o limpo... O limpo é de uma beleza emocionante, transmite com primazia uma atmosfera de pureza e tristeza. Os riffs de guitarra, os arranjos épicos e melancólicos, o violão, tudo se encaixa perfeitamente. Belíssimo álbum de Doom Metal.

The Novella Reservoir - Novembers Doom (http://www.myspace.com/novembersdoom)

Novembers Doom ou Novembers Death? Brincadeiras à parte, "The Novella Reservoir" é, indubitavelmente, o álbum mais pesado e agressivo do Novembers Doom. As influências de Death Metal são latentes, vocal gutural, bateria extremamente pesada e o pedal duplo comendo solto, riffs agressivos e acelerados. Entretanto, a banda não deixa de lado a melancolia e melodia do Doom Metal, o que se nota em várias passagens mais introspectivas.

"The Novella Reservoir" equilibra peso, agressividade, como melodias e um pouco de melancolia. Death/Doom Metal com um pé no Death Progressivo. Muito bom.

Leaving Eden - Antimatter (http://www.myspace.com/antimatterband)

Antimatter é uma banda britânica fundada pelo músico e compositor Mick Moss e o baixista Duncan Patterson (ex-Anathema). "Leaving Eden", entretanto, é o primeiro álbum da banda como, digamos, projeto exclusivo de Mick Moss, posto que Duncan Patterson deixou o grupo para se dedicar a um álbum solo. E se muitos temiam que a saída de Duncan fosse afetar a banda, Mick Moss nos brinda com o fantástico "Leaving Eden", um álbum de belas composições, com magníficos arranjos de teclado, piano e a grande participação de Danny Cavannagh (Anathema).

"Leaving Eden" é um álbum de Rock Progressivo, bastante sombrio e melancólico. Mick Moss é dono de uma voz cativante, encantadoramente triste e emocionante. Algumas passagens de violino, outras de violoncelo, orgão, encrementam e aprofundam ainda mais o clima soturno que cerca o álbum. Aos amantes de música sombria e melancólica, principalmente da escola britânica: "Leaving Eden" é um álbum essencial.

Souvenirs d'un Autre Monde - Alcest (http://www.myspace.com/alcestmusic)

Quem escuta "Souvernirs d'un Autre Monde" dificilmente consegue imaginar essa mesma banda tocando Black Metal. Pois bem, Alcest começou como projeto de Neige, que depois se tornou uma banda com a incorporação de outros dois componentes e, sim, era Black Metal, porém um pouco diferente, com uma sonoridade mais fria, melódica e melancólica.

Atualmente a Alcest é um "one man project", Neige novamente caminha solitário neste jornada, e de Black Metal "Souvernirs d'un Autre Monde" praticamente não tem nada. Mas a sonoridade fria, melódica, melancólica permaneceu. É um álbum que nos faz relaxar, acalma-nos, é introspectivo, quase que um convite a uma viagem de sonhos e nostalgia. A música pode ser definida como uma mistura de Shoegazer com Metal, mas o que realmente se destaca é a capacidade que Neige tem de nos fazer refletir sobre a vida e nossa existência. Belíssimo.

Humanity: Hour 1 - Scorpions (http://www.myspace.com/officialscorpions)

Bom e velho Rock! Scorpions é uma banda clássica do Rock mundial, os dinossauros do Hard Rock, que estão na ativa há mais de 40 anos, e lançaram inumeros clássicos desde o primeiro álbum, "Lonesome Crow" (1972).

Depois de um flerte com a música mais comercial nos anos 90, os alemães lançaram "Unbreakable" (2004), um retorno ao Hard Rock. "Humanity: Hour 1" vem nessa mesma linha, o bom e velhor Hard Rock, pesado, melódico, com músicas diretas e agitadas e algumas baladas mais calmas e relaxantes. Excelentes melodias, bons riffs, boa performance do grande Klaus Meine e refrões grudentos, fazem de "Humanity: Hour 1" um álbum que depois de escutado não sai da tua cabeça. Bom exemplar de Heavy Rock.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Pensamento. Reflexão.


Por vezes falamos coisas que não deveríamos falar. Há ocasiões em que pensar duas vezes e ponderar as palavras são bem-vindos e, principalmente, necessários. Quem nunca se arrependeu de abrir a boca e falar a primeira asneira que tem passa pela cabeça sem sequer se dar conta daquilo que estás dizendo, do sentido que aquilo tem, pode vir a ter ou, até, do fato de não fazer sentido algum? Reflexão, ponderação. Duas palavras que devem ser tomadas como primordiais. Há quem se arrependa de dizer o que não queria ou o que não devia. Há momentos e conjunturas que não permitem falha, vacilo, asneira e/ou estupidez. Não estamos falando de frieza ou ser calculista. Trata-se apenas de não dizer a primeira besteira que vem à cabeça, achando que as suas palavras não irão repercutir, não serão sentidas e não interferirão no outro. Principalmente quando esse outro é alguém por quem tenhamos carinho, afeto, respeito, amor.

Pensar é um dom. Ser ponderado é um dom. Usar a inteligência e a capacidade racional do ser humano não é um dom, é uma questão de vontade e de disposição. Afinal, nós somos ou não mais evoluídos que o ser visto nesta foto?

Esta é minha reflexão. Espero ter sido compreendido.

Abraço a todos que perdem um pouco de seu tempo por aqui. E um beijo a uma pessoa especial (ela sabe que é).

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Liberdade Selvagem

Digamos que as letras do Moonspell, de alguma maneira, foram uma influência para estes versos que irei postar hoje.

Abraço a todos que aqui perdem um pouco de seu tempo. Obrigado!


Liberdade Selvagem

A lua cheia brilha no céu
Iluminando a gélida noite.
Estrelas cintilantes embelezam o ambiente.

A noite é calma,
O silêncio sepulcral é inspirador.
Aqui estou, sozinho,
Apenas eu e a natureza bestial.

Os raios lunares resplandecem em minha alma,
Fazem bater mais forte o meu coração.
Sinto-me livre,
Livre como um lobo selvagem.

O meu lado animal se liberta,
Transcende a minha racionalidade.
Sob o belo luar eu me transformo,
Deixo de ser homem,
Rasgo a pele que me aprisiona.

Liberdade é o que todos procuramos.
Sob os poderes míticos da lua cheia,
Já não tenho limites.

Não fico preso à essa pele.
Não me limito à racionalidade!
Fortaleço-me da beleza da natureza,
Inspiro-me no espírito selvagem,
Para me sentir livre.

domingo, 11 de novembro de 2007

Algoz melancolia

Já fazia algum tempo que eu não postava. Vamos ver se não passo tanto tempo sem postar novamente.

Esse texto não reflete meu estado de espírito. Não obrigatoriamente o meu atual estado de espírito.


Algoz melancolia

Quem és tu que me persegues
Em meus sonhos mais alegres
E os tornas tristes e amargos?

O que queres de mim
Nessa caça à minha paz
À felicidade que paira em meu ser?

Porque me persegues
Com teus cavaleiros sem face
Assombrando a minha mente?

As minhas noites
São ainda mais escuras
Com tua companhia ingrata

Os meus dias
Perdem o brilho de outrora
Se tornam pesarosos

Oh melancolia algoz
Porque me escolheste
Como alvo de tua expiação?

Porque me perturbas
Qual o teu prazer
Em me fazer infeliz?

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Pão e Circo

Essa é bem antiga, porém bastante atual, infelizmente. Continuamos a ser iludidos, continuam a nos oferecer "diversão e entretenimento em massa" para que nos esqueçamos daquilo que realmente importa, daquilo que verdadeiramente tem valor e dita as nossas vidas. Enquanto nós, o povo, divertimo-nos e nos entretemos, mais e mais nos prendemos às amarras, somos massificados e perdemos nosso senso crítico e nossa vontade de lutar, tornamo-nos acomodados e quem ganha com isso?

Agradeço a todos que visitam e comentam aqui neste blog. Valeu mesmo!


Pão e circo?! Não!

Pão e circo é o que nos dão.
Pão e circo, vivemos na ilusão.
Pão e circo é o que nos oferecem.
Pão e circo, enquanto eles enriquecem.
Pão e circo para o povo alienar.
Pão e circo para nos enganar.

Nem circo nem pão,
Demos um basta à ilusão.
Nem circo nem pão,
Acabemos com a extorsão.
Nem circo nem pão,
Que o povo faça uma revolução!