sábado, 24 de dezembro de 2011

Meus álbuns preferidos em 2011

Chega o fim do ano e se tem uma coisa que eu gosto de fazer é elaborar essas listas “melhores álbuns do ano”. Contudo, eu prefiro chamar de álbuns preferidos, pois, assim, evitam-se discussões por algo tão subjetivo que são os gostos e as preferências musicais.

Ao contrário do ano passado, quando senti alguma dificuldade em fechar a lista de “10 álbuns preferidos de 2010” e fiquei em apenas oito lançamentos (sendo um deles uma “forçada de barra”, como eu mesmo escrevi), esse ano a minha maior complicação foi definir a lista com apenas dez lançamentos.

Pois bem, após pensar bastante e lamentar deixar alguns nomes de fora, seguem, abaixo, a relação e, na sequência, meus comentários sobre cada álbum.

            1.       Kairos – Sepultura
            2.       Unto the Locust – Machine Head
            3.       Worship Music – Anthrax
            4.       3rd Round Knockout – Chrome Division
            5.       The Beginning of Times - Amorphis
            6.       Aphotic – Novembers Doom
            7.       Surtur Rising – Amon Amarth
            8.       Th1rt3en – Megadeth
            9.       A Fragile King - Vallenfyre
            10.   Evinta – My Dying Bride

Kairos – Sepultura


Clássico!

É assim que eu resumiria “Kairos”, se me pedissem para descrever o álbum em única palavra. Para mim, trata-se de mais um clássico da maior banda brasileira de todos os tempos, Sepultura.

Enquanto fã do Sepultura, sinto-me extremamente realizado por, finalmente, poder colocar um álbum dos caras no topo da minha lista, desde quando comecei a fazer essas listas, lá pelos idos de 2002. Mas é isso, “Kairos” é um álbum que nasce clássico e foi o meu lançamento preferido no ano de 2011.

Em julho postei aqui no blog uma resenha mais detalhada do álbum - http://emanuel-junior.blogspot.com/2011/07/resenha-kairos-sepultura.html – quem quiser, pode conferi-la. O que vocês lerão no presente texto, será um resumo daquela resenha.

“Kairos” é o melhor álbum do Sepultura desde o Chaos A.D., superando seus antecessores – Dante XXI e A-Lex, que são dois grandes álbuns também.

“Kairos” é um petardo! Depois de muito tempo, o Sepultura voltou a lançar um álbum com aquela pegada mais Thrash Metal, com riffs palhetados, solos de guitarra bem elaborados (no quesito solos, eu diria que se trata, sem a menor dúvida, do melhor trabalho do Andreas desde o Arise), bateria arregaçadora (Jean matou a pau!), vocais furiosos (o melhor trampo do Derrick no Sepultura), e boas linhas de baixo.

Pensado para ser uma retrospectiva dos 27 anos de carreira da banda, “Kairos” é, marcantemente, uma mistura da pegada Thrash Metal do Arise com o Groove do Chaos A.D., mas nos remetendo também a alguns timbres do Beneath the Remains, à percussão e cadência do Roots e a passagens mais sombrias do Dante XXI e A-Lex.

Em julho, eu tinha dificuldade para apontar qual seria a minha música favorita do álbum. Hoje eu posso apontar as minhas favoritas: “Kairos”, “Relentless”, “Mask”, “Seethe”, “Born Strong” e “No One Will Stand”.

Esse foi o álbum que mais escutei em 2011. Se brincar, escutei mais este álbum do que todos os outros juntos. Portanto, não poderia escolher outro para o primeiro lugar que não fosse o “Kairos”.

Unto the Locust – Machine Head


Bendito seja o Sepultura!

Vocês não devem ter entendido, né? Passo a explicar. Desde quando eu vi o clipe da música “From This Day”, há muitos anos, passei a ter preconceito com o Machine Head. Mesmo quando eles lançaram “Through the Ashes of Empires” e “The Blackening”, eu não dei uma chance aos caras. Foi preciso, então, o Sepultura anunciar uma tour sul-americana com o Machine Head e eu decidir que iria ver o show em São Paulo, para eu poder escutar o trabalhos dos americanos.

Então, é graças ao Sepultura que eu passei a conhecer a discografia do Machine Head, incluindo os excelentes “Through the Ashes of Empires” e “The Blackening”.

Quando o “Unto the Locust” foi lançado, eu já sabia o que esperar: mais um grande trabalho da banda que é, sem dúvidas, uma das mais criativas e competentes em todo o cenário do Heavy Metal mundial.

“Unto the Locust” é uma verdadeira obra-prima! Desde as primeiras audições, tornou-se meu álbum preferido do Machine Head.

Pesado, melódico, cadenciado, complexo, épico. A banda consegue, em cada uma de suas longas sete faixas, mostrar como é possível reunir elementos tão díspares em uma única cação, sem torna-la cansativa, e é isso o que torna “Unto the Locust” tão fascinante.

É um álbum extremamente pesado variando entre os riffs matadores e supersônicos do Thrash Metal e passagens mais cadenciadas, marcadas por riffs com grooves sombrios e arrebatadores, uma marca registrada da banda. Ao mesmo tempo, a banda consegue harmonizar tudo isso com melodias bem elaboradas, trazendo passagens mais melódicas e refrões em coros.  Além disso, os solos de guitarra são fantásticos e servem de pontes entre as diversas passagens das músicas.

Destacam-se as performances de Robb Flynn (tanto na guitarra, quanto nos vocais – em nítida evolução, podendo explorar muito mais a sua versatilidade), Phill Demmel nas guitarras (trazendo aqueles duos Thrash Metal dos tempos do Vio-Lence) e Dave McClain (que fez um excelente trabalho na bateria).

“I Am Hell (Sonata in C#)” abre o álbum de forma inusitada, com Robb Flynn cantando em latim à capela (ele que teve aulas de canto, o que se nota de forma positiva logo na abertura), mas que logo dá lugar ao seu vocal gutural acompanhado por riffs demolidores, primeiro com bastante groove, depois passando para um thrash metal matador.

“Be Still and Now” traz clara influência de Iron Maiden, algo que já se notava nos últimos álbuns da banda, principalmente na harmonia incial.

“Unto the Locust” (primeiro single) começa com um dedilhado suave, que depois dá lugar a uma sequência matadora de riffs e groove, sendo, também, marcado por um grande trabalho de Dave McClain. A música ainda varia com trechos mais cadenciados e melódicos, com grande arranjo no refrão, e solos de guitarras épicos, em que Robb Flynn e Phill Demmel fazem um grande duo.

“This is the End” começa com um dedilhado de violão clássico, dando logo passagem para viradas de bateria e riffs palhetados espetaculares, tendo uma pegada quase Death Metal. O refrão é bem melódico e o solo de guitarra é sensacional.

“Darkness Within” é a balada do álbum, ou aquilo que podemos considerar balada para o Machine Head, e apresenta um Robb Flynn maduro nos vocais, plenamente consciente de suas capacidades. “Pearls Before The Swine”  é bem pesada, começa em alta rotação e tem grandes variações de riffs.

Por fim, fechando com chave de ouro, a épica “We Who Are”. A música já começa de forma interessante, com um coral de crianças cantando. Depois entra o vocal gutural de Robb Flynn e a música, mostra-se, mais uma vez, épica, variando com perfeição passagens pesadas e agressivas com partes melódicas, sem falar do refrão “pegajoso” que faz você se imaginar cantando num show deles (pena não terem tocado essa música na tour sul-americana). O dueto nos solos de guitarra também se destaca, vindo pouco antes de a música voltar a uma parte mais cadenciada, com o coral de crianças entrando novamente antes de mais um refrão. E, finalizando, a bateria marca a entrada dos violinos, que dá um tom mais calmo e sombrio à música e à conclusão do álbum.

Em suma, se o “The Blackening” colocou o Machine Head como um dos maiores nomes do Heavy Metal atual, o complexo e extremamente criativo “Unto the Locust” consolida a banda no topo e deixa claro que eles estão aí para ficar por muitos mais anos.

 Worship Music – Anthrax



Foram necessários vinte e um anos para que pudéssemos ouvir, novamente, Joey Belladonna nos vocais de um álbum do Anthrax (o último tinha sido “Persitence of Time”, de 1990). Além disso, foram oito anos de espera por um novo lançamento, de músicas inéditas, por parte do Anthrax, desde “We’ve Come For You All” (o último com John Bush), de 2003.

Sei que é um clichê, mas é deveras pertinente para o caso: a espera valeu muito a pena! E valeu a pena por ambas as condições: “Worship Music” é uma excelente sequência do “Persistence of Time”, é como se o Anthrax tivesse voltado no tempo e, ao invés de ter lançado o “Sound of White Noise” (em 1993, já com John Bush nos vocais), lançasse este petardo que é o “Worship Music”; ao mesmo tempo, e sem ser contraditório, o lançamento de “Worship Music” em 2011 é positivo, pois traz-nos um Anthrax amadurecido, combinando muito bem as características da banda nos anos 80, com aquela pegada Thrash/Speed Metal, com a percepção melódica que obtiveram ao longo dos anos 90.

Para além dos excelentes trabalhos de Scott Ian (verdadeiro “riff master” e grande compositor) e de Rob Caggiano (forma uma grande dupla com Scott Ian; seus solos são muito bons, como em “Fight’Em Till You Can’t”; não esquecendo da produção, que também ficou por conta dele), a volta de Joey Belladonna é o ponto notável. O trabalho de Belladonna em “Worship Music” é fantástico, com sua voz poderosa, inclusive com passagens que nos lembram do saudoso Dio, quase como se se tratasse de um tributo ao mestre que nos deixou.

“Worship Music” nos apresenta um Anthrax mais Thrash Metal, focado na velocidade (característica marcante da banda nos anos 80), mas, principalmente, no peso. Músicas como “The Devil You Know”, “Fight’Em Till You Can’t” (a minha favorita, desde a primeira audição – pesada, rápida, refrão pegajoso e solo espetacular), “I’m Alive”, “The Giant”, “Judas Priest” “The Constant” e “Revolution Screams” (esta ainda tem como “hidden track” um cover de Refused, “New Noise”) merecem destaque (ou seja, quase todas).

Por fim, digo que “Worship Music” não é apenas um dos meus álbuns preferidos do ano, sendo, também, o meu álbum preferido de toda a discografia do Anthrax. Acertaram em cheio!

3rd Round Knockout – Chrome Division



Imaginem a seguinte cena: Lynyrd Skynyrd, Motörhead e AC/DC vão a um bar tomar umas cervejas com Dimmu Borgir, Old Man’s Child, e ainda contam com uma pitada de Heavy Metal tradicional e Thrash Metal no amendoim que serve de tira-gosto.

Imaginaram? Então, é mais ou menos isso que temos no Chrome Division, um “Motörhead malvado” ou um Rock’n Roll extremamente pesado, com elementos que vão desde o Blues Rock ao Metal extremo.

“3rd Round Knockout” é o terceiro álbum do grupo, que conta com Shagrath (vocalista do Dimmu Borgir) na guitarra, Tony White (ex-Old Man’s Child) na bateria, Björn Luna no baixo, Rick Black na guitarra e Shady Blue (vocalista do Susperia) nos vocais. Por sinal, este é o primeiro álbum com Shady Blue, que substituiu Eddie Guz.

A mudança de vocalista, inclusive, é uma característica marcante em “3rd Round Knockout”, pois Shady Blue tem um estilo completamente diferente de Eddie Guz, diria que é mais melódico e menos Rock. Por um lado, a banda perdeu aquele toque mais “canastrão” do vocal à la Lemmy (Motörhead), por outro, ganhou um vocalista mais seguro nas partes melódicas, permitindo uma sonoridade mais próxima ao Southern Rock.

Ao mesmo tempo em que “3rd Round Knockout” é o álbum mais melódico da banda, o peso e agressividade dos riffs se fazem presentes (como em “Zombies & Monsters”), para além do bom humor nas experimentações com o Blues/Country (como em “The Magic Man”).

Extremamente difícil apontar as músicas favoritas deste álbum, mas eu ficaria com “Join the Ride”, “Zombies & Monsters”, “Fight”, “Long Distance Call Girl” e “Satisfy My Soul” (minha preferida, com bons riffs, grande refrão, solo muito bom e letra muito bem humorada). Não posso deixar de fazer menção ao cover de Johnny Cash, “Ghost Riders in the Sky”, muito bom.

The Beginning of Times – Amorphis



Na cena do Heavy Metal mundial várias são as bandas que começaram praticando um estilo e, ao longo da carreira, foram mudando consideravelmente a sua sonoridade. O Amorphis é uma dessas bandas, talvez fazendo jus ao seu nome, derivado de amorfo (sem forma definida), a banda começou a carreira tocando Death Metal e, com o passar dos anos, foi flertando com diversos gêneros musicais, do Doom Metal ao Folk Metal, passando pelo Heavy Metal até o Rock Progressivo.

“The Beginning of Times” é o décimo álbum de estúdio dos finlandeses e o quarto com o vocalista Tomi Joutsen. Curiosamente, a partir do álbum “Eclipse” (de 2006) que marca a entrada de Tomi Joutsen na banda, o Amorphis vem mantendo uma sequência musical, apresentando aos fãs um som marcantemente melancólico, que varia do peso e agressividade a momentos com arranjos mais climáticos e introspectivos.

Do Death Metal Melódico ao Folk Metal e Rock Progressivo, com belos arranjos de teclado e sintetizadores,  “The Beginning of Times” mostra um Amorphis amadurecido, apresentando um álbum sólido, coeso e único.

As composições baseadas nos teclados dão uma atmosfera mais grandiosa às músicas, para além de momentos mais sombrios e introspectivos. As pitadas de Folk apresentam um lado épico às músicas, enquanto que os vocais Death Metal dão um tom mais brutal e agressivo a algumas passagens do álbum.

Destaco “Battle For Light”, “Mermaid” (essa é quase um Pop-Rock, mas de belíssima composição), “You I Need”, “Song of the Sage” (bem Progressiva, claramente influenciada por Jethro Tull), “Three Words” (marcada pelo teclado bem Rock Progressivo, mas com passagem mais brutal, com bons arranjos vocais), “On A Standred Shore” (melancólica e introspectiva; belo duo com o vocal feminino) e “Crack in A Stone” (uma das mais belas composições do álbum, mostrando como a banda consegue, em uma única música, flutuar do Progressivo ao Death Metal, de melodias melancólicas a passagens agressivas, de forma impecável).

Para aqueles que, como eu, gostam dos álbuns mais recentes do Amorphis, “The Beginning of Times”, com suas agradáveis melodias, seus riffs agitados e explosivos, e bons vocais (tanto limpo, quanto gutural/agressivo), é uma ótima pedida.

Aphotic – Novembers Doom



“Aphotic” é o oitavo álbum de estúdio dos mestres do Death/Doom Metal norte-americano, Novembers Doom. E este álbum “desprovido de luz” (afótico) marca, de certa forma, o retorno da banda a uma sonoridade mais soturna e melancólica, após um flerte maior com o Death Metal nos dois últimos lançamentos. “Aphotic” mostra o Novembers Doom de volta ao Death/Doom Metal, ao invés daquele passo em direção ao Novembers Death (desculpem-me pelo trocadilho), como em “The Novella Reservoir” e “Into Night's Requiem Infernal”.

Tal qual em “The Pale Haunt Departure”, em “Aphotic” o Novembers Doom consegue equilibrar com maestria as suas influências de Doom e Death/Doom Metal com a pegada e a agressividade do Death Metal.

Faixas como a belíssima “Buried” (o vocal limpo Paul Khur é emocionante e o solo de guitarra é espetacular), a balada “What Could Have Been” (com participação de Anneke van Giersbergen, ex-The Gathering) e “Six Sides” (com seus riffs à la My Dying Bride) mostram bem a excelente face Death/Doom Metal da banda.

Ao passo que, faixas como “The Dark Host” e “Harvest Scythe” mostram toda a agressividade e pegada Death Metal dos caras.

“Shadow Play” fecha o álbum de forma magnífica, sendo a síntese perfeita à tese (Death/Doom Metal) e antítese (Death Metal) que “conflitam” na banda, mostrando de forma equilibrada essas duas faces marcantes dos norte-americanos.

Harmonizando a melodia melancólica, introspectiva e soturna do Death/Doom Metal com a agressividade e o peso do Death Metal, “Aphotic” é um excelente álbum de Death/Doom Metal.

Surtur Rising – Amon Amarth



Com quase 20 anos de carreira, “Surtur Rising” é o oitavo álbum de estúdio dos suecos do Amon Amarth. Neste novo lançamento, a banda não traz nada de novo à sua sonoridade, ou seja, mantem o grande nível de seu Death Metal Melódico, com passagens épicas.

Contando a história de Surtur, o gigante de fogo da mitologia nórdica, o Amon Amarth apresenta um álbum pesado e agressivo, ao mesmo tempo, melódico e épico. As guitarras se destacam com riffs potentes e solos magníficos; a cozinha mantém o pique acelerado, com o bumbo duplo da bateria comendo solto; e o vocal Johan Hegg é espetacular (diria que é um dos melhores guturais do mundo, na atualidade).

Destaco “War of the Gods” (pesada e épica) “Destroyer of the Universe” (peso, velocidade, agressividade e grande melodia – talvez a melhor música do álbum), “Slaves of Fear” (Death Metal Melódico de primeira qualidade), “Live Without Regrets” (aqui nota-se por que Hegg é um dos melhores do mundo no vocal gutural), “The Last Stand of Frej” (cadenciada, melódica e épica), “For Victory of Death” (rápida e agressiva, com bom solo de guitarra) e “A Beast Am I” (porrada no pé do ouvido!).

A banda disponibilizou, como faixas bônus, três covers, em diferentes versões do álbum - “War Machine” do Kiss, “Balls to the Walls” do Accept, e “Aerials” do System Of A Down. Escutei a versão de “Aerials” do System Of A Down e digo: ficou fantástica! Eu gosto de System Of A Down, porém, impossível não afirmar que a versão de Amon Amarth ficou muito melhor que a original – ganhou em peso, agressividade.

Para quem curte Death Metal e Death Metal Melódico, “Surtur Rising” é um álbum que não pode deixar de ser escutado.

Th1rt3en – Megadeth



Décimo terceiro álbum de estúdio do Megadeth, “Th1rt3en” é o primeiro álbum após o retorno de David Eleffson, que voltou à banda em 2010 (David Ellefson não gravava com a banda desde “The World Needs a Hero”, de 2001, o último álbum do Megadeth antes da “pausa” em 2002).

Podemos dizer que em “Th1rt3en” o Megadeth tenta mesclar elementos dos mais recentes “United Abominations” e “Endgame” com o clássico “Countdwon to Extinction”, muito embora, frise-se, “Th1rt3en” esteja mais próximo, em termos de qualidade, dos seus dois predecessores do que do clássico.

Apesar de estar longe de ser um clássico do Megadeth, “Th1rt3en” é um álbum que traz todos os elementos aos quais os fãs de Dave Mustaine e do Megadeth já estão acostumados. Riffs matadores, solos de guitarra muito bons e excelente cozinha, com o notável e agradável retorno de David Ellefson. É o bom e velho Heavy/Thrash Metal do Megadeth.

“Public Enemy No. 1” é, de longe, a melhor faixa do álbum; é aquela que poderá constar do setlist regular da banda nos próximos anos. Além dessa, destaco “Sudden Death” (que abre muito bem o álbum), “Whose Life (Is It Anyways?)”, “Never Dead”, “New World Order”, “Black Swan” e “Deadly Nightshade”.

A Fragile King – Vallenfyre



“A Fragile King” é o primeiro album do Vallenfyre, projeto idealizado por Gregor Mackintosh (guitarrista e membro-fundador do Paradise Lost) que, ao perder seu pai, resolveu extravasar seus sentimentos compondo músicas mais voltadas para o Death Metal. Contou, logo de início, com a parceria de Hamish Hamilton, guitarrista do My Dying Bride. Gregor Mackintosh além das guitarras, também assume os vocais na banda. Completam o grupo Adrian Elardsson (At The Gates, Paradise Lost, Brujeria) na bateria, Mully na guitarra (sim, são três guitarristas) e Scoot no baixo.

Em “A Fragile King”, Mackintosh e companhia nos apresentam um Death Metal cru, com nítidas influências do Death Metal old-school escandinavo. Em algumas passagens, entretanto, nota-se um quê de Doom Metal, principalmente pela cadência e pela sonoridade sombria e melancólica, remetendo-nos, inclusive aos primórdios Death/Doom Metal do próprio Paradise Lost, como na demo “Frozen Illusion” e nos três primeiros álbuns “Lost Paradise”, “Gothic” e “Shades of God”.

Destaco as músicas “All Will Suffer”, “Ravenous Whore”, “A Thousands Martyrs”, “Seeds”, “My Black Siberia” e “The Grim Irony”.

Embora não traga nada de novo para o cenário do Death Metal, “A Fragile King” é um bom álbum de Death Metal. Além disso, em Vallenfyre descobrimos o excelente vocal gutural de Gregor Mackintosh.

Evinta – My Dying Bride



Em 2010, um dos precursores e maiores ícones do Death/Doom Metal, My Dying Bride, completou 20 anos de carreira. Para celebrar este marco, o vocalista e líder da banda, Aaron Stainthorpe, idealizou um álbum especial e único. Este álbum é o “Evinta”, que deveria ter sido lançado no final de 2010, mas só ganhou vida em maio de 2011.

“Evinta” é um álbum em que Aaron pega melodias já conhecidas do My Dying Bride e dá novos arranjos a elas, juntamente com novas passagens e recitações. Para acompanhar Aaron nos vocais, temos a belíssima voz da soprano francesa Lucie Roche. “Evinta” traz-nos, portanto, o tom soturno e melancólico característico do My Dying Bride em uma versão completamente nova, com seus arranjos sinfônicos e orquestrados.

Para quem é fã de longa data do My Dying Bride, ouvir “Evinta” e reconhecer melodias de “Your River”, “She is the Dark” ou “For You” é um verdadeiro deleite.

Em “Evinta”, o My Dying Bride, através do gênio de Aaron Stainthorpe, mostra-nos toda a beleza e todo o encantamento do soturno. Eu diria que apenas uma banda como o My Drying Bride seria possível de transformar a melancolia em algo tão belo, cativante e emocionante. Escutem “In Your Dark Pavilion”, “Of Lies Bent With Tears” ou “Vanité Triomphante” se quiserem compreender um pouco deste sentimento.

Belíssimo!

Expectativas para 2012

Minha maior expectativa para 2012 é o novo álbum do Moonspell, até agora denominado “A.N.” (segundo a banda, são as iniciais do título). Os portugueses assinaram, recentemente, com a Napalm Records, que será a responsável pela distribuição do álbum, a ser lançado, provavelmente, até abril do próximo ano.

Em abril também teremos o novo álbum do Paradise Lost, “Tragic Idol”, que a banda promete trazer mais influências de Doom Metal e também Metal clássico, além de já ter anunciado que será um pouco mais melódico, porém sem perder o peso do seu antecessor.

Outro álbum que aguardo é o do Kreator. Mille Petrozza afirmou que a banda trabalha em 10 músicas e que será o álbum mais épico dos caras, com influências de Heavy Metal tradicional e, claro, muita dose de Thrash Metal. O Kreator deve entrar em estúdio em janeiro.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sepultura Weissbier: sorteio de kit, "cerveja 600ml + copo"


Como foi informado em http://emanuel-junior.blogspot.com/2011/10/sepultura-weissbier.html, o Sepultura acaba de reeditar a sua Sepultura Weissbier, idealizada pela Bushido Brazil e pela própria banda, a cerveja, comemorativa pelos seus 25 anos de carreira, será produzida pela Bamberg Bier.

Uma parceria entre Sepultura e a loja BeerShop permitirá aos fãs da maior banda brasileira de todos concorrerem a um kit da Sepultura Weissbier: uma garrafa Sepultura Bamberg de 600ml + um copo Sepultura Weiss.

O sorteio será feito pela BeerShop. Saiba o que é necessário para concorrer:

Curta a página da BeerShop no Facebook (http://www.facebook.com/cervejas) e compartilhe o link publicado com o flyer da promoção.

A promoção só será válida para os residentes em território nacional.

O resultado será divulgado no dia 05 de dezembro.

Boa sorte!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sepultura Weissbier


Em 2009, quando completou 25 anos de carreira, a maior banda brasileira de todos os tempos, Sepultura, lançou uma cerveja especial para comemorar esse marco em sua história. Em parceria com a Fábrica do Chopp, surgiu, então, a Sepultura Weissbier.

Passados dois anos, o Sepultura resolveu reeditar a sua cerveja e, para isso, escolheu a multipremiada (tanto no Brasil, quanto no exterior) e excelente cervejaria Bamberg Bier.

Paulo Júnior, baixista da banda, afirma que a Bamberg foi escolhida, pois “é uma cervejaria de qualidade que produz ótimas cervejas e ficamos encantados com a estrutura”.

Para a Bamberg essa escolha significa muito, uma vez que demonstra o reconhecimento de um trabalho comprometido com a cultura cervejeira no país, fator fundamental para a cervejaria durante toda sua trajetória.

A Sepultura Weiss é refrescante e ideal para o verão brasileiro. A cerveja é uma Weizen, da escola cervejeira alemã, e tem uma turbidez natural provocada pela levedura em suspensão, característica deste estilo de cerveja.

A bebida possui aroma e sabores de banana e cravo provenientes de uma cepa especial de fermento que produz as substâncias químicas que remetem a essas percepções. Harmoniza com frutos do mar, comidas japonesa, tailandesa, queijos pouco maturados, como mozzarella de búfala e caciocavallo. E, claro, harmoniza com um bom Heavy Metal!
A Sepultura Weiss vai ser comercializada nos pontos de venda da Bamberg; bares; empórios; restaurantes; pubs; e via internet.
Além da cerveja, há também o chopp (já disponível na Bierboxx em São Paulo).
Fora a cerveja e o chopp, também será possível adquirir produtos relacionados à marca Sepultura Weiss, como copo (já à venda no site www.beershop.com.br)camiseta, camiseta polo e porta-copos (o site www.beershop.com.br disponibilizará todos esses produtos a partir da semana que vem; e o site www.sepultura.com.br/loja já tem os porta-copos à venda).
Aumente o som, abra a sua Sepultura Weissbier e vamos celebrar este momento especial!
Onde comprar?
Beershop (online) – cerveja e copo (já à venda); camiseta, camiseta polo e porta-copos (a partir da semana que vem). www.beershop.com.br/produtos/pesquisa/sepultura
Bierboxx (Bar, Empório e online) – cerveja, chopp e copo. Bar e Empório – cidade de São Paulo (já à venda); site - http://www.bierboxx.com.br/ (em breve).
Loja do Sepultura (online) – porta-copos. www.sepultura.com.br/loja


PS. Agradecimento a Carol da Beershop e à equipe da Bierboxx pelas informações que foram extremamente úteis.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Antevisão: FC PORTO x Benfica


Na sexta-feira, dia 23 de setembro, o atual campeão (invicto) e líder do Campeonato Português, FC Porto, receberá, no Estádio do Dragão, o seu maior rival, benfica, em jogo a contar pela sexta rodada da Liga Portuguesa.

FC Porto e Benfica dividem a liderança do Campeonato, ambos com 13 pontos conquistados após cinco rodadas. Os azuis e brancos levam vantagem no saldo de gols (9x8) e, por isso, aparecem em primeiro lugar na competição.

Este jogo, contudo, vale muito mais do que a liderança isolada do principal torneio português. Trata-se do o maior clássico do futebol português, cuja rivalidade vai muito além do futebol (como pode ser lido aqui: http://emanuel-junior.blogspot.com/2009/12/fc-porto-x-benfica-uma-rivalidade-que.html).

Aos Dragões, para além de recuperar a liderança isolada (perdida na última rodada, com o empate de 0x0 frente ao Feirense, em Aveiro), este confronto pode significar o 45º jogo consecutivo sem perder para o Campeonato.

Os portistas não perdem, no Campeonato, desde o dia 28/02/2010 (21ª rodada da temporada 2009/10). De lá para cá foram: 9 jogos em 2009/10; 30 em 2010/11 (campeão invicto); e 5 em 2011/12 – 39 vitórias, 5 empates. 112 gols marcados e apenas 27 gols sofridos.

Os dois últimos clássicos FC Porto x Benfica válidos para a Liga Portuguesa foram extremamente marcantes e históricos, cada um à sua medida.

No dia 07 de novembro de 2010, quando se defrontaram pela 10ª rodada no Dragão, o FC Porto humilhou o seu maior rival, com uma goleada inesquecível de 5x0 – um verdadeiro massacre; verdadeira aula de futebol (sobre este jogo: http://emanuel-junior.blogspot.com/2010/11/fc-porto-5x0-benfica-uma-goleada-que.html).

Já no dia 03 de abril de 2011, o FC Porto foi a Lisboa com um objetivo claro: sagrar-se campeão nacional no estádio do seu maior rival. Com uma vitória por 1x2, os portistas celebraram a reconquista do título nacional na casa do seu rival, que, na altura, demonstrou o seu pouco espírito esportivo ao apagar as luzes, na deprimente tentativa de, daquela forma, atrapalhar a festa azul e branca (sobre esta conquista: http://emanuel-junior.blogspot.com/2011/04/fc-porto-campeao-portugues-201011-o.html).

Na temporada passada, os dois rivais se defrontaram cinco vezes, tendo o FC Porto grande vantagem, vencendo quatro vezes e perdendo apenas uma vez. Se somarmos os gols dos últimos cinco confrontos, temos uma goleada portista: FC Porto 12x4 benfica.

Histórico de Confrontos
      a)   Geral:

FC Porto e benfica já se enfrentaram 213 vezes em toda a história. O equilíbrio entre os dois rivais é enorme, mas o FC Porto leva vantagem com 81 vitórias contra 79 do rival.

Jogos – 213
Vitórias do FC Porto – 81
vitórias do benfica – 79
Empates – 53

      b)   Na Liga Portuguesa

Pela Liga Portuguesa, o FC Porto tem ligeira vantagem sobre o seu rival: 60 vitórias contra 53.

Jogos – 154
Vitórias do FC Porto – 60
vitórias do benfica – 53
Empates – 41

      c)   Últimos dez jogos entre FC PORTO e benfica para o Campeonato Nacional:

2001/02 FC PORTO - SL Benfica (3-2) vitória
2002/03 FC PORTO - SL Benfica (2-1) vitória
2003/04 FC PORTO - SL Benfica (2-0) vitória
2004/05 FC PORTO - SL Benfica (1-1) empate
2005/06 FC PORTO - SL Benfica (0-2) derrota
2006/07 FC PORTO - SL Benfica (3-2) vitória
2007/08 FC PORTO - SL Benfica (2-0) vitória
2008/09 FC PORTO - SL Benfica (1-1) empate
2009/10 FC PORTO - SL Benfica (3-1) vitória
2010/11 FC PORTO - SL Benfica (5-0) vitória

Balanço:
V - 7
E - 2
D - 1
GM - 22 
GS – 10

Como se pode verificar, o FC Porto tem larga vantagem nos confrontos com o seu maior rival nos últimos dez anos – foram sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota; com 22 gols marcados e apenas 10 sofridos.

A goleada histórica da temporada passada, entretanto, não é algo comum em um clássico desta magnitude, por isso mesmo que foi algo histórico e memorável.

Comum, por sua vez, é esperar uma vitória azul e branca quando joga em seus domínios.

O árbitro:

O árbitro do jogo será Jorge Sousa.

Lista de Convocados:

Guarda-redes: Helton e Bracali.


Defesas: Fucile, Otamendi, Rolando, Maicon e Alvaro Pereira.


Médios: Fernando, Souza, Guarín, Moutinho, Belluschi e Defour.


Avançados: Cristian Rodríguez, Varela, Hulk, Kléber e Walter.

O Jogo: realiza-se na sexta-feira, dia 23 de setembro, às 16h15m (Brasília), no Estádio do Dragão.

TRANSMISSÃO: Bandsports (27, Sky) e SporTV (39, Sky).

Será um grande jogo com, como sempre, muito em disputa: além da rivalidade histórica, há a liderança isolada do Campeonato.

Força Porto, allez!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Taça de Portugal: o primeiro passo rumo ao 4º título consecutivo


Foram hoje sorteados os jogos da 3ª Eliminatória da Taça de Portugal.

O FC Porto estreará rumo ao tetracampeonato frente ao Pêro Pinheiro, clube de freguesia do mesmo nome, pertencente ao conselho de Sintra. A eliminatória terá o Pêro Pinheiro como mandante.


Os Dragões são os atuais tricampeões da Taça de Portugal e darão o primeiro passo rumo ao inédito, em seu palmarés, quarto título consecutivo da segunda competição nacional em importância.



O Clube Atlético Pêro Pinheiro milita na III Divisão Série E (a III Divisão portuguesa corresponde à Série D brasileira) e manda seus jogos em um estádio com capacidade para apenas 1500 espectadores. Seu único título é o da AF Lisboa 1ª Divisão Honra, um torneio regional.

O encontro se realizará no dia 15 de outubro. O mando, como já disse, é do Pêro Pinheiro e uma vez que seu estádio é muito pequeno, espero que o jogo seja disputado em outro local.


Será uma boa oportunidade para rodar o plantel. Gostaria de ver a estreia do Iturbe com a camisa do FC Porto.


Todos os jogos 3ª eliminatória:

Lamego-Sp. Covilhã
Tirsense-Sampedrense
Macedo Cavaleiros-Naval
Joane-Gondomar
Penafiel-Merelinense
Lousada-Coimbrões
Torreense-Gil Vicente
Estoril-Vila Meã
Leixões-Aljustrelense
Sp. Espinho-S. João de Ver
Vizela-Fafe
J. Évora- Esp. Lagos
Sp. Pombal-Oliveirense
Rio Ave-Sousense
Moreirense-Pontassolense
Olhanense-vencedor do jogo entre Fátima-Pampilhosa (2.ª eliminatória)
V. Guimarães-Moura
Feirense-Nacional
Famalicão-Sporting
Beira-Mar-Marítimo
Pêro Pinheiro-FC PORTO
1.º Dezembro-Sp. Braga
Anadia-Tondela
Vizela-Fafe
Académica-Oriental
P. Ferreira-D. Chaves
Trofense-Belenenses
Mirandela-V. Setúbal
Portosantense-Ribeira Brava
Santa Maria-Monsanto
U. Leiria-Alcochetense
Portimonense-Benfica

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Liga: Feirense x FC Porto - para manter os 100% de vitórias


Depois da boa estreia na Liga dos Campeões na passada terça-feira, em que venceu o Shakhtar Donetsk por 2x1, o FC Porto volta as suas atenções para o Campeonato Português, competição que lidera, de forma isolada, ao fim das quatro primeiras rodadas, com 100% de aproveitamento, e na qual busca o bicampeonato.

O adversário que se segue é o Feirense, clube que retornou este ano a I Liga do Nacional, após vinte anos de ausência (sua última participação fora na temporada 1989/90) e que faz, em toda a sua história, a sua quarta participação na divisão máxima do futebol português. Atualmente o Feirense é o oitavo colocado, com cinco pontos – 1 vitória, 2 empates e 1 derrota.

O jogo se realizará no domingo, dia 18 de setembro, no Estádio Municipal de Aveiro. Como o estádio de Santa Maria da Feira (terra do Feirense) está em obras, o encontro terá que ser realizado em Aveiro.

Aos portistas, o jogo que se segue é de extrema importância para que continue a sua caminhada implacável rumo ao bicampeonato. Vencer significa manter a invencibilidade em jogos para o Campeonato, que já vai em 43. Além disso, implica em receber o seu maior rival, benfica, na sexta rodada da Liga, como líder isolado do torneio.

Este será apenas o sétimo encontro entre Feirense x FC Porto em jogos a contar pelo Campeonato, o quarto tendo o Feirense como mandante. Os Dragões venceram todos os confrontos já disputados.

Últimos três jogos entre CD Feirense e FC Porto para o Campeonato Nacional:

1962/63 CD Feirense – FC PORTO (1-2) vitória
1977/78 CD Feirense – FC PORTO (1-3) vitória
1989/90 CD Feirense – FC PORTO (1-4) vitória

Lista de Convocados:

Guarda-redes: Helton e Bracali.

Defesas: Fucile, Rolando, Sapunaru, Mangala e Otamendi.

Médios: Guarín, Belluschi, João Moutinho, Souza, Fernando e Defour.

Avançados: Cristian Rodríguez, Kléber, Varela, Walter, James e Djalma.

O jogo: realiza-se no domingo, 18 de setembro, no Estádio Municipal de Aveiro, às 14h15m (Brasília).

TRANSMISSÃO: SIC Internacional (107, Sky).

Trata-se de mais um passo importante na caminhada rumo ao bicampeonato. É determinante vencer, para que o nosso maior rival tenha de nos visitar sob a pressão de estarmos com 100% de vitórias no Campeonato.

Força Porto, allez!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Liga dos Campeões: FC Porto x Shakhtar Donetsk – de volta ao seu habitat natural




Amanhã, 13 de setembro de 2011, o FC Porto receberá, no Estádio do Dragão, o Shakhtar Donestk (Ucrânia), em jogo a contar pela primeira rodada da Liga dos Campeões 2011/12. Podemos dizer que é o retorno dos azuis e brancos ao seu habitat natural, após um ano de ausência, que lhe valeu uma bem sucedida passagem pela Liga Europa, que culminou com o seu segundo título na competição (repetindo, desta forma, o feito de 2002/03, a última vez em que ficara de fora da Liga dos Campeões e, também, conquistara a Taça UEFA, atual Liga Europa).

Os Dragões, duas vezes campeões da Europa (1986/87 e 2003/04), retornam à competição rainha do futebol europeu, como cabeça-de-chave do Grupo G, formado por: FC Porto, Shakhtar Donetsk, Zenit São Petersburgo e Apoel Nicósia.

Atual 6º colocado do Ranking da UEFA, campeão português (invicto) e da Liga Europa, o FC Porto é um dos favoritos do grupo, partindo com o claro objetivo de avançar na competição. Contudo, será preciso muito cuidado, pois terá pela frente dois adversários de respeito, que recentemente fizeram boas campanhas em competições europeias – Shakhtar Donetsk e Zenit São Petersburgo.

Especificamente sobre o adversário de amanhã, o Shakhtar Donetsk é o atual bicampeão ucraniano e 11º colocado no ranking da UEFA (à frente, por exemplo, do AC Milan). Além disso, há dois anos venceu a Taça UEFA (bateram os alemães do Werder Bremen na final). No ano passado, os ucranianos fizeram boa prestação na Liga dos Campeões, tendo vencido o seu grupo que tinha Arsenal e Sporting Braga (que terminou como vice-campeão da Liga Europa), e só pararam diante do campeão europeu, Barcelona, nos quartos-de-final.

O jogo desta terça-feira será a 178ª partida disputada pelo FC Porto na Taça dos Campeões/Liga dos Campeões, a 89ª como mandante. Em toda a história, os portistas venceram 77 vezes, empataram 42 e perderam 58. Em casa, os Dragões venceram 49 vezes, empataram 24 e perderam apenas 15.

Além disso, esta será a 175ª vez que o FC Porto jogará no Estádio do Dragão (inaugurado em 16/11/2003, com vitória portista por 2x0, frente ao Barcelona). Pela Liga dos Campeões, os azuis e brancos já disputaram 27 jogos no Dragão: 13 vitórias, 10 empates e 4 derrotas.

Nos 27 jogos como mandante, o Dragão recebeu um público total de 1.100.378 espectadores, com média de 40.754 por jogo. O maior público foi na semifinal de 2003/04, no empate de 0x0 com o Deportivo La Coruña – 50.818 pessoas presenciaram mais um passo do FC Porto rumo ao título da competição naquela temporada.

Histórico de confrontos:

Esta será a primeira vez que FC Porto e Shakhtar Donetsk se enfrentarão na Liga dos Campeões. Não será, contudo, o primeiro embate entre ambos em jogos a contar por competições europeias.

Em 1983/84, portugueses e ucranianos mediram forças nos quartos-de-final da antiga Taça das Taças (na altura, segunda maior competição de clubes da UEFA).

O FC Porto venceu no Estádio das Antas por 3x2 e foi a Donetsk empatar em 1x1. Naquela ocasião, os portistas foram à final do torneio, onde foram derrotados pela Juventus, de virada, por 1x2 (batidos pela Juventus e por erros da arbitragem, frise-se).

Curiosidade:

Se este será o primeiro encontro entre FC Porto e Shakhtar Donetsk, em jogo a contar pela Liga dos Campeões, lembramos que os Dragões já se cruzaram com o maior rival do Shakhtar, Dínamo Kiev, algumas vezes.

A mais emblemática de todas foi em 1986/87, quando o FC Porto bateu o então campeão da Taça das Taças (e um dos melhores times da Europa) na semifinal da Taça dos Campeões. Os portistas venceram nas Antas e em Kiev pelo mesmo placar: 2x1. Em Viena, sagraram-se campeões da Europa pela primeira vez.

A última vez foi na temporada 2008/09, quando FC Porto e Dínamo Kiev ficaram no mesmo grupo, com uma vitória para cada lado: 0x1 para o Dínamo no Dragão e 1x2 para o FC Porto em Kiev. Naquela ocasião, os azuis e brancos terminaram o grupo como líderes, à frente do Arsenal e, logicamente, dos ucranianos. O time portista foi eliminado nos quartos-de-final pelo Manchester United.

Lista de Convocados:

Guarda-redes: Helton, Bracali.

Defesas: Fucile, Otamendi, Maicon, Mangala e Alvaro Pereira.

Médios: Souza, Fernando, Defour, Belluschi e João Moutinho.

Avançados: Kléber, Hulk, Rodríguez, Varela, James e Djalma.

O jogo: realiza-se amanhã, terça-feira, 13 de setembro de 2011, no Estádio do Dragão, às 15h45m (Brasília).

TRANSMISSÃO: não haverá transmissão ao vivo para o Brasil. A ESPN Brasil transmitirá o VT do jogo a partir das 19h30m.

Estão aí reunidos alguns elementos informativos sobre o jogo de amanhã.

Trata-se de um jogo extremamente importante. Estrear com vitória é primordial. Teremos pela frente um adversário de respeito, portanto, toda atenção é necessária.

Estamos de volta ao nosso habitat natural. Sabe bem voltar ao ambiente que faz parte de nossa natureza.

Força Porto, allez!