
In Requiem - Paradise Lost (http://www.myspace.com/paradiselostuk)
Considerado por muitos um dos melhores álbuns da banda desde o clássico "Draconian Times" (1995), "In Requiem" marca um retorno da banda a uma sonoridade mais pesada, mesclando as influências mais recentes do Rock Gótico com as mais pesadas dos tempos do Gothic/Doom Metal que levou a banda ao topo em meados dos anos 90.
Riffs pesados, teclados dando uma sonoridade atmosférica e obscura, e um Nick Holmes em grande forma, com um vocal mais agressivo. Atmosférico, sombrio, pesado e agressivo, com algumas pitadas de elementos eletrônicos que marcaram a fase da segunda metade dos anos 90, "In Requiem" é uma obra-prima do Gothic Metal e deixa claro porque o Paradise Lost sempre foi uma banda de vanguarda.

Depressivo, emocional e sombrio. É assim que podemos resumir, em três palavras, este belo exemplar do Funeral Doom Metal. "Down-tempo", atmosfera melancólica e triste, riffs sombrios, teclados dando um tom de sinfonia fúnebre e o vocal perfeito para o estilo, dando um toque apaixonante e emocionante às músicas. Este álbum te leva a uma estranha mistura de sentimentos, é de uma beleza emocionante, ao passo que é de uma melancolia depressiva. Palavras não suficientes para descrevê-lo. Magnífico.

"Under Satanae" não é um álbum de músicas inéditas, e isso é inédito em uma lista minha, pois sempre dei preferência a álbuns de músicas novas. Trata-se de uma regravação das músicas mais antigas dos portugueses, mestres do Gothic Metal. Da época "Black Metal" da banda, anterior ao clássico "Wolfheart". Em "Under Satanae" o Moonspell presenteia os seus fãs com versões mais bem trabalhadas e produzidas, além de melhores executadas do EP
"Under the Moonspell", da demo "Anno Satanae" e da música "Serpent Angel", gravada originalmente em 1992 quando a banda ainda se chamava Morbid God.
E que diferença faz a equação: banda mais madura musicalmente, com mais experiência e qualidade técnica + dinheiro e estrutura para gravação e produção decentes. Under Satanae se torna um excelente álbum de Black Metal por ser diferente, por trazer arranjos sinfônicos e pitadas da música regional títpica do sul de Portugal, muito influenciada pela cultura dos Mouros (árabes que ocuparam a Península Ibérica). Álbum necessário tanto para os fãs de Black Metal quanto para os apreciadores do chamado "Dark" Metal.

Costumam dizer que o vinho quanto mais velho, melhor fica. Pois bem, parece que é o caso do Exodus. Os estadunidenses têm lançado petardos atrás de petardos desde o retorno às atividades em 2004 com o já clássico "Tempo of the Damned". Em 2007 mais um álbum que poderá facilmente ser elevado à categoria de clássico, ao lado de "Bonded By Blood" (1985) e do já citado "Tempo of the Damned".
"The Atrocity Exhibition... Exhibit A" reúne riffs pesados, agressivos e empolgantes; bons e bem encaixados solos de guitarra; um belo trampo de cozinha, com um grande trabalho do baterista Tom Hunting; e, por fim, a presença marcante de Rob Dukes, na minha opinião o melhor vocalista que já gravou com a banda (que me desculpem os fãs do lendário Paul Baloff). Em síntese: um petardo!

"Silent Waters" é o sucessor natural de "Eclipse", primeiro álbum do Amorphis com o vocalista Tomi Joutsen, lançado em 2006. Tão natural que a banda não esperou muito tempo entre um álbum e outro. Podemos dizer, ainda, que demonstra um crescimento e amadurecimento com sua nova formação e isso permitiu que a banda fizesse um excelente álbum, resgatando, inclusive, um pouco da sonoridade dos velhos tempos e mesclando com os elementos mais recentes.
Trata-se de um trabalho que varia do peso e agressividade a momentos com arranjos mais climáticos e introspectivos. Do Death Metal Melódico ao Folk Metal e Progressivo, com belos arranjos de teclado e sintetizadores, bons riffs e solos de guitarra e uma excelente versatilidade do vocalista Tomi Joutsen, que vai do agressivo ao melódico com qualidade admirável. Peso, agressividade, melodia e introspecção, "Silent Waters" mostra que o Amorphis sabe trabalhar com versatilidade, originalidade e criatividade.

"From Below" é o début-CD do "one man project" The Fall of Every Season, projeto do norueguês Marius Strand, que compõe, canta, e toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano, bateria além de fazer as programações eletrônicas. Calmo, melancólico, lento, épico e depressivo... Verdadeiramente depressivo.
"From Below" é um Progressive Death/Doom Metal, com muitas passagens de Melodic Doom, que traz uma combinação de Anathema, Katatonia, Saturnus e Novembers Doom. Marius explora muito bem o vocal gutural e o limpo... O limpo é de uma beleza emocionante, transmite com primazia uma atmosfera de pureza e tristeza. Os riffs de guitarra, os arranjos épicos e melancólicos, o violão, tudo se encaixa perfeitamente. Belíssimo álbum de Doom Metal.
Novembers Doom ou Novembers Death? Brincadeiras à parte, "The Novella Reservoir" é, indubitavelmente, o álbum mais pesado e agressivo do Novembers Doom. As influências de Death Metal são latentes, vocal gutural, bateria extremamente pesada e o pedal duplo comendo solto, riffs agressivos e acelerados. Entretanto, a banda não deixa de lado a melancolia e melodia do Doom Metal, o que se nota em várias passagens mais introspectivas.
"The Novella Reservoir" equilibra peso, agressividade, como melodias e um pouco de melancolia. Death/Doom Metal com um pé no Death Progressivo. Muito bom.

Antimatter é uma banda britânica fundada pelo músico e compositor Mick Moss e o baixista Duncan Patterson (ex-Anathema). "Leaving Eden", entretanto, é o primeiro álbum da banda como, digamos, projeto exclusivo de Mick Moss, posto que Duncan Patterson deixou o grupo para se dedicar a um álbum solo. E se muitos temiam que a saída de Duncan fosse afetar a banda, Mick Moss nos brinda com o fantástico "Leaving Eden", um álbum de belas composições, com magníficos arranjos de teclado, piano e a grande participação de Danny Cavannagh (Anathema).
"Leaving Eden" é um álbum de Rock Progressivo, bastante sombrio e melancólico. Mick Moss é dono de uma voz cativante, encantadoramente triste e emocionante. Algumas passagens de violino, outras de violoncelo, orgão, encrementam e aprofundam ainda mais o clima soturno que cerca o álbum. Aos amantes de música sombria e melancólica, principalmente da escola britânica: "Leaving Eden" é um álbum essencial.

Quem escuta "Souvernirs d'un Autre Monde" dificilmente consegue imaginar essa mesma banda tocando Black Metal. Pois bem, Alcest começou como projeto de Neige, que depois se tornou uma banda com a incorporação de outros dois componentes e, sim, era Black Metal, porém um pouco diferente, com uma sonoridade mais fria, melódica e melancólica.
Atualmente a Alcest é um "one man project", Neige novamente caminha solitário neste jornada, e de Black Metal "Souvernirs d'un Autre Monde" praticamente não tem nada. Mas a sonoridade fria, melódica, melancólica permaneceu. É um álbum que nos faz relaxar, acalma-nos, é introspectivo, quase que um convite a uma viagem de sonhos e nostalgia. A música pode ser definida como uma mistura de Shoegazer com Metal, mas o que realmente se destaca é a capacidade que Neige tem de nos fazer refletir sobre a vida e nossa existência. Belíssimo.

Bom e velho Rock! Scorpions é uma banda clássica do Rock mundial, os dinossauros do Hard Rock, que estão na ativa há mais de 40 anos, e lançaram inumeros clássicos desde o primeiro álbum, "Lonesome Crow" (1972).
Depois de um flerte com a música mais comercial nos anos 90, os alemães lançaram "Unbreakable" (2004), um retorno ao Hard Rock. "Humanity: Hour 1" vem nessa mesma linha, o bom e velhor Hard Rock, pesado, melódico, com músicas diretas e agitadas e algumas baladas mais calmas e relaxantes. Excelentes melodias, bons riffs, boa performance do grande Klaus Meine e refrões grudentos, fazem de "Humanity: Hour 1" um álbum que depois de escutado não sai da tua cabeça. Bom exemplar de Heavy Rock.
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