Olho fixamente o teclado do computador à espera de que as palavras surjam para que eu possa pescá-las e juntá-las em um texto com ou sem sentido, só pelo simples prazer do ato de escrever.
Neste jogo particular, meu com as palavras que surgem e, também, com aquelas que insistem em (me) fugir, sinto-me em desvantagem, pois sozinho não me vejo capaz de poder fazer frente a esta imensidão de palavras e a enorme complexidade de combinações de letras e palavras que formam orações, as quais dão origem a parágrafos, culminando com um texto completo.
Solitário, porém incansável, travo uma luta comigo mesmo, busco determinação e me convenço de que sou capaz de superar todas as adversidades e que não serão letras, nem mesmo palavras, capazes de me abaterem.
Em meio a este jogo (que mais se parece com uma batalha), lembro que já estamos no último mês do ano.
Dezembro, o décimo segundo mês de nosso calendário gregoriano, cujo nome encontra raízes na palavra latina decem (dez, de décimo mês do calendário Romano).
02 de dezembro de 2009. Daqui a pouco o hoje será ontem e o amanhã será hoje e, assim sucessivamente, mais um mês do calendário estará vencido e ultrapassado, este mês de dezembro que ora se apresenta para nós e que em breve acabará, levando consigo o ano de 2009, abrindo as portas para 2010 que ensaia a sua aparição e anseia por sua chegada.
No Hemisfério Norte, dezembro, mais precisamente o 21 de dezembro, marca o Solstício de Inverno, data da noite mais longa do ano, quando o sol parece imóvel e a Terra aparenta se entregar à escuridão. Mas é justamente depois desse dia que o sol parece renascer e a marcar o seu retorno, paulatino, nas vidas dos habitantes do planeta.
Na Roma Antiga as pessoas celebravam as Saturninas; os povos Celtas (dominados pelo Império Romano) tinham uma festa em celebração ao nascimento do sol.
Com o tempo, a Igreja conseguiu sobrepor as celebrações do nascimento do Filho a toda e qualquer celebração que marcasse o nascimento do Sol ou se homenageasse um deus pagão ao invés do Filho de Deus, aquilo que ficou conhecido como Natal.
Independente da sua crença religiosa, ou mesmo de seu total ceticismo ou ateísmo, o mês de dezembro, aquele que marca o fim de um ano e traz consigo o galopar de um ano novo e as esperanças que se renovam para todos, ficou marcado, pelo menos para os Ocidentais, como um mês de celebrações e festas.
E o mês de dezembro é cheio. De festas, regadas a (muitos) comes e bebes. Mas também é tempo para reflexão.
Tempo de se analisar o ano que passou e de planejar o ano que está por vir. Rever as decisões tomadas e os rumos que foram traçados; projetar um ano novo baseado no aprendizado proporcionado pela análise crítica ao que ficou para trás.
Tempo de recordar tudo de bom que aconteceu no ano que se esvai. De guardar na memória os momentos agradáveis e que o acompanharão para sempre, em um espaço reservado no setor de recordações dos nossos cérebros.
O tempo é implacável. O agora em breve se torna o ainda há pouco; o hoje será ontem e o amanhã será hoje. Nessa inexorável trajetória, dezembro que ora se apresenta diante de nós, muito rapidamente, deixar-nos-á e trará no seu seguimento janeiro, mês de Jano (o Deus romano das portas, passagens, inícios), um ano novo, repleto de novas experiências ainda a serem experimentadas e carregando os sonhos e esperanças de todos nós.
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