Paro num sinal. E o sinal de uma sociedade desigual se faz presente. Eu em meu carro, janelas fechadas, ar-condicionado ligado. Jovens adultos, adolescentes, e crianças no lado de fora, tentando ganhar algum trocado – pedem esmolas, vendem toda a sorte de produtos (flanelas, confeitos, etc.) ou se oferecem para lavarem o para-brisas.
É dura a realidade social brasileira. Um país tão rico quanto desigual e excludente. Uma nação que por razões políticas e econômicas (falta de vontade política; ganância daqueles que detêm o poder econômico) atira para a marginalidade social imensa maioria de sua população.
O sol esquenta o dia. Enquanto uns trabalham e/ou cumprem suas obrigações, outros vão à praia aproveitar as benções da natureza. Contudo, há muitos que batalham sol a pino a fim de terem o mínimo para sobreviverem (e por mínimo de sobrevivência não se entende o mínimo necessário para viverem com dignidade e humanidade).
Até quando conviveremos com estes dois “Brasis”?
Até quando viveremos em um país que se divide e se segrega, separa uma pequena parcela incluída (usufrutuária das benesses sociais) de uma enorme parcela excluída do convívio digno e humanizado dos direitos sociais?
É o país que temos.
Mas é o país que queremos?
O que fazemos para mudar essa realidade?
Ou será que apenas contribuímos para que o fosso se aprofunde cada vez mais?
Qual é o Brasil que queremos para o (nosso) futuro?
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