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sábado, 24 de dezembro de 2011

Meus álbuns preferidos em 2011

Chega o fim do ano e se tem uma coisa que eu gosto de fazer é elaborar essas listas “melhores álbuns do ano”. Contudo, eu prefiro chamar de álbuns preferidos, pois, assim, evitam-se discussões por algo tão subjetivo que são os gostos e as preferências musicais.

Ao contrário do ano passado, quando senti alguma dificuldade em fechar a lista de “10 álbuns preferidos de 2010” e fiquei em apenas oito lançamentos (sendo um deles uma “forçada de barra”, como eu mesmo escrevi), esse ano a minha maior complicação foi definir a lista com apenas dez lançamentos.

Pois bem, após pensar bastante e lamentar deixar alguns nomes de fora, seguem, abaixo, a relação e, na sequência, meus comentários sobre cada álbum.

            1.       Kairos – Sepultura
            2.       Unto the Locust – Machine Head
            3.       Worship Music – Anthrax
            4.       3rd Round Knockout – Chrome Division
            5.       The Beginning of Times - Amorphis
            6.       Aphotic – Novembers Doom
            7.       Surtur Rising – Amon Amarth
            8.       Th1rt3en – Megadeth
            9.       A Fragile King - Vallenfyre
            10.   Evinta – My Dying Bride

Kairos – Sepultura


Clássico!

É assim que eu resumiria “Kairos”, se me pedissem para descrever o álbum em única palavra. Para mim, trata-se de mais um clássico da maior banda brasileira de todos os tempos, Sepultura.

Enquanto fã do Sepultura, sinto-me extremamente realizado por, finalmente, poder colocar um álbum dos caras no topo da minha lista, desde quando comecei a fazer essas listas, lá pelos idos de 2002. Mas é isso, “Kairos” é um álbum que nasce clássico e foi o meu lançamento preferido no ano de 2011.

Em julho postei aqui no blog uma resenha mais detalhada do álbum - http://emanuel-junior.blogspot.com/2011/07/resenha-kairos-sepultura.html – quem quiser, pode conferi-la. O que vocês lerão no presente texto, será um resumo daquela resenha.

“Kairos” é o melhor álbum do Sepultura desde o Chaos A.D., superando seus antecessores – Dante XXI e A-Lex, que são dois grandes álbuns também.

“Kairos” é um petardo! Depois de muito tempo, o Sepultura voltou a lançar um álbum com aquela pegada mais Thrash Metal, com riffs palhetados, solos de guitarra bem elaborados (no quesito solos, eu diria que se trata, sem a menor dúvida, do melhor trabalho do Andreas desde o Arise), bateria arregaçadora (Jean matou a pau!), vocais furiosos (o melhor trampo do Derrick no Sepultura), e boas linhas de baixo.

Pensado para ser uma retrospectiva dos 27 anos de carreira da banda, “Kairos” é, marcantemente, uma mistura da pegada Thrash Metal do Arise com o Groove do Chaos A.D., mas nos remetendo também a alguns timbres do Beneath the Remains, à percussão e cadência do Roots e a passagens mais sombrias do Dante XXI e A-Lex.

Em julho, eu tinha dificuldade para apontar qual seria a minha música favorita do álbum. Hoje eu posso apontar as minhas favoritas: “Kairos”, “Relentless”, “Mask”, “Seethe”, “Born Strong” e “No One Will Stand”.

Esse foi o álbum que mais escutei em 2011. Se brincar, escutei mais este álbum do que todos os outros juntos. Portanto, não poderia escolher outro para o primeiro lugar que não fosse o “Kairos”.

Unto the Locust – Machine Head


Bendito seja o Sepultura!

Vocês não devem ter entendido, né? Passo a explicar. Desde quando eu vi o clipe da música “From This Day”, há muitos anos, passei a ter preconceito com o Machine Head. Mesmo quando eles lançaram “Through the Ashes of Empires” e “The Blackening”, eu não dei uma chance aos caras. Foi preciso, então, o Sepultura anunciar uma tour sul-americana com o Machine Head e eu decidir que iria ver o show em São Paulo, para eu poder escutar o trabalhos dos americanos.

Então, é graças ao Sepultura que eu passei a conhecer a discografia do Machine Head, incluindo os excelentes “Through the Ashes of Empires” e “The Blackening”.

Quando o “Unto the Locust” foi lançado, eu já sabia o que esperar: mais um grande trabalho da banda que é, sem dúvidas, uma das mais criativas e competentes em todo o cenário do Heavy Metal mundial.

“Unto the Locust” é uma verdadeira obra-prima! Desde as primeiras audições, tornou-se meu álbum preferido do Machine Head.

Pesado, melódico, cadenciado, complexo, épico. A banda consegue, em cada uma de suas longas sete faixas, mostrar como é possível reunir elementos tão díspares em uma única cação, sem torna-la cansativa, e é isso o que torna “Unto the Locust” tão fascinante.

É um álbum extremamente pesado variando entre os riffs matadores e supersônicos do Thrash Metal e passagens mais cadenciadas, marcadas por riffs com grooves sombrios e arrebatadores, uma marca registrada da banda. Ao mesmo tempo, a banda consegue harmonizar tudo isso com melodias bem elaboradas, trazendo passagens mais melódicas e refrões em coros.  Além disso, os solos de guitarra são fantásticos e servem de pontes entre as diversas passagens das músicas.

Destacam-se as performances de Robb Flynn (tanto na guitarra, quanto nos vocais – em nítida evolução, podendo explorar muito mais a sua versatilidade), Phill Demmel nas guitarras (trazendo aqueles duos Thrash Metal dos tempos do Vio-Lence) e Dave McClain (que fez um excelente trabalho na bateria).

“I Am Hell (Sonata in C#)” abre o álbum de forma inusitada, com Robb Flynn cantando em latim à capela (ele que teve aulas de canto, o que se nota de forma positiva logo na abertura), mas que logo dá lugar ao seu vocal gutural acompanhado por riffs demolidores, primeiro com bastante groove, depois passando para um thrash metal matador.

“Be Still and Now” traz clara influência de Iron Maiden, algo que já se notava nos últimos álbuns da banda, principalmente na harmonia incial.

“Unto the Locust” (primeiro single) começa com um dedilhado suave, que depois dá lugar a uma sequência matadora de riffs e groove, sendo, também, marcado por um grande trabalho de Dave McClain. A música ainda varia com trechos mais cadenciados e melódicos, com grande arranjo no refrão, e solos de guitarras épicos, em que Robb Flynn e Phill Demmel fazem um grande duo.

“This is the End” começa com um dedilhado de violão clássico, dando logo passagem para viradas de bateria e riffs palhetados espetaculares, tendo uma pegada quase Death Metal. O refrão é bem melódico e o solo de guitarra é sensacional.

“Darkness Within” é a balada do álbum, ou aquilo que podemos considerar balada para o Machine Head, e apresenta um Robb Flynn maduro nos vocais, plenamente consciente de suas capacidades. “Pearls Before The Swine”  é bem pesada, começa em alta rotação e tem grandes variações de riffs.

Por fim, fechando com chave de ouro, a épica “We Who Are”. A música já começa de forma interessante, com um coral de crianças cantando. Depois entra o vocal gutural de Robb Flynn e a música, mostra-se, mais uma vez, épica, variando com perfeição passagens pesadas e agressivas com partes melódicas, sem falar do refrão “pegajoso” que faz você se imaginar cantando num show deles (pena não terem tocado essa música na tour sul-americana). O dueto nos solos de guitarra também se destaca, vindo pouco antes de a música voltar a uma parte mais cadenciada, com o coral de crianças entrando novamente antes de mais um refrão. E, finalizando, a bateria marca a entrada dos violinos, que dá um tom mais calmo e sombrio à música e à conclusão do álbum.

Em suma, se o “The Blackening” colocou o Machine Head como um dos maiores nomes do Heavy Metal atual, o complexo e extremamente criativo “Unto the Locust” consolida a banda no topo e deixa claro que eles estão aí para ficar por muitos mais anos.

 Worship Music – Anthrax



Foram necessários vinte e um anos para que pudéssemos ouvir, novamente, Joey Belladonna nos vocais de um álbum do Anthrax (o último tinha sido “Persitence of Time”, de 1990). Além disso, foram oito anos de espera por um novo lançamento, de músicas inéditas, por parte do Anthrax, desde “We’ve Come For You All” (o último com John Bush), de 2003.

Sei que é um clichê, mas é deveras pertinente para o caso: a espera valeu muito a pena! E valeu a pena por ambas as condições: “Worship Music” é uma excelente sequência do “Persistence of Time”, é como se o Anthrax tivesse voltado no tempo e, ao invés de ter lançado o “Sound of White Noise” (em 1993, já com John Bush nos vocais), lançasse este petardo que é o “Worship Music”; ao mesmo tempo, e sem ser contraditório, o lançamento de “Worship Music” em 2011 é positivo, pois traz-nos um Anthrax amadurecido, combinando muito bem as características da banda nos anos 80, com aquela pegada Thrash/Speed Metal, com a percepção melódica que obtiveram ao longo dos anos 90.

Para além dos excelentes trabalhos de Scott Ian (verdadeiro “riff master” e grande compositor) e de Rob Caggiano (forma uma grande dupla com Scott Ian; seus solos são muito bons, como em “Fight’Em Till You Can’t”; não esquecendo da produção, que também ficou por conta dele), a volta de Joey Belladonna é o ponto notável. O trabalho de Belladonna em “Worship Music” é fantástico, com sua voz poderosa, inclusive com passagens que nos lembram do saudoso Dio, quase como se se tratasse de um tributo ao mestre que nos deixou.

“Worship Music” nos apresenta um Anthrax mais Thrash Metal, focado na velocidade (característica marcante da banda nos anos 80), mas, principalmente, no peso. Músicas como “The Devil You Know”, “Fight’Em Till You Can’t” (a minha favorita, desde a primeira audição – pesada, rápida, refrão pegajoso e solo espetacular), “I’m Alive”, “The Giant”, “Judas Priest” “The Constant” e “Revolution Screams” (esta ainda tem como “hidden track” um cover de Refused, “New Noise”) merecem destaque (ou seja, quase todas).

Por fim, digo que “Worship Music” não é apenas um dos meus álbuns preferidos do ano, sendo, também, o meu álbum preferido de toda a discografia do Anthrax. Acertaram em cheio!

3rd Round Knockout – Chrome Division



Imaginem a seguinte cena: Lynyrd Skynyrd, Motörhead e AC/DC vão a um bar tomar umas cervejas com Dimmu Borgir, Old Man’s Child, e ainda contam com uma pitada de Heavy Metal tradicional e Thrash Metal no amendoim que serve de tira-gosto.

Imaginaram? Então, é mais ou menos isso que temos no Chrome Division, um “Motörhead malvado” ou um Rock’n Roll extremamente pesado, com elementos que vão desde o Blues Rock ao Metal extremo.

“3rd Round Knockout” é o terceiro álbum do grupo, que conta com Shagrath (vocalista do Dimmu Borgir) na guitarra, Tony White (ex-Old Man’s Child) na bateria, Björn Luna no baixo, Rick Black na guitarra e Shady Blue (vocalista do Susperia) nos vocais. Por sinal, este é o primeiro álbum com Shady Blue, que substituiu Eddie Guz.

A mudança de vocalista, inclusive, é uma característica marcante em “3rd Round Knockout”, pois Shady Blue tem um estilo completamente diferente de Eddie Guz, diria que é mais melódico e menos Rock. Por um lado, a banda perdeu aquele toque mais “canastrão” do vocal à la Lemmy (Motörhead), por outro, ganhou um vocalista mais seguro nas partes melódicas, permitindo uma sonoridade mais próxima ao Southern Rock.

Ao mesmo tempo em que “3rd Round Knockout” é o álbum mais melódico da banda, o peso e agressividade dos riffs se fazem presentes (como em “Zombies & Monsters”), para além do bom humor nas experimentações com o Blues/Country (como em “The Magic Man”).

Extremamente difícil apontar as músicas favoritas deste álbum, mas eu ficaria com “Join the Ride”, “Zombies & Monsters”, “Fight”, “Long Distance Call Girl” e “Satisfy My Soul” (minha preferida, com bons riffs, grande refrão, solo muito bom e letra muito bem humorada). Não posso deixar de fazer menção ao cover de Johnny Cash, “Ghost Riders in the Sky”, muito bom.

The Beginning of Times – Amorphis



Na cena do Heavy Metal mundial várias são as bandas que começaram praticando um estilo e, ao longo da carreira, foram mudando consideravelmente a sua sonoridade. O Amorphis é uma dessas bandas, talvez fazendo jus ao seu nome, derivado de amorfo (sem forma definida), a banda começou a carreira tocando Death Metal e, com o passar dos anos, foi flertando com diversos gêneros musicais, do Doom Metal ao Folk Metal, passando pelo Heavy Metal até o Rock Progressivo.

“The Beginning of Times” é o décimo álbum de estúdio dos finlandeses e o quarto com o vocalista Tomi Joutsen. Curiosamente, a partir do álbum “Eclipse” (de 2006) que marca a entrada de Tomi Joutsen na banda, o Amorphis vem mantendo uma sequência musical, apresentando aos fãs um som marcantemente melancólico, que varia do peso e agressividade a momentos com arranjos mais climáticos e introspectivos.

Do Death Metal Melódico ao Folk Metal e Rock Progressivo, com belos arranjos de teclado e sintetizadores,  “The Beginning of Times” mostra um Amorphis amadurecido, apresentando um álbum sólido, coeso e único.

As composições baseadas nos teclados dão uma atmosfera mais grandiosa às músicas, para além de momentos mais sombrios e introspectivos. As pitadas de Folk apresentam um lado épico às músicas, enquanto que os vocais Death Metal dão um tom mais brutal e agressivo a algumas passagens do álbum.

Destaco “Battle For Light”, “Mermaid” (essa é quase um Pop-Rock, mas de belíssima composição), “You I Need”, “Song of the Sage” (bem Progressiva, claramente influenciada por Jethro Tull), “Three Words” (marcada pelo teclado bem Rock Progressivo, mas com passagem mais brutal, com bons arranjos vocais), “On A Standred Shore” (melancólica e introspectiva; belo duo com o vocal feminino) e “Crack in A Stone” (uma das mais belas composições do álbum, mostrando como a banda consegue, em uma única música, flutuar do Progressivo ao Death Metal, de melodias melancólicas a passagens agressivas, de forma impecável).

Para aqueles que, como eu, gostam dos álbuns mais recentes do Amorphis, “The Beginning of Times”, com suas agradáveis melodias, seus riffs agitados e explosivos, e bons vocais (tanto limpo, quanto gutural/agressivo), é uma ótima pedida.

Aphotic – Novembers Doom



“Aphotic” é o oitavo álbum de estúdio dos mestres do Death/Doom Metal norte-americano, Novembers Doom. E este álbum “desprovido de luz” (afótico) marca, de certa forma, o retorno da banda a uma sonoridade mais soturna e melancólica, após um flerte maior com o Death Metal nos dois últimos lançamentos. “Aphotic” mostra o Novembers Doom de volta ao Death/Doom Metal, ao invés daquele passo em direção ao Novembers Death (desculpem-me pelo trocadilho), como em “The Novella Reservoir” e “Into Night's Requiem Infernal”.

Tal qual em “The Pale Haunt Departure”, em “Aphotic” o Novembers Doom consegue equilibrar com maestria as suas influências de Doom e Death/Doom Metal com a pegada e a agressividade do Death Metal.

Faixas como a belíssima “Buried” (o vocal limpo Paul Khur é emocionante e o solo de guitarra é espetacular), a balada “What Could Have Been” (com participação de Anneke van Giersbergen, ex-The Gathering) e “Six Sides” (com seus riffs à la My Dying Bride) mostram bem a excelente face Death/Doom Metal da banda.

Ao passo que, faixas como “The Dark Host” e “Harvest Scythe” mostram toda a agressividade e pegada Death Metal dos caras.

“Shadow Play” fecha o álbum de forma magnífica, sendo a síntese perfeita à tese (Death/Doom Metal) e antítese (Death Metal) que “conflitam” na banda, mostrando de forma equilibrada essas duas faces marcantes dos norte-americanos.

Harmonizando a melodia melancólica, introspectiva e soturna do Death/Doom Metal com a agressividade e o peso do Death Metal, “Aphotic” é um excelente álbum de Death/Doom Metal.

Surtur Rising – Amon Amarth



Com quase 20 anos de carreira, “Surtur Rising” é o oitavo álbum de estúdio dos suecos do Amon Amarth. Neste novo lançamento, a banda não traz nada de novo à sua sonoridade, ou seja, mantem o grande nível de seu Death Metal Melódico, com passagens épicas.

Contando a história de Surtur, o gigante de fogo da mitologia nórdica, o Amon Amarth apresenta um álbum pesado e agressivo, ao mesmo tempo, melódico e épico. As guitarras se destacam com riffs potentes e solos magníficos; a cozinha mantém o pique acelerado, com o bumbo duplo da bateria comendo solto; e o vocal Johan Hegg é espetacular (diria que é um dos melhores guturais do mundo, na atualidade).

Destaco “War of the Gods” (pesada e épica) “Destroyer of the Universe” (peso, velocidade, agressividade e grande melodia – talvez a melhor música do álbum), “Slaves of Fear” (Death Metal Melódico de primeira qualidade), “Live Without Regrets” (aqui nota-se por que Hegg é um dos melhores do mundo no vocal gutural), “The Last Stand of Frej” (cadenciada, melódica e épica), “For Victory of Death” (rápida e agressiva, com bom solo de guitarra) e “A Beast Am I” (porrada no pé do ouvido!).

A banda disponibilizou, como faixas bônus, três covers, em diferentes versões do álbum - “War Machine” do Kiss, “Balls to the Walls” do Accept, e “Aerials” do System Of A Down. Escutei a versão de “Aerials” do System Of A Down e digo: ficou fantástica! Eu gosto de System Of A Down, porém, impossível não afirmar que a versão de Amon Amarth ficou muito melhor que a original – ganhou em peso, agressividade.

Para quem curte Death Metal e Death Metal Melódico, “Surtur Rising” é um álbum que não pode deixar de ser escutado.

Th1rt3en – Megadeth



Décimo terceiro álbum de estúdio do Megadeth, “Th1rt3en” é o primeiro álbum após o retorno de David Eleffson, que voltou à banda em 2010 (David Ellefson não gravava com a banda desde “The World Needs a Hero”, de 2001, o último álbum do Megadeth antes da “pausa” em 2002).

Podemos dizer que em “Th1rt3en” o Megadeth tenta mesclar elementos dos mais recentes “United Abominations” e “Endgame” com o clássico “Countdwon to Extinction”, muito embora, frise-se, “Th1rt3en” esteja mais próximo, em termos de qualidade, dos seus dois predecessores do que do clássico.

Apesar de estar longe de ser um clássico do Megadeth, “Th1rt3en” é um álbum que traz todos os elementos aos quais os fãs de Dave Mustaine e do Megadeth já estão acostumados. Riffs matadores, solos de guitarra muito bons e excelente cozinha, com o notável e agradável retorno de David Ellefson. É o bom e velho Heavy/Thrash Metal do Megadeth.

“Public Enemy No. 1” é, de longe, a melhor faixa do álbum; é aquela que poderá constar do setlist regular da banda nos próximos anos. Além dessa, destaco “Sudden Death” (que abre muito bem o álbum), “Whose Life (Is It Anyways?)”, “Never Dead”, “New World Order”, “Black Swan” e “Deadly Nightshade”.

A Fragile King – Vallenfyre



“A Fragile King” é o primeiro album do Vallenfyre, projeto idealizado por Gregor Mackintosh (guitarrista e membro-fundador do Paradise Lost) que, ao perder seu pai, resolveu extravasar seus sentimentos compondo músicas mais voltadas para o Death Metal. Contou, logo de início, com a parceria de Hamish Hamilton, guitarrista do My Dying Bride. Gregor Mackintosh além das guitarras, também assume os vocais na banda. Completam o grupo Adrian Elardsson (At The Gates, Paradise Lost, Brujeria) na bateria, Mully na guitarra (sim, são três guitarristas) e Scoot no baixo.

Em “A Fragile King”, Mackintosh e companhia nos apresentam um Death Metal cru, com nítidas influências do Death Metal old-school escandinavo. Em algumas passagens, entretanto, nota-se um quê de Doom Metal, principalmente pela cadência e pela sonoridade sombria e melancólica, remetendo-nos, inclusive aos primórdios Death/Doom Metal do próprio Paradise Lost, como na demo “Frozen Illusion” e nos três primeiros álbuns “Lost Paradise”, “Gothic” e “Shades of God”.

Destaco as músicas “All Will Suffer”, “Ravenous Whore”, “A Thousands Martyrs”, “Seeds”, “My Black Siberia” e “The Grim Irony”.

Embora não traga nada de novo para o cenário do Death Metal, “A Fragile King” é um bom álbum de Death Metal. Além disso, em Vallenfyre descobrimos o excelente vocal gutural de Gregor Mackintosh.

Evinta – My Dying Bride



Em 2010, um dos precursores e maiores ícones do Death/Doom Metal, My Dying Bride, completou 20 anos de carreira. Para celebrar este marco, o vocalista e líder da banda, Aaron Stainthorpe, idealizou um álbum especial e único. Este álbum é o “Evinta”, que deveria ter sido lançado no final de 2010, mas só ganhou vida em maio de 2011.

“Evinta” é um álbum em que Aaron pega melodias já conhecidas do My Dying Bride e dá novos arranjos a elas, juntamente com novas passagens e recitações. Para acompanhar Aaron nos vocais, temos a belíssima voz da soprano francesa Lucie Roche. “Evinta” traz-nos, portanto, o tom soturno e melancólico característico do My Dying Bride em uma versão completamente nova, com seus arranjos sinfônicos e orquestrados.

Para quem é fã de longa data do My Dying Bride, ouvir “Evinta” e reconhecer melodias de “Your River”, “She is the Dark” ou “For You” é um verdadeiro deleite.

Em “Evinta”, o My Dying Bride, através do gênio de Aaron Stainthorpe, mostra-nos toda a beleza e todo o encantamento do soturno. Eu diria que apenas uma banda como o My Drying Bride seria possível de transformar a melancolia em algo tão belo, cativante e emocionante. Escutem “In Your Dark Pavilion”, “Of Lies Bent With Tears” ou “Vanité Triomphante” se quiserem compreender um pouco deste sentimento.

Belíssimo!

Expectativas para 2012

Minha maior expectativa para 2012 é o novo álbum do Moonspell, até agora denominado “A.N.” (segundo a banda, são as iniciais do título). Os portugueses assinaram, recentemente, com a Napalm Records, que será a responsável pela distribuição do álbum, a ser lançado, provavelmente, até abril do próximo ano.

Em abril também teremos o novo álbum do Paradise Lost, “Tragic Idol”, que a banda promete trazer mais influências de Doom Metal e também Metal clássico, além de já ter anunciado que será um pouco mais melódico, porém sem perder o peso do seu antecessor.

Outro álbum que aguardo é o do Kreator. Mille Petrozza afirmou que a banda trabalha em 10 músicas e que será o álbum mais épico dos caras, com influências de Heavy Metal tradicional e, claro, muita dose de Thrash Metal. O Kreator deve entrar em estúdio em janeiro.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Meus álbuns preferidos em 2010

Geralmente fazem-se listas de “10 melhores” ou coisa do gênero.

Contudo, embora tenha escutado muito mais do que 10 álbuns lançados em 2010, não me senti à vontade em listar os meus 10 preferidos, por uma simples razão: poucos foram os lançamentos que realmente eu considerei muito bons.

Por conta disso, e após uma pequena forçada de barra, cheguei a oito lançamentos, que seguem abaixo.

Mechanize – Fear Factory

Petardo!

Quando eu soube que Dino Cazares havia retornado à banda e, mais, o novo álbum contaria com Gene Hoglan na bateria, eu sabia que só podia esperar pelo melhor. E não deu outra, “Mechanize” é, sem a menor dúvida, um dos melhores álbuns do Fear Factory. Podem me chamar de exagerado, mas eu coloco esse álbum ao lado dos clássicos “Soul of a New Machine” e “Demanufacture”.

“Mechanize” é um álbum que consegue harmonizar com perfeição melodia, técnica e peso.

Por falar em peso, que guitarras são essas?! E essa bateria? Dino Cazares voltou com tudo! E Gene Hoglan com sua performance monstruosa, deixou a sua marca. Diria que esses dois são os maiores responsáveis pelo retorno dos elementos de Death Metal à sonoridade do Fear Factory, deixando um pouco de lado o “groove”, exaltando mais a pancadaria mesmo.

A faixa-título abre o álbum de forma matadora, deixando bem clara a pedrada que está a caminho. Para além desta, meus maiores destaques vão para “Industrial Discipline” “Powershiftter” e “Controlled Demoliton” (nessas duas últimas de ressaltar a perfeita harmonia entre peso, melodia e o vocal Burton, variando do extremo ao limpo com maestria).

“Mechanize” deve ter sido o álbum que mais escutei em 2010. Não foi por acaso. Não é só um dos melhores álbuns do ano, eu diria que é um dos melhores álbuns já lançados nos anos 2000.


We’re Here Because We’re Here – Anathema

7 anos. Longos 7 anos separaram o ultimo álbum de inéditas do Anathema, “A Natural Disaster”, de seu novo lançamento, “We’re Here Because We’re Here”. Valeu a pena!

O Anathema é uma banda com trajetória bastante curiosa: uma das pioneiras e maiores destaques do “Death/Doom Metal”, foi passando por uma metamorfose musical a partir do álbum “Eternity” (1996), onde a influência de Pink Floyd começou a aflorar, até chegar ao “Atmospheric Rock”, onde os elementos de Heavy Metal praticamente não se fazem notar, dando espaço para as nítidas influências de Pink Floyd, Radiohead, Porcupine Tree, Portishead etc.

Se eu tivesse que resumir “We’re Here Because We’re Here” em apenas uma palavra, eu diria: belíssimo. É mesmo assim que este álbum pode ser definido: pela beleza marcante de suas canções, pelo encanto de suas letras – a perfeita harmonia entre melodias cativantes e letras tocantes.

“Dreaming Light” (“Suddenly life has new meaning / Suddenly feeling is being /And you shine inside / And love steals my mind like the sunrise / Dreaming light of the sunrise…”) já pode ser colocada na lista das mais belas canções que o Anathema compôs. Certamente figura entre as minhas músicas preferidas da banda, ao lado de clássicos como “A Dying Wish”, "Fragile Dreams”, “One Last Goodbye” e ”Temporary Peace”.

Além de “Dreaming Light”, posso citar também como pontos altos do álbum (embora seja complicado, por ser tão equilibrado e bem harmonizado) “Everything”, “Angels Walk Among Us” (com participação de Ville Valo, HIM) e “A Simple Mistake”.

A longa espera de sete anos foi recompensada com um belíssimo álbum. Contudo, o Anathema não precisa nos fazer esperar tanto tempo para nos presentear com suas fantásticas canções.

Exhibit B The Human Condition – Exodus

Desde quando retornaram em 2004, com o clássico “Tempo of the Damned”, o Exodus presenteia os fãs de Thrash Metal com clássicos atrás de clássicos. É sério, não há um álbum sequer de 2004 para cá que não entre direto para a galeria dos melhores álbuns da banda e não só. Chego ao ponto de dizer (embora saiba que isso contrarie muitos saudosistas): esse Exodus do Séc. XXI é a melhor versão da banda.

“Exhibit B The Human Condition” é o quarto lançamento da banda após o seu retorno e, como já falei no parágrafo anterior, é mais um que já nasce clássico.

Rob Dukes é, definitivamente, o melhor vocalista que já passou pela banda. Eu já havia dito isto após escutar o “Shovel Headed Kill Machine” (2005), mas não há nada como o tempo para consolidar uma ideia: se em 2005 eu arrisquei ao pensar desta forma, passados cinco anos e três álbuns depois, afirmo sem a menor preocupação de falhar – é mesmo o melhor, na medida em que soa muito mais agressivo que seus predecessores e se encaixa perfeitamente no Thrash Metal modernizado a que a banda se propõe a executar.

“Exhibit B The Human Condition” tem tudo o que você procura ouvir do Exodus, riffs potentes e agressivos; solos bem encaixados e diretos; e um grandíssimo trampo de cozinha.

Muito difícil apontar apenas algumas músicas, contudo faço menção a “Downfall”, "The Ballad of Leonard and Charles," "Beyond The Pale” e "Burn, Hollywood, Burn".

At The Edge Of Time – Blind Guardian

Sou fã dos cinco primeiros álbuns do Blind Guardian, do “Battalions of Fear” ao épico, e melhor álbum de todos, “Imaginations From the Other Side”. “Nightfall in Middle-Earth” sempre me soou apenas como um album “legal”, pois é nele que a banda deixa de lado os riffs mais agressivos (aquela marca do “Speed Metal” dos primórdios) e começa a se direcionar para algo mais Power Metal e Progressivo – salvo “Mirror Mirror”, não consigo lembrar de nenhuma música deste álbum. Já os dois seguintes, “A Night at the Opera” e “A Twist in the Myth”, não me agradaram em nada; a tal ponto de eu considerar a banda como “acabada” para mim.

Pois bem, eis que chego ao ponto de como descobri a existência de “At The Edge Of Time”. Foi totalmente por acaso. Fui ao Myspace da Nuclear Blast, na altura em que soube que o Sepultura havia assinado com a gravadora. Lá me deparei com o vídeo de “A Voice in the Dark” – vi/escutei e achei muito bom. Foi assim que que soube que o Blind Guardian tinha um novo álbum e, por conta do clipe, resolvi dar uma chance à banda, pois notava um certo retorno ao passado que eu sempre gostei bastante.

Não me arrependi! “At The Edge Of Time” é mesmo uma espécie de rendição do Blind Guardian após dois álbuns chatíssimos. É um álbum que me fez recordar os bons e velhos tempos de “Somewhere Far Beyond” e “Imaginations From the Other Side”.

Em “At The Edge Of Time” o Blind Guardian conseguiu harmonizar novamente agressividade com melodias e orquestrações. E isso nota-se perfeitamente em “A Voice in the Dark”, “Tanelorn (Into the Void)”, “Ride into Obsession” e “Sacred Worlds”.

Obviamente “At The Edge Of Time” não está entre os melhores da banda, mas é um álbum que nos permite dizer perfeitamente “bem vindo de volta, Blind Guardian”.

Audio Secrecy – Stone Sour

“Audio Secrecy” é o terceiro álbum de estúdio do Stone Sour, banda que conta com Corey Taylor, Jim Root (vocalista e guitarrista do Slikpnot, respectivamente) e Roy Mayorga (que excursionou com o Sepultura em 2006, após a saída de Iggor Cavalera).

Conheci o Stone Sour através do álbum “Come What(ever) May” e gostei desde a primeira audição, torando-me fã da versatilidade do vocalista Corey Taylor – dono de uma bela voz, variando entre o vocal limpo e algumas pitadas de vocal agressivo (mas diferente do que ele nos acostumou no Slipknot, é importante ressaltar).

“Audio Secrecy” não traz muitas mudanças em relação ao seu antecessor. O que é muito bom! Trata-se de um álbum de Rock, ora flertando com o Hard Rock, ora flertando com o que podemos denominar de “Radio Rock” (aquele Rock de melodia pegajosa que toca facilmente em qualquer FM).

Stone Sour é uma banda de bons músicos e que faz Rock de primeira qualidade. Com destaque para a voz de Corey Taylor – confesso que prefiro escutá-lo no Stone Sour do que no Slipknot (talvez por isso eu goste mais dos álbuns mais recentes do Slipknot, pois são mais pesados e com melodias mais bem trabalhadas que os primeiros e têm um Corey Taylor sem medo de explorar os vocais limpos, em especial o mais recente, “All Hope Is Gone” – o melhor do Slipknot). Mas também não posso deixar de mencionar as boas linhas de guitarra e a excelente performance de Roy Mayorga.

Tendo que mencionar algumas músicas, listo: “Mission Statement”, “Say You’ll Haunt Me”, “Dying”, “Let’s Be Honest”, “Unfinished” e “Nylon 6/6”.

Para quem curte Rock e, especialmente, para aqueles que queiram escutar um Corey Taylor completamente diferente, “Audio Secrecy” é uma excelente pedida.

Discipline Of Hate – Korzus

A minha reação inicial ao escutar as primeiras músicas de “Discipline of Hate” foi, com o perdão da repetição literal, “PQP! Que som é esse?!”. Acho que só isso resume toda a minha opinião sobre este álbum.

Não conheço muita coisa do Korzus. Escutei uma coisa outra antiga e devo ter ouvido o “Ties of Blood” duas vezes. Cobri o Abril Pro Rock de 2007 e achei a apresentação dos caras muito boa! Mas fiquei por aí.

O que posso dizer sobre o “Discipline of Hate”? Que é um dos melhores álbuns nacionais dos últimos tempos; que é um dos melhores álbuns Thrash Metal deste século; e que certamente é um trabalho que não deixa a desejar em nada se comparado com os grandes nomes internacionais do gênero.

Em termos musicais, temos um Thrash Metal atual, com claras influências de Slayer (riffs e, evidentemente, o vocal de Marcelo Pompeu) e algumas passagens que me lembram Testament (o álbum “The Gathreing”, por exemplo), Exodus (pelos riffs) e Machine Head (mais recente).

No que toca à produção, impossível deixar de mencionar a impecável qualidade do trabalho de Heros Trench e Marcelo Pompeu.

“Discipline of Hate” marca a estreia de Antonio Araújo (ex-ChaoSphere, para mim a melhor banda de Heavy Metal pernambucana de sempre), um músico de excepcional qualidade.

Músicas que destaco: “Discipline of Hate”, “Truth”, “2012” e “Slavery”.

Order Of The Black – Black Label Society

Zakk Wylde é, sem dúvidas, um dos maiores guitarristas do Heavy Metal da atualidade. Para mim, foi o melhor guitarrista que passou pela banda solo de Ozzy Osbourne depois, claro, de Randy Rhoads. E antes do Black Label Society ele lançou um álbum com o Pride & Glory que é muito bom, algo como um Lynyrd Skynyrd modernizado e muito mais pesado.

No Black Label Society, Zakk Wylde de 1999 a 2006 lançou, praticamente, um álbum de inéditas a cada ano – foram seis em sete anos. “Order Of The Black” é o de maior hiato entre um álbum e outro: longos quatro anos.

Embora não possa apontar como o melhor lançamento da banda, “Order Of The Black” é um álbum que traz todos os atributos já conhecidos do Black Label Society, como já é costume, Zakk Wylde mantém suas características de sempre: bons e empolgantes riffs de guitarra; solos de guitarra interessantes; algumas baladas e/ou músicas mais melancólicas; e as nítidas e inegáveis influências de Southern Rock, Pantera (agressividade e “groove”) e Black Sabbath (aquele clima bem setentista, trazido por um quê de Sludge).

“Crazy Horse”, “Overlord”, “Black Sunday” “Southern Dissolution” e a balada “January” são algumas das músicas que destaco. Além do cover de Simon & Garfunkel, “Bridge Over Troubled Waters” – muito bom!

Hvbris I &I I – Andreas Kisser

Sei bem que o primeiro álbum solo do Andreas Kisser (Sepultura) foi lançado em 2009. Porém, no Brasil o seu lançamento só ocorreu em 2010 (quanto tempo tive que esperar para poder comprar o CD!) e, ante a escassez de bons lançamentos em 2010, resolvi colocar o Hvbris I & II na lista.

Em seu trabalho solo, Andreas se desprende totalmente de rótulos e explora todas as suas influências musicais, que vão do Heavy Metal (o óbvio), passando pelo Rock, Blues, Flamenco, Música Clássica e variados estilos musicais brasileiros.

O álbum é duplo. O primeiro é dedicado à guitarra, de onde se destacam: “Eu Humano” (primeira música que escutei e uma das minhas preferidas desde então), “God's Laugh”, “Virgulandia” (cuja letra faz crítica pertinente à realidade política nacional e conta com participação de Rappin Hood), “R.H.E.T.” (com um dos melhores solos de guitarra do disco), “Em Busca do Ouro” (que narra a corrida pelo ouro no Brasil, não esquecendo a exploração e o sofrimento pelos quais muito tiveram que passar; a participação de Zé Ramalho não podia ser mais do que ideal para esta música), “Lava Sky" e "A Million Judas Iscariotes”.

O segundo disco é mais voltado ao violão clássico, instrumento a que Andreas dedica estudo há muitos anos. “Sad Soil” é a abertura perfeita – instrumental belíssimo, combinando solo de guitarra com uma base de violão.

Além de “Sad Soil”, também destaco “World’s Apart”; “Breast Feeding” (onde se notam influências de Flamenco e ritmos percussivos latinos); “Page” (você já escutou “Kaiowas”, do Sepultura? Pois bem, acredito que essa poderia ser considerada uma espécie de continuação natural da música do Sepultura); “Domenicana” (introspectiva e melancólica); “Vivaldi” (a veia erudita de Andreas) e “0120” (mais uma vez a veia erudita de Andreas a ganhar contornos, em uma belíssima canção).

Quem for escutar o álbum solo do guitarrista do Sepultura à espera de qualquer semelhança com a maior banda brasileira de todos os tempos, é melhor ou desistir ou se preparar para algo bem diferente. Em “Hvbris I & II”, Andreas Kisser mostra toda a sua versatilidade nas guitarras e violões, trazendo aos fãs do Sepultura e de Heavy Metal características bem distintas das que ele nos acostumou em sua carreira na banda.

Expectativas para 2011

Em termos musicais, minha maior expectativa é o novo álbum do Sepultura, a ser lançado ainda no primeiro semestre de 2011, via Nuclear Blast. Não tenho a menor dúvida de que será um dos melhores álbuns do próximo ano e que 2011 será muito proveitoso para a banda.

Também estou no aguardo do novo álbum do Moonspell. Mas faz tempo que não vejo nenhuma notícia por parte da banda - Nova gravadora? Composições em andamento? Quando entram em estúdio?