quinta-feira, 5 de junho de 2008

Quer dizer que no Marcanã pode?!

Desde o último domingo, dia 01 de junho de 2008, os profissionais dos órgãos de comunicação do Rio de Janeiro e São Paulo, em sua maioria, têm feito uma campanha aberta e descarada contra o Clube Náutico Capibaribe devido ao descontrole de um jogador que cometeu vários crimes e se rehagiu a uma abordagem policial.

O Sr. Bebeto de Freitas não pára de chorar desde então. Tem ido a todos os programas de televisão, em especial de uma certa emissora, fazendo-se de vítima e passando a mão na cabeça de seu atleta transgressor, cujo passado recente não é muito positivo em termos de comportamento e civilidade. Logo o Sr. Bebeto de Freitas, que já está com um processo nas costas, por ter desacatado uma autoridade.

Algumas pessoas, nessa campanha absurda e discriminatória, chegaram a falar que o Náutico não pode receber jogos em casa; pior, que o estado de Pernambuco não tem condições de oferecer segurança aos clubes e torcidas visitantes, devido ao despreparo da Polícia Militar local.

Tudo isto, vejam bem, em um caso em que o Náutico não teve culpa alguma e a PM/PE agiu corretamente na sua função de mantenedora da paz e da ordem, ao usar da força necessária para imobilizar um infrator que desacatou uma policial, resistiu e desobedeceu à ordem de prisão.

Tentaram se fazer de vítimas, tentaram omitir os crimes cometidos pelo jogador. O Sr. Bebeto de Freitas, chorão como já demonstrou ser após a final da Taça Guanabara deste ano, fez-se de vítima também e disse coisas que não correspondem exatamente à realidade.

Mas, pessoal, como a vida é irônica, não é mesmo? Como a natureza encontra os seus meios de mostrar que devemos ter cuidado ao falar dos outros, principalmente quando nosso ego e nossa prepotência nos impede de olharmos para nossos próprios umbigos e nossas deficiências. Ou, pior, quando queremos apontar o dedo aos outros e fazemos de conta, de uma forma hipócrita, que não temos deficiências a serem sanadas.

Pois é, a mãe natureza em sua perfeição ontem deu o troco aos órgãos de comunicação do Rio de Janeiro, aos dirigentes de futebol do Rio de Janeiro e mandou seu recado.

1º Fato:

Polícia Militar do Rio de Janeiro desce o sarrafo na torcida do Boca e usa gás de pimenta para reprimir os torcedores argentinos.

Tudo aquilo que criticaram na Polícia Militar de Pernambuco, sem razão e sem corresponder às verdades dos fatos, a Polícia Militar do Rio de Janeiro cometeu.

- Foi extremamente violenta com torcedores que viajram milhares de quilômetros para verem seu time jogar.

- Usaram gás de pimenta, que é nocivo à saúde, para reprimir os torcedores que já estavam sendo espancados na base do cacetete.

Digam-me uma coisa, dirigentes do Rio de Janeiro, será que a Polícia do Rio é preparada para garantir a segurança dos torcedores visitantes que vão à cidade para assistirem a um jogo do seu time?

Não seria o caso de pedirem a interdição do Maracanã por falta de segurança? E, claro, de impedir que se realizem jogos no estado do Rio de Janeiro, dado ao despreparo da Polícia Militar?

2º Fato:

Torcedor invade o gramado e é contido com uma gravata "mata-leão".

Como é possível um torcedor invadir o gramado de um estádio cuja segurança é exemplar e admirável?

E o tratamento dispensado a este torcedor?! Muito interessante a forma como ele foi contido, com o "mata-leão", um golpe de artes marciais conhecido pela sua força e violência. Pelo próprio nome já se deduz o que ele implica ao golpeado.

Pois bem, vamos a algumas considerações.

- Será que o Maracanã oferece, realmente, segurança aos jogadores?

Imaginemos um torcedor que invada o gramado para protestar, ao invés de comemorar, como ontem.

Certamente, a segurança dos jogadores estaria em risco, não é verdade? Pois é.

- O tratamento dado ao torcedor não foi violento?

Quer dizer que a Polícia Militar de Pernambuco não pode fazer uso da força para imobilizar uma pessoa que acabara de cometer os crimes de desacato, resistência e desobediência, mas no Maracanã um torcedor pode ser imobilizado violentamente após invadir o gramado?

Temo que no Maracanã não haja segurança e estrutura para receber jogos de futebol. Confesso que temo.

E vejam a grande ironia da vida.

Quando o jogador do Botafogo provocou aquele tumulto, o qual poderia gerar uma confusão generalizada, a torcida do Náutico se portou de forma educada e civilizada.

Nenhum torcedor do Náutico invadiu o gramado. Nenhum torcedor do Náutico atirou objetos em direção ao jogador.

Foi um comportamento exemplar.

Mas, mesmo assim, querem impedir que a torcida do Náutico possa assistir aos jogos do seu clube no seu estádio.

Aí, lançam-se as perguntas:

E o Fluminense?

E o Maracanã?

E o Rio de Janeiro?

Não será feito nada a respeito?

Por fim, só mais uma pergunta:

E a imprensa, o que dirá?

É por essas e por outras que não tenho um pingo de orgulho de ser brasileiro. Como diria o outro (há controversias a respeito da autoria), o Brasil não é um país sério.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

As confusões de André Luis (jogador do Botafogo)

Antes de mais nada, gostaria de dizer que Polícia agiu corretamente.

Não vamos inverter os fatos e manipular a situação.

André Luis cometeu vários crimes (e não erros) em seqüência e praticamente está sendo elevado à categoria de vítima pela maioria dos profissionais dos meios de comunicação sediados no Rio e em São Paulo.

Primeira parte:

1. Gestos obscenos para os torcedores.

Só aí já seria passível de um processo por atentado ao pudor, de ação privada. Qualquer torcedor do Náutico, sentindo-se ofendido por aqueles gestos, pode acionar judicialmente o jogador do Botafogo, mediante queixa.

2. Chutou uma garrafa de água, com violência, em direção à torcida do Náutico.

2.1. Lesão Corporal Leve

Ao atingir a garrafa em um torcedor do Náutico, lesionando-o, o jogador do Botafogo incorreu em crime de lesão corporal leve.

2.2. Provocação de tumulto

Ao dar o seu espetáculo particular, o atleta incorreu no art. 40 da Lei das Contravenções Penais, portou-se de modo inconveniente e desrespeitoso em espetáculo público. É crime de Ação Penal Pública.

Em poucos minutos ele praticou, no mínimo, 3 crimes.

Segunda parte:

O que fez a Polícia Militar de Pernambuco? Foi em sua direção a fim de conduzi-lo à Delegacia Móvel que fica nas dependências do clube em dia de jogos.

Qualquer cidadão, ao ser abordado por policiais deve agir com respeito e obediência. São agentes da autoridade e, naquele momento, eles são a autoridade.

Quando a policial se aproxima dele e toca em seu braço, ele reage de maneira violenta, esquivando-se da abordagem policial e pronunciando palavras em sua direção. ELE ERROU FEIO!

O que vocês acham que aconteceria se fosse no meio da rua? Se a Polícia abordasse um cidadão e este reagisse de forma indisciplinada? A pessoa seria, prontamente, encaminhada à Delegacia e os policiais usariam da força para imobilizá-lo.

Isso é lógico e óbvio, não sejamos hipócritas! Se a pessoa reage com indisciplina e violência a uma abordagem policial, como é que os policiais irão cumprir a sua função de agentes da autoridade, entregando um botão de rosas ao infrator??? Claro que não! Tem que ser mediante o uso da força mesmo.

Foram mais 3 crimes, em meu entendimento.

1. Resistência

Ao opor-se, de forma violenta, a uma abordagem policial.

2. Desobediência

Quando há resistência, sempre existe desobediência. Isso é lógico, afinal se ele resistiu a uma ação legal, logo ele desobedeceu o ato legal.

3. Desacato

Ele desacatou a policial. Segundo depoimento desta, ele disse coisa do gênero "polícia de merda".

Terceira parte, a confusão generalizada:

Achando pouco tudo o que já tinha causado, o jogador, aparentemente desequilibrado, com o auxílio de vários jogadores do seu time, conseguiu se soltar dos policiais e correu em direção aos vestiários.

Ao chegar à porta do vestiário, viu que a mesma se encontrava fechada. Começou a dar socos e pontapés, com aparência de total descontrole. O Clube Náutico Capibaribe, poderia, inclusive, acioná-lo por dano ao patrimônio.

O jogador, aparentemente descontrolado, se recusava a ser acompanhado pelos policiais militares. Quem ele pensa que é para tentar se colocar acima dos agentes da lei???

Não podemos ser hipócritas e fechar os olhos para todos os CRIMES por ele cometido. Ele não tinha o direito de entrar nos vestiários, simplesmente porque, naquele momento, ele se encontrava em evasão à abordagem policial. Ou seja, ele TINHA que ser ACOMPANHADO pelos policiais militares.

Mais uma vez, vamos imaginar uma situação cotidiana.

Quer dizer que se você fosse abordado pela polícia, resistisse, desobedecesse, desacatasse o policial e se evadisse do local, a Polícia não teria o direito de usar da força para imobilizá-lo e levá-lo à Delegacia? Ou se você dissesse: "não, deixa eu entrar em casa, eu quero entrar em casa, não quero ir com vocês". Isso faz algum sentido? Isso é aceitável? É evidente que não!

Os errados foram todos os jogadores do Botafogo que tentaram impedir a ação legal dos policiais. Eles também deveriam, com o recurso dos vídeos para os identificarem, ser processados por resistência e provocação de tumulto.

O Sr. Bebeto de Freitas é outro. Mas dele falarei mais adiante.

Para finalizar a respeito do André Luis, creio que a Polícia Militar de Pernambuco agiu corretamente e dentro da lei.

Primeiramente, abordou o jogador sem uso de violência ou abusos. Este, ao resistir e etc., provocou a reação necessária da PM, que tinha que agir de forma mais contudente a fim de prestar a sua função, de concluir o seu ato legal. E, mesmo assim, fez uso da violência necessária, não excedendo, nem exagerando na abordagem.

André Luis, de acordo com a imprensa, fez um "acordo" ou uma aceitou "pena alternativa". Acredito que tenha sido uma Transação Penal, prerrogativa da Lei dos Juizados Especiais, a qual permite ao infrator aceitar uma proposta do Ministério Público para pôr fim ao processo. Ao aceitar a Transação Penal o infrator não assume culpa, nem inocência. Com a Transação Penal o processo se encerra sem se discutir o mérito.

No caso de André Luis, a proposta feita pelo Ministério Público, e aceita pelo jogador, foi de 25 salários mínimos em benefício do Hospital do Câncer de Pernambuco. Assim, ao contrário do que a imprensa vem vinculando, o atleta não foi "punido", nem "condenado". Ele pôs fim ao processo, como já disse, sem se julgar o mérito, ou seja, se ele cometeu ou não o crime.

Agora, só um detalhe: CERTAMENTE esta Transação Penal se refere apenas aos crimes de Ação Penal Pública.

O que isto significa? Todos os crimes de Ação Privada ainda podem recair sobre o jogador. Ou seja, se algum torcedor do Náutico se sentir lesado por seus atos obscenos, poderá processá-lo na esfera criminal e cível; e se o torcedor que levou a garrafada no rosto quiser, pode processar o atleta por lesão corporal leve, também tanto na esfera criminal, como na cível.

E, no caso da esfera criminal, sendo o caso de novos processos, André Luis não poderá aceitar outra proposta de Transação Penal, pois fica impedido, por lei, de "transacionar" nos próximos 5 anos. Portanto, caso ele seja processado pelo torcedor que levou a garrafada no rosto ou por algum outro torcedor do Náutico, o processo deverá seguir até o fim, a não ser que ele aceite uma Suspensão Condicional do Processo, que, também, só será válida para um processo, se houver mais de um, ele será julgado e, aí sim, poderá ser condenado.

Bebeto de Freitas

O Clube Náutico Capibaribe possui apenas 2 camarotes. Um destes foi disponibilizado para a diretoria e comissão do Botafogo.

O Sr. Bebeto de Freitas se encontrava sossegado em seu camarote, com ar-condicionado, vidro blindado, etc. Ou seja, confortável e seguro.

ELE NÃO TINHA NADA QUE SAIR DE ONDE ESTAVA PARA INTERVIR EM FAVOR DO ATLETA, QUANDO ESTE JÁ SE ENCONTRAVA A CAMINHO DA DELEGACIA.

Vamos, novamente, a um exemplo cotidiano. Se você estiver sendo levado pela Polícia, o seu pai pode partir para cima dos policiais e tentar, de todas as formas retirá-lo das "mãos" dos policiais??? É evidente que não!

Se alguém tentar ajudar uma pessoa, levada pela polícia, a se evadir da ação policial, é óbvio e aceitável que os policiais REAJAM com o uso da força para impedir que o terceiro ajude o infrator.

Este foi o primeiro erro do Sr. Bebeto de Freitas. E não vamos dizer que ele estava certo, porque ele errou, e ERROU FEIO.

Por fim, para coroar suas trapalhadas, o Sr. Bebeto de Freitas achou por bem DESACATAR um PROMOTOR PÚBLICO, ao proferir palavras de baixo calão ao digno Promotor. Desacato é crime com pena de detenção de 6 meses a 2 anos, ou multa.

Mais um exemplo?

Vamos supor que você é um digno Procurador, e em EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO LEGAL, fosse desacatado por qualquer cidadão.

Vocês iriam proceder de que maneira? Passar a mão por cima da cabeça da pessoa que acabara de o desacatar, ou dar voz de prisão?

Pois é, como é que os profissionais dos meios de comunicação sediados no Rio e em São Paulo, em sua maioria, têm tentado elevar o Sr. Bebeto de Freitas ao nível de inocente e, pior de tudo, vítima?

Ele DESACATOU UM PROMOTOR PÚBLICO e, por isto, terá que responder a processo criminal. Foi-lhe proposta uma Transção Penal, a qual foi recusada. Portanto, o processo pelo crime de Desacato terá continuidade.

Punição ao Náutico? Punição a todos os clubes de Pernambuco?

Porque não punirmos logo todos os clubes nordestinos?

Porque não expurgarmos, de uma vez por todas, os clubes da Região Nordeste, tão discriminada por muitos do centro financeiro nacional e maltratada pelo Poder Público Federal, das competições nacionais?

Já não basta os clubes nordestinos terem que viver às mínguas, sem condições financeiras e estrutura para competir em pé de igualdade com os do Sul e Sudeste?

Já não basta a concentração da esmagadora maioria da renda do futebol nacional na região Sul-Sudeste? Da desigual, injusta e pouco técnica divisão da Cota de TV por parte de uma entidade privada que apenas defende os interesses de seus "membros"???

Não basta lutarmos contra tudo e contra todos, fazendo o máximo esforço para podermos disputar uma competição com cota de R$3 milhões, enquanto outros recebem R$30 milhões (e ainda conseguem ser rebaixados)???

É um absurdo querer punir o Clube Náutico Capibaribe e TODO estado de Pernambuco (como já foi falado publicamente por certas pessoas) por CRIMES cometidos por pessoas alheias ao clube!

É um absurdo o Náutico ter que pagar pelo desequilíbrio e descontrole de um jogador do clube adversário! Uma pessoa que, em minutos, cometeu inumeros crimes em seqüência.

Porque o Náutico, ou Pernambuco, teria que pagar por isto???

Não é justo! E não podemos aceitar essa injustiça de braços cruzados.

O Clube Náutico Capibaribe, a Federação Pernambucana de Futebol, a Prefeitura Municipal de Recife, o Governo do Estado de Pernambuco, os Deputados Federais e Senadores de Pernambuco têm que tomar uma posição institucional e partirem para a luta.

Todos, cada um com sua obrigação naquilo que lhe cabe juridicamente, têm que agir e evitar que o futebol pernambucano seja condenado por crimes dos quais foi vítima.

À torcida, cabe o papel de protestar, de fazer valer seu direito à liberdade de expressão e ir às ruas demonstrar indginação com uma eventual punição ao Clube Náutico Capibaribe.

domingo, 1 de junho de 2008

CLUBES MEXICANOS NA LIBERTADORES




É comum surgirem muitas dúvidas a respeito da participação dos clubes mexicanos na Copa Libertadores da América.

Porque eles participam da Libertadores?

Como é a forma de qualificação dos mexicanos para a Libertadores?

As respostas a essas perguntas e outras curiosidades podem ser encontradas logo abaixo.

O Motivo

O motivo para que os clubes mexicanos participem da Libertadores é simples: financeiro.

Entendendo o futebol como uma mercadoria, um negócio, a Conmebol abriu a Libertadores para a participação de clubes mexicanos, ampliando, assim, o público espectador e, conseqüentemente, o público consumidor.

Com clubes mexicanos na parada, a "marca" Copa Libertadores da América se fortalece e tem uma inserção muito maior em um enorme mercado, o mexicano (que representa a segunda maior economia da América Latina).

Já faz 10 anos que os clubes mexicanos disputam a Libertadores. O Guadalajara e o América disputaram a competição em 1998 e, de lá para cá, os clubes mexicanos têm participado da competição sul-americana na condição de "convidados".

A melhor participação de um clube mexicano foi em 2001, quando o Cruz Azul chegou à final e perdeu o título para o Boca Juniors, na Bombonera. Os mexicanos venderam caro a derrota, perdendo em casa por 1x0 e vencendo na Argentina por 1x0, sendo derrotado somente nos pênaltis.

Copa (Liga) dos Campeões da Concacaf


Os campeões do Clausura e Apertura do Campeonato Mexicano disputavam a Copa dos Campeões da Concacaf, competição amplamente dominada pelos clubes mexicanos, que detêm 24 títulos (América e Cruz Azul são os dois maiores vencedores, com 5 títulos cada) contra 18 na soma de todos os outros países.

É a Copa dos Campeões da Concacaf que dá acesso ao Mundial de Clubes. Só um detalhe, a partir do segundo semestre de 2008, a competição se chamará Liga dos Campeões da Cocacaf e ganhará um novo formato.


Sobre a qualificação, era o seguinte:

Vamos a um exemplo prático.

A Copa dos Campeões de 2008, vencida pelo Pachuca, teve como representantes mexicanos o Pachuca e o Atlante.

O Pachuca se classificou por ter sido o campeão mexicano no torneio Clausura 2006/07 (que foi disputado no primeiro semestre de 2007).

O Atlante, por ter sido o campeão mexicano no torneio Apertura 2007/08 (que foi disputado no segundo semestre de 2007).

A partir do segundo semestre de 2008 se dará início à "primeira" edição da Liga dos campeões, com novo nome e formato, ampliando-se para 24 o número de clubes participantes.

Com esta ampliação, o número de vagas para os mexicanos também aumenta. Serão 4 clubes mexicanos com acesso à Liga dos Campeões: os campeões e vices do Clausura e Apertura.


A Liga dos Campeões da Concacaf seguirá modelo do calendário europeu, ou seja, terá início no segundo semestre de 2008 (previsto para começar em agosto) e acabará no primeiro semestre de 2009 (o campeão deverá ser conhecido no mês de maio).


Mexicanos na Libertadores - INTERLIGA



Desde 2005 o México tem direito a 3 vagas na Libertadores.

Disputam o torneio:

Dois clubes mexicanos que não têm acesso à Copa/Liga dos Campeões da Concacaf.

Um dos dois "campeões" (Clausura e Apetura).

O campeão e vice da Interliga são os clubes que, juntamente com um dos dois campeões (ou do Clausura ou Apertura) representam o México na Liberadores.

A Interliga é um torneio que reúne 8 clubes e tem um caráter classificatório, justamente para apontar dois dos três representantes mexicanos na Libertadores.

O outro representante sai de uma disputa entre os campeões do Clausura e Apertura, que fazem uma espécie de decisão para ver quem tem acesso ao torneio sul-americano.

O campeão da "decisão dos campeões" e o campeão da Interliga têm acesso direto à fase de grupos. O vice-campeão da Interliga disputa a fase de qualificação, a "pré-Libertadores".

No caso de 2008:

Campeão mexicano vencedor da “decisão dos campeões”: Guadalajara - campeão do Apertura 2006/07. Foi o 3º colocado do grupo 6, perdendo a vaga para a segunda fase para Cúcuta e Santos.

Campeão da Interliga: América. Sensação da Libertadores, após eliminar o Flamengo de forma histórica no Maracanã. Foi o 2º colocado do grupo 5, atrás do River Plate e com o mesmo número de pontos do Universidad Católica, ganhando no número de gols marcados (10x6).

Vice-campeão da Interliga: Atlas. Na fase de “pré-Libertadortes” eliminou o La Paz, da Bolívia. Na fase de grupos ficou em 1º lugar no grupo 3, à frente do Boca Juniors. Foi eliminado, entretanto, pelo próprio Boca nas Quartas-de-final, depois de empatar por 2x2 em Buenos Aires, sofreu uma goleada em casa, 0x3.

A partir de 2009

Com a remodelação da Copa dos Campeões da Concacaf, com novo nome, formato e maior número de clubes participantes, é provável que a forma de qualificação dos mexicanos para a Libertadores sofra algumas alterações. Mas, acredito, nada que seja drasticamente diferente da forma como se dá atualmente.

Então, creio e espero que tenha ajudado a esclarecer algumas dúvidas em relação ao assunto.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

UMA QUARTA-FEIRA DE (BOM) FUTEBOL.


UMA QUARTA-FEIRA DE (BOM) FUTEBOL.

O dia 21 de maio reservou aos fãs do futebol uma verdadeira tarde/noite de deleite. Três grandes jogos em seqüência, todos decisivos. Dois um pouco menos importantes do que um, porém não menos emocionantes.

Manchester United (6) 1x1 (5) Chelsea

Primeiro jogo da tarde, a final da UEFA Champions League, ou, Liga dos Campeões da Europa. A maior competição de clubes do mundo, aquela que envolve os maiores clubes da Europa, continente que concentra o poder financeiro do futebol mundial e, conseqüentemente, os melhores e mais badalados jogadores do planeta.

Pela primeira vez na história a Europa viria uma final entre dois clubes ingleses. Assim, o futebol inglês se juntou a espanhóis e italianos em duas marcas:

1. Até então haviam ocorrido duas finais entre clubes do mesmo país – Real Madrid 3x0 Valencia (ESPANHA) e Milan (3) 0x0 (2) Juventus (ITÁLIA). A Inglaterra se tornava o 3º país a ter uma final “doméstica”.

2. Em conseqüência desta final caseira, os ingleses já tinham certeza de outra coisa – o 11º título do país na principal competição européia, igualando-se à Espanha (Real Madrid 9, Barcelona 2) e Itália (Milan 7, Juventus 2, Inter 2), que já contavam com 11 títulos. Restava saber se o Man Utd chegaria ao seu 3º título ou se o Chelsea levantaria a Taça pela primeira vez, sendo o primeiro clube da capital inglesa a se sagrar campeão europeu. Liverpool (5), Nottingham Forest (2) e Aston Villa (1) são os clubes ingleses campeões.

Com dois times recheados de estrelas, os dois melhores times ingleses da temporada (lutaram até o fim pelo título nacional, com o Man Utd levando o título na última rodada, somando 87 pontos, contra 85 do Chelsea), não decepcionaram e fizeram um grande jogo de futebol, que, certamente, entrará para a história. Ao contrário das outras duas finais entre clubes do mesmo país, esta foi equilibrada e emocionante. Falo isso porque em 2000, o Real Madrid não tomou

ciência do Valencia, e enfiou 3x0; já em 2003, os italianos fizeram uma partida equilibrada, porém bem ao feitio do futebol italiano, um jogo tático, defensivo e sem graça, com 0x0 nos 120 minutos.

O jogo de ontem, por sua vez, embora tenha sido decidido nos pênaltis como a decisão de 2003, foi extremamente emocionante e ambos os times jogaram para vencer. Embora na segunda etapa o Chelsea tenha “amarrado” um pouco mais, o jogo não deixou de ter boas oportunidades de gols.

O Man Utd foi superior no primeiro tempo, praticou um belo futebol, comandado pelo português

Cristiano Ronaldo. Com um apaixonado pelo bom futebol, deu gosto de ver os “red devils”

na primeira etapa. O Chelsea deu sorte e encontrou um gol, terminando a primeira etapa em

1x1.

No segundo tempo, o Chelsea foi superior, só que a sua maneira, ou seja, jogou feio. Foi melhor,

mas em termos de espetáculo a partida perdeu um pouco de sua graça. Se eu fosse torcedor dos “blues” até diria que foi uma grande exibição, pois como torcedor eu quero a vitória; porém,

como espectador de futebol e admirador do futebol arte, o jogo pragmático do Chelsea não é dos melhores de se ver. Contudo, há de se reconhecer a supremacia tática dos londrinos que praticamente anularam as ações ofensivas do Man Utd. Os “red devils” só tiveram três boas jogadas, todas passando pelos pés de Cristiano Ronaldo. A manutenção do 1x1 foi mais do que justa.

A prorrogação foi equilibrada e com alguns lances emocionantes. O Man Utd me pareceu “com mais pernas” do que o Chelsea. Os jogadores de azul demonstravam claramente uma fadiga maior que os de vermelho.

A decisão por pênaltis foi algo natural. E aí, o Man Utd se deu melhor. Curiosamente, dois jogadores símbolos falharam: Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo na atualidade e artilheiro da Liga dos Campeões, demonstrou falta de convicção e perdeu; Terry, o capitão e homem referência do clube, escorregou e caiu no chão enquanto a bola batia na trave. A falha de Ronaldo foi amenizada pela conquista do título. Terry não deve ter dormido na noite de ontem.

Pela campanha geral, o Man Utd, invicto na competição, é um justo campeão. O 3º título europeu do Manchester United.

Atlas 0X3 Boca

Se tem um clube que hoje é temido em toda a América Latina, este clube tem nome e vem da Argentina: Boca Juniors.

O Boca é o maior clube das Américas. Dizer isso não é nenhum absurdo, é apenas uma constatação da realidade.

Após o empate em 2x2 em Buenos Aires, no estádio do Vélez Sarsfield em virtude da interdição da Bombonera, o mais natural seria

apontar o favoritismo dos mexicanos do Atlas na briga pela vaga nas semi-finais da Libertadores.

Entretanto, o adversário do Atlas não era qualquer um, e com o Boca Juniors na Libertadores só há uma certeza: tudo, absolutamente tudo, é possível.

Libertadores é um competição marcada pela raça e superação. E nenhum outro clube tem a raça e superação como maior referência do que o Boca.

Dá gosto de ver um jogo dos “xeneizes” na Libertadores. Por sinal, a postura “xeneize” na Libertadores é bem diferente da apresentada no campeonato argentino. É impressionante, parece que a camisa transforma os jogadores e entram em campo com uma certeza: sairão vencedores.

O jogo de ontem foi fantástico. O Atlas, 1º colocado no grupo do próprio Boca, não é um time ruim (e os 3 jogos entre os dois nesta Libertadores mostraram isso), mas os argentinos não tomaram ciência dos mexicanos no primeiro tempo.

Riquelme, mesmo machucado, estava inspirado e desequilibrou; todas a principais jogadas do Boca passaram pelos pés do craque argentino, seus passes precisos desmontavam a defesa mexicana. Palacio, mesmo em má fase, foi importante no ataque, abrindo pelas pontas, chamando a marcação e assistindo seu companheiro... Palermo, o maior artilheiro da história do clube, esteve em dia de Palermo: matador, com direito a um golaço!

Bastaram 38 minutos de jogo para o Boca acabar com a questão e garantir sua vaga nas semi-finais e permanecer na luta pelo 7º título continental e, assim, juntar-se ao Independiente no topo da lista de maiores vencedores das Américas.

No segundo tempo, o Boca, mais uma vez, deu uma aula. Aquilo não foi um jogo, foi uma exibição. Mostraram que sabem fazer gols quando é preciso, mas também segurar o resultado, levar uma partida da forma como melhor lhe apetecer.

Em resumo, o Boca não jogou ontem, deu show e é o grande favorito ao título da Libertadores da América. O 7º título continental que colocará o Boca não só no topo de campeões da América, como o juntará ao Milan como clube mais “copeiro” do mundo.

Fluminense 3x1 São Paulo

Por fim, para fechar o dia, um clássico brasileiro que valia vaga entre os 4 melhores das Américas. O confronto de tricolores: o fluminense, campeão brasileiro; e o paulista, pentacampeão brasileiro, tricampeão continental e tricampeão mundial. Fluminense x São Paulo, no Maracanã, o templo do futebol nacional.

O favorito? Muitos apontavam o tricolor paulista, São Paulo, como favorito no confronto. Os paulistas haviam vencido a primeira partida no Morumbi por 1x0 e seu currículo de títulos internacionais, o clube brasileiro mais bem sucedido internacionalmente, credenciavam o São Paulo, alguns chegaram a apontá-lo como o Boca brasileiro.

Mas Boca Juniors só o da Bombonera, o grande Boca da Argentina. E o Fluminense sabia disso, e não baixou a cabeça. Diante de 73 mil pessoas no Maracanã, não pretendia se deixar abater pelo São Paulo.

Foi um jogaço! O melhor jogo entre clubes brasileiros do ano de 2008. Ambos fizeram suas melhores partidas no ano. Até o São Paulo surpreendeu e fez uma bela partida; o São Paulo, tão pragmático, justo na noite em que deixou o pragmatismo um pouco de lado viu suas pretensões do tetra irem por água abaixo. O Fluminense, com Conca em noite feliz e Washington fazendo as pazes com o gol no momento certo, presenteou seus torcedores com uma grande exibição e uma vitória emocionante.

Emoção. É assim que podemos resumir esta partida.

Venceu o melhor? Sim. O Fluminense foi o melhor na soma das duas partidas. Praticou o futebol mais bonito e com uma vitória espetacular, já nos acréscimos, mantém viva a esperança e o sonho de ser campeão da Libertadores e se juntar a Flamengo e Vasco na galeria de campeões continentais da cidade do Rio. Futebol para continuar a sonha a torcida “pó de arroz” tem, mas a presença do Boca não permite que se sonhe tão alto, em minha opinião.

domingo, 11 de maio de 2008

Valeu, Diretoria!

O tratamento dispensado à torcida do Náutico ontem por SUA DIRETORIA foi, para dizer o mínimo, lastimável!

Se não queria ingressos de TCN e pretende elitizar o clube, não assinasse o acordo com o Governo do Estado. Simples assim.

Contudo, a partir do momento em que assinou o contrato, disponibilizou 10 mil ingressos para este programa, a DIRETORIA teria obrigação de oferecer um tratamento DIGNO e DECENTE aos seus TORCEDORES.

Não existem, SIMPLESMENTE NÃO EXISTEM, argumentos que justifiquem essa falta de respeito para com os quase 10 MIL torcedores alvirrubros que saíram de casa para ver a estréia de seu clube na 1ª divisão em 2008.

Depois, vem alguns diretores reclamar da torcida, jogar a culpa dos seus fracassos e de suas incompetências para cima dos torcedores, sob o frágil e ridículo argumento: a torcida não chega junto.

Não tem nada de errado aí, não???

Só tem MORAL para reclamar dos torcedores uma diretoria que trata seus torcedores com DIGNIDADE e RESPEITO. Quem trata os torcedores do seu clube como a DIRETORIA tratou os alvirrubros ontem, JAMAIS TERÁ MORAL PARA RECLAMAR DE SUA TORCIDA E DE LEVANTAR QUALQUER INSINUAÇÃO CONTRA ELA.

O que aconteceu ontem foi DISCRIMINAÇÃO. A Diretoria mandou um recado para os torcedores do Todos Com a Nota: vocês são distintos dos outros. São torcedores diferentes. Por conta disso, deixamos 12 (DOZE) catracas da Rua da Angustura fechadas e colocamos vocês para entrar na Rua Manoel de Carvalho, com número reduzido de funcionários para pegarem seus ingressos.

Se é para segregar os torcedores do TCN, a Diretoria SETORIZE o estádio dos Aflitos. Procure um jeito de dividir aquele estádio obsoleto em setores e organize entradas que proporcionem ao torcedor o conforto necessário para quem está em seu momento de lazer.

Agora, não faz sentido algum separar a entradas dos torcedores, criando uma clara distinção, para, depois TODOS FICAREM NO MESMO LOCAL DO ESTÁDIO.

Se todos ficaram juntos, por que a DIVISÃO, por que a APARTAÇÃO?

Não faz sentido! É INCONCEBÍVEL e INACEITÁVEL!

Muito obrigado, Diretoria do Náutico, por me fazer esperar 30 minutos em uma fila e por isso perder cerca de 25 minutos de jogo.

Muito obrigado, Diretoria do Náutico, pelo tratamento humano dispensado e pelo recado dado: EU SOU MENOS IMPORTANTE PORQUE ADQUIRI UM INGRESSO MAIS BARATO.

Tenham cuidado, para que atitudes como essas não afastem os torcedores do Clube Náutico Capibaribe.

De qualquer forma, tenho uma única certeza absoluta: O CLUBE NÁUTICO CAPIBARIBE É MUITO MAIOR DO QUE TODOS VOCÊS.

sábado, 10 de maio de 2008

Campeonato Brasileiro 2008


MÉDIAS DO BRASILEIRÃO DE PONTOS CORRIDOS

Por curiosidade, fiz um levantamento ano passado do percentual de pontos necessários para que os clubes fugissem ao rebaixamento, classificassem-se à Sul-americana ou à Libertadores, além do campeão brasileiro.

Atualizei esses números esse ano para ter noção, em tese, de quantos pontos o “meu” Náutico precisará para se livrar do rebaixamento e, quem sabe, pensar em ir à Copa Sul-americana.

Resolvi partilhar os números e as informações com todos. Só peço que se alguém for usar esses números ou as observações, dêem o devido crédito, citando a fonte.

Para se livrar do rebaixamento:

2003:

50 pontos - 46 jogos - 36,2%

2004:

51 pontos - 46 jogos - 36,9%

2005:

50 pontos - 42 jogos - 39,7%

2006:

40 pontos - 38 jogos - 35,1%

2007:

45 pontos - 38 jogos - 39,5%

Média geral dos 5 anos: 37,5%

Para 2008 pela média: +- 43 pontos

Até 2007: 36,975% +- 42 pontos


Observações:

Pela média, o clube que atingir os 43 pontos, teoricamente, está livre do rebaixamento. Porém, é bom trabalhar em cima dos 45 pontos, como margem de segurança.

O exemplo de 2007 está aí para todos se prevenirem, pela média, até então, com 42 pontos já se salvaria da degola. O Corinthians fez 44 pontos e foi rebaixado. O Goiás se livrou do rebaixamento com 45 pontos.

Entretanto, é necessária uma ressalva: o campeonato de 2007 foi um dos mais disputados da história (ainda curta) dos pontos corridos. Para se livrar do rebaixamento o clube precisou obter 39,5% dos pontos disputados, percentual mais alto do que este, só se verificou em 2005, com 39,7% em 42 jogos.

Se desconsiderarmos esses 2 anos mais “complicados”, a média é de 36,2%, o que significa algo em torno de 41 pontos.

Porém, é sempre mais prudente trabalhar com o número mais alto. A média geral é de 43 pontos, então, o clube somente deverá se sentir seguro ao chegar aos 45 pontos.


Para chegar à Sul-americana:

2003:

65 pontos - 46 jogos - 47,1%

2004:

67 pontos - 46 jogos - 48,55%

2005:

58 pontos - 42 jogos - 46%

2006:

48 pontos - 38 jogos - 42,1%

2007:

54 pontos - 38 jogos - 47,4%

Média geral dos 5 anos: 46,3%

Para 2008 pela média: +- 53 pontos

Até 2007: 46% +- 52 pontos

Observações:

Pela média, o clube que atingir 53 pontos, teoricamente, garante vaga na Copa Sul-americana. Porém, é bom trabalhar em cima dos 54 pontos, como margem de segurança.

Mais uma vez, 2007 elevou a média. Teoricamente, com 52 pontos o clube se classificaria à Sul-americana, entretanto, o Figueirense chegou aos 53 pontos e não figurou na zona de classificação à segunda competição continental. O Atlético-PR ficou com a última vaga somando 54 pontos.

Portanto, é prudente trabalhar-se com 54 pontos.


Para chegar à Libertadores:

2003:

74 pontos - 46 jogos - 53,6%

2004:

79 pontos - 46 jogos - 57,24%

2005:

70 pontos - 42 jogos - 55,5%

2006:

64 pontos (4º colocado) - 38 jogos - 56,14%

2007:

61 pontos (4º colocado) - 38 jogos - 53,5%


Média geral dos 5 anos: 55,2%


Para 2008 pela média: +- 63 pontos


Até 2007: 55,62% +- 63 pontos

Observações:

Pela média, o clube que atingir 63 pontos, teoricamente, garante vaga na Libertadores.

O campeonato de 2007 teve a média mais baixa de todos os campeonatos de pontos corridos, 0,1% mais baixa do que a de 2003 (primeiro ano dos pontos corridos, quando o Cruzeiro monopolizou o Brasileirão).

Três fatores, entretanto precisam de ser levados em consideração quando analisamos os números referentes à Taça Libertadores, a saber:

1. Possibilidade do campeão da Libertadores 2008 ser um clube brasileiro.

São Paulo, Santos e Fluminense estão na briga pelo título da Libertadores no momento. Se um deles se sagrar campeão continental, garantirá vaga automática na edição do ano seguinte. Vamos supor que o São Paulo conquiste o tetracampeonato da Libertadores, assim sendo terá vaga na Libertadores 2009; se o tricolor paulista ficar entre os 4 primeiros do Brasileirão, abrir-se-á mais uma vaga no campeonato nacional, ou seja, o 5º colocado terá acesso ao torneio continental.

2. Possibilidade do campeão da Copa do Brasil 2008 se classificar entre os 4 primeiros do Brasileirão.

O campeão da Copa do Brasil tem vaga na Libertadores. Se o clube conquistar a Copa do Brasil e ficar entre os 4 primeiros do Brasileirão, haverá mais uma vaga no campeonato brasileiro, logo o 5º colocado se classificaria. Por exemplo, o Internacional pode conquistar o bicampeonato da Copa do Brasil, garantindo-se na Libertadores, e ficar entre os 4 do Brasileirão, neste caso o 5º colocado fica com a última vaga.

3. Campeões da Copa do Brasil e Libertadores 2008 ficarem entre os 4 primeiros.

Nessa situação, inédita até o presente, surgiriam mais duas vagas no Brasileirão, no caso para o 5º e o 6º colocados. A priori pode-se imaginar improvável, mas é possível que, por exemplo, o São Paulo seja tetracampeão da Libertadores e o Internacional bicampeão da Copa do Brasil e ambos fiquem entre os 4 primeiros no Brasileirão, posto que são apontados como dois favoritos no campeonato brasileiro que hoje se inicia.

Em 2006 e 2007, aconteceu de o 5º classificado ter acesso à Libertadores.

Em 2006, o Internacional, campeão da Libertadores, foi o vice-campeão brasileiro e possibilitou que o 5º classificado Paraná pudesse disputar a pré-eliminatória da Libertadores.

Em 2007, por sua vez, o Fluminense, campeão da Copa do Brasil, classificou-se em 4º lugar no Brasleirão, permitindo ao 5º colocado, o Cruzeiro, disputar a pré-eliminatória da Libertadores.

Contudo, trabalhamos com a média para o 4º lugar. Ou seja, existe a possibilidade de se classificar para a Taça Libertadores da América com pontuação abaixo da média, fato que ocorreu, por sinal, nos últimos 2 anos, pelos motivos acima expostos.


Média de pontos dos CAMPEÕES:

2003:

100 pontos - 46 jogos - 72,4%

2004:

89 pontos - 46 jogos - 64,5%

2005:

81 pontos - 42 jogos - 64,28%

2006:

78 pontos - 38 jogos - 68,42%

2007:

77 pontos - 38 jogos - 67,5%


Média geral dos 5 anos: 67,4%

Para 2008 pela média: 77 pontos

Até 2007: 67,4% 77 pontos

Observações:

Pela média, para se sagrar campeão o clube tem que mirar todos os seus alvos em 77 pontos, ou seja, um aproveitamento de 67,4%.

Curiosamente, esta média se manteve igual ao ano passado. O São Paulo cravou os 77 pontos na conquista do seu pentacampeonato nacional, o segundo clube a conquistar tal marca no Brasil, após o Flamengo.

Porém, essa estatística não é tão precisa, pois a pontuação mínima para se sagrar campeão depende muito mais do nível de equilíbrio (ou desequilíbrio) do campeonato.

Em 2003 o Cruzeiro dos 100 pontos em 2003 sobrou à frente de todos os outros e levantou a terminou o campeonato 13 pontos à frente do Santos, vice-campeão. 2003 registra a média de aproveitamento mais alta de um campeão: impressionantes 72,4%.

Em 2004 houve um certo equilíbrio, três clubes terminaram separados por apenas 7 pontos de diferença. O campeão Santos fez 89 pontos, contra 86 do vice Atlético-PR e 82 do 3º São Paulo. 2004 registra a segunda média de aproveitamento mais baixa de um campeão: 64,5%, fruto, evidente, do equilíbrio.

O campeonato de 2005 ficou marcado por duas palhaçadas extra-campo, onde o grande palhaço foi o torcedor brasileiro: o caso Edílson e o “erro” do árbitro no decisivo jogo Corinthians x Internacional. Beneficiado (coincidência, acaso ou sorte?) tanto pelo “caso Edílson”, quanto pelo “erro” do árbitro, o Corinthians, injustamente, ficou com o título em detrimento do Internacional. Os paulistas conquistaram 81 pontos, os gaúchos 78. 2005, não à toa, registra a média mais baixa de um campeão: 64,28%.

Os campeonatos de 2006 e 2007 foram muito parecidos. Bipolarizados até certo ponto da competição, para, já nas rodadas finais o São Paulo se desgarrar e rumar firme em direção ao título.

Em 2006, os são-paulinos obtiveram 68,42% de aproveitamento, com 78 pontos, 9 a mais que o vice-campeão Internacional.

Em 2007, por sua vez, foram 67,5% de aproveitamento, 77 pontos. Embora com um ponto a menos do que em 2006, os tricolores tiveram uma folga muito maior, foram 15 pontos de avanço ante o vice-campeão Santos.

Ficam aí os números e observações. Acredito que seja útil, de alguma forma, para quem gosta de futebol.

E deixa eu ir me arrumar, pois daqui a pouco estarei nos Aflitos para ver o Náutico vencer o Goiás. :-)

terça-feira, 15 de abril de 2008

Futebol: Regulamento omisso e outras


Vamos falar um pouco sobre o futebol pernambucano.

Regulamento omisso.

Primeiramente, falarei a respeito de algo que tem sido discutido desde o último domingo e que a impensa local noticiou como se fosse algo extraordinário.

É o caso do Santa Cruz, supostamente, estar em 3º lugar na classificação geral do campeonato pernambucano 2008. O Santa Cruz, pessoal, que disputa o Hexagonal do Descenso, conhecido como Hexagonal da Morte, ou seja, aquele que reúne os 6 piores clubes do campeonato.

Alguém minimamente racional irá fazer a pergunta: se ele disputa o hexagonal dos piores, como pode figura em 3º lugar no geral, incluindo os melhores?

Pois é, coisas deste campeonato pernambucano esdrúxulo. Um torneio em que não houve clássicos no 1º turno e que, por conta de sua peculiaridade (vamos dizer assim), tirou ao Santa Cruz o direito de disputar clássicos em 2008.

Agora surge essa questão que, de certa forma, é polêmica. A imprensa informa, com um estranho tom de comemoração, que o Santa Cruz é o 3º lugar no geral. Muitas pessoas já repetem esse inusitado e incoerente fato, aceitando-o como se fosse verdade, sem, como de costume, questionar e raciocinar antes de repetirem algo que lêem, ouvem ou vêem na imprensa.

Vamos aos fatos.

Eu já tinha lido o regulamento da competição e não me recordava de ter visto algo a respeito do assunto agora em voga.

Por conta disso, li e reli o tal regulamento e cheguei à seguinte conclusão:

Há OMISSÃO com relação à classificação geral do campeonato ao final do 1º e 2º turnos e isso passa como ficarão os clubes tanto do Hexagonal do Título (os 6 melhores) quanto do Hexagonal do Descenso (os 6 piores, onde se encontra o Santa Cruz).

O regulamento não fiz expressamente que os clubes do Hexagonal do Título serão os 6 primeiros colocados ao final do campeonato, bem como não faz referência aos clubes do Hexagonal do Descenso figurarem entre os 6 melhores ao final de toda a competição.

Como eu disse acima, qualquer pessoa com a mínima capacidade racional irá questionar a carência de lógica no fato de um time que disputa o Hexagonal do Descenso (ou seja, dos PIORES) possa ficar à frente de um time que dipusta o Hexagonal do Título (ou seja, dos MELHORES).

Isso não faz sentido algum. Um clube que tem a chance de disputar o título do 2º turno não pode ficar, ao final do campeonato, atrás do clube que disputa para não ser rebaixado à Segunda Divisão estadual. Coisa de louco ou de quem acha que todos são idiotas!

E essa questão se reflete na disputa pelas 3 vagas de Pernambuco na Série C de 2008. O futebol pernambucano tem 3 vagas de acesso à Série C e o campeonato pernambucano é o torneio "classificatório" para esta competição nacional. O Santa Cruz já está garantido na "terceirona", posto que foi rebaixado da Série B. Então, as 3 vagas estão em jogo e quais clubes ficarão com elas? Os que disputam o Hexagonal do Título, que estão entre os 6 melhores ou todos os clubes, incluindo aqueles do Hexagonal do Descenso, dos 6 piores?

Atualmente, na teoria, as 3 vagas vão para:

Central - 28 pontos
Salgueiro e Ypiranga - 26 pontos

Todos do Hexagonal do Título.

Acontece que o Petrolina, do Hexagonal do Descenso, tem 25 pontos. Portanto, é possível que nas duas últimas rodadas o Petrolina ultrapasse Salgueiro ou Ypiranga, ou mesmo os dois clubes. E aí, o Petrolina, do Hexagonal dos piores, ficará com uma vaga na Série C em detrimento de um clube que disputou o Hexagonal dos melhores?

Bem, pela lógica da imprensa pernambucana, sim. Pois se o Santa é o 3º lugar geral do campeonato, logo o Petrolina também ficaria à frente de um ou dos dois clubes supra citados.

Ocorre que:

1. O regulamento é omisso quanto a este ponto.

2. Isso não faz, como já foi dito, o menor sentido.

E de quem é a culpa?

Do gênio que criou este regulamento criticado por todos os torcedores. Dos dirigentes de TODOS OS CLUBES que aprovaram, por unanimidade, este regulamento tosco e esdrúxulo.

Se há omissão, o que fazer?

Vamos ao Art. 72 do genial regulamento, pois é nele que se encontra a base para dirimir qualquer dúvida gerada por omissão. O citado artigo diz, ipis literis:

Como em meu entendimento há omissão, acredito que a FPF terá que se pronunciar a respeito.

Assim sendo, a FPF terá duas opções:

1. Redimir-se um pouco da besteira que fez ao estragar o campeonato pernambucano com este regulamento tão criticado.

2. Manter a insensatez e aumenta ainda mais a besteira.

Torço para que haja lógica e que vença o bom senso.

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Náutico consegue aumento da "Cota da TV".

O Náutico conseguiu um aumento de sua cota de televisão do campeonato brasileiro 2008. Pulou de R$3,2 milhões para R$5,5 milhões (embora as notícias sejam conflitantes, muitas falam em R$3 mi e R$5 mi, enfim...).

O clube bateu o pé em janeiro deste ano e disse que não assinaria o acordo se fosse receber as migalhas que recebera pelo campeonato do ano passado. Os argumentos eram simples e diretos:

1. Com essa cota o clube estaria condenado ao rebaixamento ou, na melhor das hipóteses, à briga contra o rebaixamento (assim como em 2007).

2. Não era justo receber em 2008 o mesmo valor recebido em 2007. Se em 2007 o valor já era injusto se comparado a todos os outros clubes, o que dizer a respeito de receber o mesmo valor sendo o seu segundo ano consecutivo na 1ª divisão? Não fazia sentido e nem era justo.

Graças à postura firme da Diretoria e com a ajuda de Congressistas pernambucanos torcedores do Náutico, o clube conseguiu, após meses de discussões, reuniões e resistência, o aumento na sua cota. Mas a que custo foi concedido este aumento? Quais teriam sido os argumentos dos "nossos" congressistas junto ao presidente da CBF e da rede de televisão detentora dos direitos do campeonato brasileiro? Ficam os questionamentos, as dúvidas.

De qualquer sorte, R$5,5 milhões é muito melhor que R$3,2 milhões, mas continua a ser migalha. O Náutico deixou de ser o clube com pior cota, ao lado do Ipatinga, para ser o clube com a segunda pior cota do brasileirão 2008.

O Náutico tem cota pior do que o Bahia, que está na Série B do campeonato brasileiro. Isso para não falar do Corinthians, que ano passado foi rebaixado com cota quase que 10 vezes superior à do Náutico, e que este ano negociou com a tal rede de televisão e irá receber quase 6 vezes mais que o Náutico.

Eita que a Série B é muito boa, hein? Ou será que existe algo de muito errado nessa divisão do gordo e apetitoso bolo do dinheiro da "TV"? O que me causa mais estranheza é que são poucos os jornalistas e críticos a questionarem essa situação. Ou alguém já viu algum jornalista de projeção nacional escrever ou falar sobre este assunto? Ninguém questiona, ninguém discute. Até os paladinos da imprensa esportiva brasileira analisam o campeonato brasileiro e falam dos clubes como se todos estivessem em pé de igualdade.

Agora temos novidades. Dizem por aí que a partir de 2009 a divisão da "cota da TV" será mais justa, baseada em critérios mais transparentes e técnicos. Especula-se que alguns fatores serão determinantes na divisão do bolo de dinheiro da "TV", a saber:

- Média de público nos estádios.

- Transmissões pela TV.

- Desempenho no campeonato brasileiro.

Torcemos para que isso ocorra. São critérios mais cristalinos e justos. Receberá mais aquele que levar mais público aos jogos, que tiver mais transmissões pela TV (o que é lógico e ocorre em países da Europa, mas porque nunca questionaram isso por aqui? Vai saber...) e que for melhor no campeonato, ou seja, dentro de campo. Enfim critérios técnicos prevalecerão e deixarão de lado a mera vontade de um grupo ou o interesse de uns em detrimento de outros.

Em se tratando de Brasil, surge a pergunta: será???

Esperamos que sim.

Assim sendo, eu lanço dois questionamentos com relação ao Clube Náutico Capibaribe:

- Será que a Diretoria irá revelar, finalmente, o público real dos jogos?

Os comentários entre todos os torcedores é que o público real sempre é omitido e o anunciado oficialmente é encolhido. Isso fica aparente em muitos jogos, quem é acostumado a ir ao Estádio dos Aflitos custa a acreditar no público anunciado oficialmente. Eu sempre tenho minhas dúvidas, mas são apenas dúvidas, afinal quem irá afirmar tal coisa?

Temos aí uma boa chance de, finalmente, acabarmos com essa dúvida.

Mas aí poderá surgir uma nova dúvida, que é o meu segundo quesionamento:

- Será que vamos ver um fenômeno inverso, ao invés de encolher o público anunciado oficialmente, haverá um inchaço?

Se todos questionam os públicos anunciados até hoje, sempre por acharem que vão mais pessoas aos jogos do que o anunciado, deve ser porque exista certa facilidade em não se anuciar o público real.

Portanto, se há esta facilidade, ela também poderá se verificar ao contrário a partir de agora. Se ter mais público é o que interessa, o que impediria de haver um inchaço?

O tempo nos dirá.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Olhar / Reflexão


Tirando as teias de aranha...


Olhar / Reflexão

Olho-te nos olhos,
Vejo sombra em tua alma.
Estás coberto por um manto negro
De tristeza, de pavor.

O que te tornaste?
O que fizeste contigo?
A melancolia toma o teu ser,
Triste retrato do que já foste um dia.

Onde está aquela alegria espontânea,
Aquela graça expansiva?
Tua beleza exterior
Já não esconde o que há em teu interior.

Antes transmitias felicidade.
Tua companhia era momento único,
Prazer gratuito e sem igual.

Hoje não tens expressão.
És poço de rancor,
Fonte de sofrer e dor.

Olho-me no espelho,
Vejo sombra em minha alma!
E me pergunto:
O que aconteceu comigo?

sábado, 16 de fevereiro de 2008

FC Porto: clube mais vezes campeão nos últimos 10 anos


A Deloitte* publicou mais um dos seus estudos sobre o futebol internacional, desta vez sobre o desempenho esportivo.

O estudo aponta os clubes mais vitoriosos do mundo nos últimos 10 anos. Leva em consideração apenas títulos nacionais, taças e títulos continentais (no caso, a Uefa Champions League e a Libertadores da América). Exclui supertaças nacionais e internacionais (como o "Mundial de clubes"), bem como a Taça UEFA.

Os dois primeiros colocados são o FC PORTO e o Bayern de Munique, ambos com 13 conquistas e em igualdade: sete campeonatos, cinco taças nacionais e uma Champions League, nos últimos 10 anos.

A lista dos 10 mais bem colocados é a seguinte:

1. FC Porto e Bayern - 13

3. Boca Juniors e Celtic - 10

5. Manchester United e Glasgow Rangers - 9

7. Ajax, PSV e River Plate - 8

10. Arsenal e Real Madrid - 7

Como pode se ver, nenhum clube brasileiro. Mas isso tem duas explicações:

- O camp. brasileiro é bem mais equilibrado.

- O clube que disputa a Libertadores não tem direito a disputar a Copa do Brasil (o que já exclui uma possibilidade de título).

Comparando os brasileiros com os argentinos (que têm dois clubes na lista), os clubes argentinos ainda têm uma vantagem:

- Disputam DOIS títulos nacionais em um mesmo ano. A chance é dupla.

Com base nesse estudo, um site de torcedores do FC Porto (www.fcporto.ws) resolveu complementar os números, levando em consideração os torneios não abrangidos pelo levantamento da Deloitte.

Os torneios foram: supertaças continentais e nacionais, a taça intercontinental/campeonato mundial de clubes, a Taça UEFA e as provas correspondentes no continente sul-americano.

E o ranking dos 10 primeiros ficou assim:

1º FC Porto (21)

2º Bayern (15)

3º Rangers, Manchester United e Celtic (14)

6º PSV e Lyon (13)

8º Boca Juniors, Real Madrid, Ajax (12)

O curioso disto tudo é que o FC Porto sequer aparece na recente lista, elaborada pela mesma Deloitte, dos "20 clubes mais ricos do mundo", lista que leva em consideração o faturamento dos clubes ao longo da temporada. Nenhum clube português figura entre os 20 mais ricos, por sinal.

Acontece que o FC Porto termina por se prejudicar ao estar ligado a um país menos rico na União Européia e por disputar um campeonato nacional menos interessante do ponto de vista do mercado da bola. Os títulos nacionais, continentais e mundial provam que o FC Porto é um dos maiores clubes da Europa e do Mundo, um feito digno e admirável, principalmente se levarmos em conta que fica à frente de vários clubes com poder aquisitivo imensamente maior.

O primeiro dessa lista "dos mais ricos", por três anos seguidos, é o Real Madrid, com faturamento de 351 milhões de euros. Reparem que no ranking de títulos o Real Madrid é apenas o 9º colocado na lista da Deloitte e o 8º na lista complementar feita pelo fcporto.ws.

De acordo com os dados da Deloitte, os clubes de futebol geraram receitas que somam o valor de 3,7 bilhões de euros na temporada 2006/07.

CONFIRA OS 21 TÍTULOS DO FC PORTO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS:

1 Liga dos Campeões da Europa (campeão europeu) - 2003/04

1 Taça Intercontinental (mundial de clubes) - 2004

1 Taça UEFA - 2002/03

7 Campeonatos Nacionais (campeão português) - 96/97, 97/98, 98/99, 02/03, 03/04, 05/06, 06/07

5 Taças de Portugal - 97/98, 99/00, 00/01, 02/03, 05/06

6 Supertaças Cândido de Oliveira (supertaça de Portugal) - 97/98, 98/99, 00/01, 02/03, 03/04, 05/06

E vem, pelo menos, mais um título português a caminho. O tricampeonato 05/06, 06/07, 07/08, é questão de tempo!

Enfim... SOMOS OS MELHORES!!!

*A Deloitte é uma empresa suíça de auditoria, consultoria tributária, consultoria em gestão de riscos empresariais, corporate finance, consultoria empresarial, outsourcing, consultoria em capital humano e consultoria atuarial. Uma das maiores empresas de serviços profissionais do mundo.

sábado, 19 de janeiro de 2008

E a passagem aumentou novamente...


Desde o começo desta semana a população recifense e da Região Metropolitana passou a pagar mais caro pelo transporte urbano. As tarifas cobradas pelas empresas responsáveis pelo transporte público tiveram um aumento de 8.59%. Pouco mais de dois anos depois do último reajuste, ocorrido em novembro de 2005, os empresários se sentiram na necessidade “vital” de elevarem os custos do transporte.

Dois anos e dois meses depois de muitos protestos e bastante revolta dos estudantes e do povo menos favorecido, os empresários, a EMTU e o Governo do Estado nos brindam com mais um aumento. Os 8.59% propostos pela EMTU, dirigida pelo petista Dílson Peixoto, correspondem ao Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), de novembro de 2005 a janeiro de 2008. Porém, acreditem, os empresários queriam ainda mais, para eles o reajuste deveria ser de 28,13%. Pobres coitados, não é mesmo?

O anel A, mais utilizado (cerca de 70% dos usuários), saltou de R$ 1,60 para R$ 1,75. Os anéis B e D, também entre os mais utilizados, saltaram para R$ 2,60 e R$ 2,10, respectivamente. 70% dos usuários estão pagando RS 0,15 a mais por passagem, portanto, no mínimo R$ 0,30 por dia, que dá uma média de R$ 1.80 por semana, R$ 7,20 por mês, isso calculando que a pessoa apenas precisará de duas passagens diárias, em seis dias por semana, o que todos sabem que não corresponde à realidade social dos trabalhadores da RMR e de muitos estudantes.

As tarifas aumentam, mas será que a qualidade do transporte público também aumenta? Os empresários dizem que sem o aumento a qualidade oferecida à população irá cair, pois seus custos se elevaram, logo as passagens devem cobrir estes custos, portanto, o povo tem que pagar por isso, pois o lucro há de ser salvo. Entretanto, alguém pode me responder: de novembro de 2005 para janeiro de 2008 a qualidade do transporte público aumentou ou caiu?

Os empresários devem achar que o povo é burro e desprovido de qualquer capacidade de raciocínio e crítica. Se a desculpa dada sempre é a de manter a qualidade do produto oferecido, então, basta fazermos uma breve análise do que aconteceu nos últimos anos. A qualidade aumentou, caiu, ou, pelo menos, manteve-se no mesmo nível?

Quem usa o transporte coletivo sabe muito bem a resposta. É óbvio e evidente que a qualidade caiu de maneira absurda! E o grande marco para a queda da qualidade do transporte público foi o fim do transporte alternativo, mais conhecido por “kombeiros”. E porquê isso terá ocorrido?


Simples: os “kombeiros” promoviam uma concorrência com as empresas “tradicionais”. Ofereciam preços mais baixos, o que atraia grande parcela da carente população do grande Recife; ofereciam linhas alternativas, que melhor serviam as pessoas. Os “kombeiros” trouxeram algo novo para os usuários de transporte coletivo da RMR, a sensação de que havia uma alternativa mais barata e eficaz.

Foi na época áurea do transporte alternativo que surgiram novas linhas do “transporte tradicional”; foi também nessa época em que surgiram os “geladinhos” e “geladões”, com ar-condicionado, e outros veículos com muito mais comodidade e conforto para os passageiros. As empresas, temendo a concorrência, foram forçadas a aumentarem seus custos, abrir mão temporariamente de parte dos seus lucros, para frear o crescimento da demanda dos transportes alternativos. A população da Grande Recife pôde vivenciar a livre concorrência e colher, daí, uma melhor estrutura, enfim, um melhor tratamento.

Porém, os empresários não estavam satisfeitos com essa situação. Se há algo que a maioria do empresariado não gosta nem de ouvir falar é redução de lucros. E os “kombeiros” incomodavam, na medida em que faziam concorrência e ofereciam uma alternativa às pessoas, os lucros das empresas iriam sofrer. E no mundo em que vivemos, as pessoas não têm vez, os seres humanos são relegados a seres inferiores, sem face, tornam-se em uma massa meramente consumidora. De cidadão a consumidor, esta é a realidade.

Chomsky lançou a pergunta: o lucro ou as pessoas? A EMTU, a Prefeitura (Popular) de Recife, o Governo do Estado e os empresários do transporte coletivo na RMR deram a reposta: o lucro. E lá se foram os “kombeiros”, em sua maioria pessoas de baixa renda, desempregadas, que tinham como única fonte de renda o trabalho honesto de motorista e cobrador do transporte alternativo. A Prefeitura (Popular) de Recife, cujo lema é “cuidar das pessoas” não pensou na imensa maioria das pessoas, no povo sofrido de baixa renda, naqueles que sofrem o cotidiano de trabalhos duros e mal pagos; da exploração do capital.

E, desde então, o transporte público sofreu uma queda vertiginosa de qualidade. Para quê investir e manter veículos de maior consumo se já não existe mais concorrência, não é verdade? Exatamente. Foi isto que fizeram, paulatinamente, os empresários da RMR. E não houve aumento de valor das passagens que fez esta queda brutal na qualidade parar. Aumento de qualidade? Isto só nos melhores sonhos utópicos de quem acredita que um dia o povo será tratado de forma humana e fraterna.

Eis que chegamos, finalmente e infelizmente, a 2008. No comando do Governo Estadual um novo grupo, saiu a coalizão de direita e entrou a de centro-esquerda. Em campanha, o atual governador prometeu redução das tarifas. Um sonho a ser realizado? Um governante que pensa nas pessoas? Ou mera promessa demagógica de campanha?

Mais uma vez, o lucro prevaleceu. E a promessa de redução do valor das tarifas não passou de palavras soltas ao vento, de propaganda eleitoral. Mais um engodo para o povo. Na prática, a mudança não existiu.

Houve novo aumento. O Governo do Estado, ao invés de cumprir sua promessa, apresentou uma proposta de 8.59%, os empresários, mesmo contrariados, aceitaram, pelo menos estarão a somar.

Aproveitaram o mês de janeiro para tomar esta decisão. Mês de férias escolares e acadêmicas, época, também, em que muita gente está pensando em praia, sombra e água fresca. Um período bastante propício para evitar grandes mobilizações populares. Quanto menos barulho, melhor para aqueles que estão no comando.

As passagens aumentaram, mas o povo continuará sofrendo com ônibus lotados, veículos desconfortáveis e em péssimo estado de conservação, frotas reduzidas e da insegurança nos coletivos, reflexo desta calamidade que assola nosso estado. Tudo isso irá continuar, e, se for mantida a tendência dos últimos anos, não apenas as passagens aumentarão, a péssima prestação de serviços também.

Se não nos levantarmos, se não nos fizermos ouvir, seremos cada vez mais ignorados, explorados e desprezados. Não podemos baixar nossas cabeças e nos conformamos. O conformismo é alimento para aqueles que querem explorar e enriquecer às custas do povo.

A união é necessária. A mobilização é essencial.

Se o lucro está acima das pessoas, o que será das pessoas?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Vencer é o que importa?


"O vice-campeão é o primeiro dos últimos".

Essa é uma frase bastante comum no nosso país. Significa que ficar em segundo é sinônimo de fracasso. Apenas a vitória interessa, não importando os meios necessários para atingi-la. Perder, mesmo que com dignidade, superando suas fraquezas e seus limites, é fracassar e não tem valor algum. Em resumo, se você não é um vencedor, você é um nada, insignificante; apenas os vencedores têm valor e merecem admiração.

Infelizmente, esse pensamento não se resume exclusivamente ao mundo esportivo. O esporte reflete a sociedade. Se já é lamentável no mundo esportivo, o que dizer do meio social? Ultrajante, absurdo. É um tipo de pensamento que se torna prejudicial à vida humana, posto que entra em conflito com a idéia de solidariedade, que deveria ser primordial em qualquer relação humana e no convívio coletivo.

As pessoas vivem em constante competitividade, são educadas para competir, ser sempre melhores dos que as outras. Cria-se um individualismo que retira qualquer forma de solidariedade. A idéia de apoio ao próximo se torna ridícula. O que importa é o sucesso individual. Não se procura dar o melhor de si e tentar ajudar o próximo para que ele atinja seu objetivo. A derrota e o fracasso do outro são celebrados quando lhe favorece.

A competitividade extrema rima com individualidade, o oposto de coletividade e companheirismo. Na maioria das vezes, fazer apenas o seu não é suficiente para que o todo cresça e haja harmonia no meio social. Pelo contrário, o individualismo cria um fosso que separa as pessoas umas das outras, gera desigualdade e descrepâncias.

Viver em sociedade significa viver em coletividade. E isso deveria ser sinônimo de solidariedade, de trabalho em conjunto. Infelizmente vivemos em um mundo dominado pelo pensamento competitivo de ser o melhor e do absurdo de que "os mais fortes sobrevivem", como se competição, individualismo e egoísmo fossem características da natureza humana.

Um time de futebol é o conjunto de 11 jogadores ou o individualismo de 1 estrela? Quantas vezes não vimos um time muito mais fraco, sem estrelas, vencer um adversário repleto de grandes jogadores? O craque não joga sozinho, ele precisa de seus companheiros dentro de campo para que sua qualidade técnica se sobressaia e faça a diferença; ele pode vir a ser o jogador chave, o homem decisivo e mais importante do jogo, mas jamais decidirá sozinho, pois sem o apoio de seus companheiros no retângulo gramado, ele não logrará êxito. É o trabalho do conjunto, a força da coletividade que faz um time vencedor.

Na sociedade também deveria ser assim. O trabalho em conjunto, a cooperação entre todos, a força da coletividade deveriam ser valorizadas e postas em prática. Enxergar o próximo, saber dividir com ele o sucesso e ajudar a ultrapassar os obstáculos e evitar o fracasso. Cultivar o trabalho em equipe, aproveitar o que cada um tem de melhor para que o todo obtenha sucesso.

O crescimento coletivo gera o crescimento individual.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Os melhores álbuns de 2007

Começarei o ano de 2008 falando a respeito dos melhores álbuns de 2007. Melhores, evidentemente, na minha opinião, o que poderia ser denominado mais corretamente de "Meus 10 álbuns preferidos de 2007". Enfim, deixando essa discussão de lado, aí vai a lista:

In Requiem - Paradise Lost (http://www.myspace.com/paradiselostuk)

Considerado por muitos um dos melhores álbuns da banda desde o clássico "Draconian Times" (1995), "In Requiem" marca um retorno da banda a uma sonoridade mais pesada, mesclando as influências mais recentes do Rock Gótico com as mais pesadas dos tempos do Gothic/Doom Metal que levou a banda ao topo em meados dos anos 90.

Riffs pesados, teclados dando uma sonoridade atmosférica e obscura, e um Nick Holmes em grande forma, com um vocal mais agressivo. Atmosférico, sombrio, pesado e agressivo, com algumas pitadas de elementos eletrônicos que marcaram a fase da segunda metade dos anos 90, "In Requiem" é uma obra-prima do Gothic Metal e deixa claro porque o Paradise Lost sempre foi uma banda de vanguarda.

From These Wounds - Funeral (http://www.myspace.com/doomfuneral)

Depressivo, emocional e sombrio. É assim que podemos resumir, em três palavras, este belo exemplar do Funeral Doom Metal. "Down-tempo", atmosfera melancólica e triste, riffs sombrios, teclados dando um tom de sinfonia fúnebre e o vocal perfeito para o estilo, dando um toque apaixonante e emocionante às músicas. Este álbum te leva a uma estranha mistura de sentimentos, é de uma beleza emocionante, ao passo que é de uma melancolia depressiva. Palavras não suficientes para descrevê-lo. Magnífico.

Under Satanae - Moonspell (http://www.myspace.com/moonspell)

"Under Satanae" não é um álbum de músicas inéditas, e isso é inédito em uma lista minha, pois sempre dei preferência a álbuns de músicas novas. Trata-se de uma regravação das músicas mais antigas dos portugueses, mestres do Gothic Metal. Da época "Black Metal" da banda, anterior ao clássico "Wolfheart". Em "Under Satanae" o Moonspell presenteia os seus fãs com versões mais bem trabalhadas e produzidas, além de melhores executadas do EP
"Under the Moonspell", da demo "Anno Satanae" e da música "Serpent Angel", gravada originalmente em 1992 quando a banda ainda se chamava Morbid God.

E que diferença faz a equação: banda mais madura musicalmente, com mais experiência e qualidade técnica + dinheiro e estrutura para gravação e produção decentes. Under Satanae se torna um excelente álbum de Black Metal por ser diferente, por trazer arranjos sinfônicos e pitadas da música regional títpica do sul de Portugal, muito influenciada pela cultura dos Mouros (árabes que ocuparam a Península Ibérica). Álbum necessário tanto para os fãs de Black Metal quanto para os apreciadores do chamado "Dark" Metal.

The Atrocity Exhibition... Exhibit A - Exodus (http://www.myspace.com/exodus)

Costumam dizer que o vinho quanto mais velho, melhor fica. Pois bem, parece que é o caso do Exodus. Os estadunidenses têm lançado petardos atrás de petardos desde o retorno às atividades em 2004 com o já clássico "Tempo of the Damned". Em 2007 mais um álbum que poderá facilmente ser elevado à categoria de clássico, ao lado de "Bonded By Blood" (1985) e do já citado "Tempo of the Damned".

"The Atrocity Exhibition... Exhibit A" reúne riffs pesados, agressivos e empolgantes; bons e bem encaixados solos de guitarra; um belo trampo de cozinha, com um grande trabalho do baterista Tom Hunting; e, por fim, a presença marcante de Rob Dukes, na minha opinião o melhor vocalista que já gravou com a banda (que me desculpem os fãs do lendário Paul Baloff). Em síntese: um petardo!

Silent Waters - Amorphis (http://www.myspace.com/amorphis)

"Silent Waters" é o sucessor natural de "Eclipse", primeiro álbum do Amorphis com o vocalista Tomi Joutsen, lançado em 2006. Tão natural que a banda não esperou muito tempo entre um álbum e outro. Podemos dizer, ainda, que demonstra um crescimento e amadurecimento com sua nova formação e isso permitiu que a banda fizesse um excelente álbum, resgatando, inclusive, um pouco da sonoridade dos velhos tempos e mesclando com os elementos mais recentes.

Trata-se de um trabalho que varia do peso e agressividade a momentos com arranjos mais climáticos e introspectivos. Do Death Metal Melódico ao Folk Metal e Progressivo, com belos arranjos de teclado e sintetizadores, bons riffs e solos de guitarra e uma excelente versatilidade do vocalista Tomi Joutsen, que vai do agressivo ao melódico com qualidade admirável. Peso, agressividade, melodia e introspecção, "Silent Waters" mostra que o Amorphis sabe trabalhar com versatilidade, originalidade e criatividade.

From Below - The Fall of Every Season (http://www.myspace.com/thefallofeveryseason)

"From Below" é o début-CD do "one man project" The Fall of Every Season, projeto do norueguês Marius Strand, que compõe, canta, e toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano, bateria além de fazer as programações eletrônicas. Calmo, melancólico, lento, épico e depressivo... Verdadeiramente depressivo.

"From Below" é um Progressive Death/Doom Metal, com muitas passagens de Melodic Doom, que traz uma combinação de Anathema, Katatonia, Saturnus e Novembers Doom. Marius explora muito bem o vocal gutural e o limpo... O limpo é de uma beleza emocionante, transmite com primazia uma atmosfera de pureza e tristeza. Os riffs de guitarra, os arranjos épicos e melancólicos, o violão, tudo se encaixa perfeitamente. Belíssimo álbum de Doom Metal.

The Novella Reservoir - Novembers Doom (http://www.myspace.com/novembersdoom)

Novembers Doom ou Novembers Death? Brincadeiras à parte, "The Novella Reservoir" é, indubitavelmente, o álbum mais pesado e agressivo do Novembers Doom. As influências de Death Metal são latentes, vocal gutural, bateria extremamente pesada e o pedal duplo comendo solto, riffs agressivos e acelerados. Entretanto, a banda não deixa de lado a melancolia e melodia do Doom Metal, o que se nota em várias passagens mais introspectivas.

"The Novella Reservoir" equilibra peso, agressividade, como melodias e um pouco de melancolia. Death/Doom Metal com um pé no Death Progressivo. Muito bom.

Leaving Eden - Antimatter (http://www.myspace.com/antimatterband)

Antimatter é uma banda britânica fundada pelo músico e compositor Mick Moss e o baixista Duncan Patterson (ex-Anathema). "Leaving Eden", entretanto, é o primeiro álbum da banda como, digamos, projeto exclusivo de Mick Moss, posto que Duncan Patterson deixou o grupo para se dedicar a um álbum solo. E se muitos temiam que a saída de Duncan fosse afetar a banda, Mick Moss nos brinda com o fantástico "Leaving Eden", um álbum de belas composições, com magníficos arranjos de teclado, piano e a grande participação de Danny Cavannagh (Anathema).

"Leaving Eden" é um álbum de Rock Progressivo, bastante sombrio e melancólico. Mick Moss é dono de uma voz cativante, encantadoramente triste e emocionante. Algumas passagens de violino, outras de violoncelo, orgão, encrementam e aprofundam ainda mais o clima soturno que cerca o álbum. Aos amantes de música sombria e melancólica, principalmente da escola britânica: "Leaving Eden" é um álbum essencial.

Souvenirs d'un Autre Monde - Alcest (http://www.myspace.com/alcestmusic)

Quem escuta "Souvernirs d'un Autre Monde" dificilmente consegue imaginar essa mesma banda tocando Black Metal. Pois bem, Alcest começou como projeto de Neige, que depois se tornou uma banda com a incorporação de outros dois componentes e, sim, era Black Metal, porém um pouco diferente, com uma sonoridade mais fria, melódica e melancólica.

Atualmente a Alcest é um "one man project", Neige novamente caminha solitário neste jornada, e de Black Metal "Souvernirs d'un Autre Monde" praticamente não tem nada. Mas a sonoridade fria, melódica, melancólica permaneceu. É um álbum que nos faz relaxar, acalma-nos, é introspectivo, quase que um convite a uma viagem de sonhos e nostalgia. A música pode ser definida como uma mistura de Shoegazer com Metal, mas o que realmente se destaca é a capacidade que Neige tem de nos fazer refletir sobre a vida e nossa existência. Belíssimo.

Humanity: Hour 1 - Scorpions (http://www.myspace.com/officialscorpions)

Bom e velho Rock! Scorpions é uma banda clássica do Rock mundial, os dinossauros do Hard Rock, que estão na ativa há mais de 40 anos, e lançaram inumeros clássicos desde o primeiro álbum, "Lonesome Crow" (1972).

Depois de um flerte com a música mais comercial nos anos 90, os alemães lançaram "Unbreakable" (2004), um retorno ao Hard Rock. "Humanity: Hour 1" vem nessa mesma linha, o bom e velhor Hard Rock, pesado, melódico, com músicas diretas e agitadas e algumas baladas mais calmas e relaxantes. Excelentes melodias, bons riffs, boa performance do grande Klaus Meine e refrões grudentos, fazem de "Humanity: Hour 1" um álbum que depois de escutado não sai da tua cabeça. Bom exemplar de Heavy Rock.