Começarei o ano de 2008 falando a respeito dos melhores álbuns de 2007. Melhores, evidentemente, na minha opinião, o que poderia ser denominado mais corretamente de "Meus 10 álbuns preferidos de 2007". Enfim, deixando essa discussão de lado, aí vai a lista:
In Requiem - Paradise Lost (http://www.myspace.com/paradiselostuk)
Considerado por muitos um dos melhores álbuns da banda desde o clássico "Draconian Times" (1995), "In Requiem" marca um retorno da banda a uma sonoridade mais pesada, mesclando as influências mais recentes do Rock Gótico com as mais pesadas dos tempos do Gothic/Doom Metal que levou a banda ao topo em meados dos anos 90.
Riffs pesados, teclados dando uma sonoridade atmosférica e obscura, e um Nick Holmes em grande forma, com um vocal mais agressivo. Atmosférico, sombrio, pesado e agressivo, com algumas pitadas de elementos eletrônicos que marcaram a fase da segunda metade dos anos 90, "In Requiem" é uma obra-prima do Gothic Metal e deixa claro porque o Paradise Lost sempre foi uma banda de vanguarda.
From These Wounds - Funeral (http://www.myspace.com/doomfuneral)
Depressivo, emocional e sombrio. É assim que podemos resumir, em três palavras, este belo exemplar do Funeral Doom Metal. "Down-tempo", atmosfera melancólica e triste, riffs sombrios, teclados dando um tom de sinfonia fúnebre e o vocal perfeito para o estilo, dando um toque apaixonante e emocionante às músicas. Este álbum te leva a uma estranha mistura de sentimentos, é de uma beleza emocionante, ao passo que é de uma melancolia depressiva. Palavras não suficientes para descrevê-lo. Magnífico.
Under Satanae - Moonspell (http://www.myspace.com/moonspell)
"Under Satanae" não é um álbum de músicas inéditas, e isso é inédito em uma lista minha, pois sempre dei preferência a álbuns de músicas novas. Trata-se de uma regravação das músicas mais antigas dos portugueses, mestres do Gothic Metal. Da época "Black Metal" da banda, anterior ao clássico "Wolfheart". Em "Under Satanae" o Moonspell presenteia os seus fãs com versões mais bem trabalhadas e produzidas, além de melhores executadas do EP
"Under the Moonspell", da demo "Anno Satanae" e da música "Serpent Angel", gravada originalmente em 1992 quando a banda ainda se chamava Morbid God.
E que diferença faz a equação: banda mais madura musicalmente, com mais experiência e qualidade técnica + dinheiro e estrutura para gravação e produção decentes. Under Satanae se torna um excelente álbum de Black Metal por ser diferente, por trazer arranjos sinfônicos e pitadas da música regional títpica do sul de Portugal, muito influenciada pela cultura dos Mouros (árabes que ocuparam a Península Ibérica). Álbum necessário tanto para os fãs de Black Metal quanto para os apreciadores do chamado "Dark" Metal.
The Atrocity Exhibition... Exhibit A - Exodus (http://www.myspace.com/exodus)
Costumam dizer que o vinho quanto mais velho, melhor fica. Pois bem, parece que é o caso do Exodus. Os estadunidenses têm lançado petardos atrás de petardos desde o retorno às atividades em 2004 com o já clássico "Tempo of the Damned". Em 2007 mais um álbum que poderá facilmente ser elevado à categoria de clássico, ao lado de "Bonded By Blood" (1985) e do já citado "Tempo of the Damned".
"The Atrocity Exhibition... Exhibit A" reúne riffs pesados, agressivos e empolgantes; bons e bem encaixados solos de guitarra; um belo trampo de cozinha, com um grande trabalho do baterista Tom Hunting; e, por fim, a presença marcante de Rob Dukes, na minha opinião o melhor vocalista que já gravou com a banda (que me desculpem os fãs do lendário Paul Baloff). Em síntese: um petardo!
Silent Waters - Amorphis (http://www.myspace.com/amorphis)
"Silent Waters" é o sucessor natural de "Eclipse", primeiro álbum do Amorphis com o vocalista Tomi Joutsen, lançado em 2006. Tão natural que a banda não esperou muito tempo entre um álbum e outro. Podemos dizer, ainda, que demonstra um crescimento e amadurecimento com sua nova formação e isso permitiu que a banda fizesse um excelente álbum, resgatando, inclusive, um pouco da sonoridade dos velhos tempos e mesclando com os elementos mais recentes.
Trata-se de um trabalho que varia do peso e agressividade a momentos com arranjos mais climáticos e introspectivos. Do Death Metal Melódico ao Folk Metal e Progressivo, com belos arranjos de teclado e sintetizadores, bons riffs e solos de guitarra e uma excelente versatilidade do vocalista Tomi Joutsen, que vai do agressivo ao melódico com qualidade admirável. Peso, agressividade, melodia e introspecção, "Silent Waters" mostra que o Amorphis sabe trabalhar com versatilidade, originalidade e criatividade.
From Below - The Fall of Every Season (http://www.myspace.com/thefallofeveryseason)
"From Below" é o début-CD do "one man project" The Fall of Every Season, projeto do norueguês Marius Strand, que compõe, canta, e toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano, bateria além de fazer as programações eletrônicas. Calmo, melancólico, lento, épico e depressivo... Verdadeiramente depressivo.
"From Below" é um Progressive Death/Doom Metal, com muitas passagens de Melodic Doom, que traz uma combinação de Anathema, Katatonia, Saturnus e Novembers Doom. Marius explora muito bem o vocal gutural e o limpo... O limpo é de uma beleza emocionante, transmite com primazia uma atmosfera de pureza e tristeza. Os riffs de guitarra, os arranjos épicos e melancólicos, o violão, tudo se encaixa perfeitamente. Belíssimo álbum de Doom Metal.
The Novella Reservoir - Novembers Doom (http://www.myspace.com/novembersdoom)
Novembers Doom ou Novembers Death? Brincadeiras à parte, "The Novella Reservoir" é, indubitavelmente, o álbum mais pesado e agressivo do Novembers Doom. As influências de Death Metal são latentes, vocal gutural, bateria extremamente pesada e o pedal duplo comendo solto, riffs agressivos e acelerados. Entretanto, a banda não deixa de lado a melancolia e melodia do Doom Metal, o que se nota em várias passagens mais introspectivas.
"The Novella Reservoir" equilibra peso, agressividade, como melodias e um pouco de melancolia. Death/Doom Metal com um pé no Death Progressivo. Muito bom.
Leaving Eden - Antimatter (http://www.myspace.com/antimatterband)
Antimatter é uma banda britânica fundada pelo músico e compositor Mick Moss e o baixista Duncan Patterson (ex-Anathema). "Leaving Eden", entretanto, é o primeiro álbum da banda como, digamos, projeto exclusivo de Mick Moss, posto que Duncan Patterson deixou o grupo para se dedicar a um álbum solo. E se muitos temiam que a saída de Duncan fosse afetar a banda, Mick Moss nos brinda com o fantástico "Leaving Eden", um álbum de belas composições, com magníficos arranjos de teclado, piano e a grande participação de Danny Cavannagh (Anathema).
"Leaving Eden" é um álbum de Rock Progressivo, bastante sombrio e melancólico. Mick Moss é dono de uma voz cativante, encantadoramente triste e emocionante. Algumas passagens de violino, outras de violoncelo, orgão, encrementam e aprofundam ainda mais o clima soturno que cerca o álbum. Aos amantes de música sombria e melancólica, principalmente da escola britânica: "Leaving Eden" é um álbum essencial.
Souvenirs d'un Autre Monde - Alcest (http://www.myspace.com/alcestmusic)
Quem escuta "Souvernirs d'un Autre Monde" dificilmente consegue imaginar essa mesma banda tocando Black Metal. Pois bem, Alcest começou como projeto de Neige, que depois se tornou uma banda com a incorporação de outros dois componentes e, sim, era Black Metal, porém um pouco diferente, com uma sonoridade mais fria, melódica e melancólica.
Atualmente a Alcest é um "one man project", Neige novamente caminha solitário neste jornada, e de Black Metal "Souvernirs d'un Autre Monde" praticamente não tem nada. Mas a sonoridade fria, melódica, melancólica permaneceu. É um álbum que nos faz relaxar, acalma-nos, é introspectivo, quase que um convite a uma viagem de sonhos e nostalgia. A música pode ser definida como uma mistura de Shoegazer com Metal, mas o que realmente se destaca é a capacidade que Neige tem de nos fazer refletir sobre a vida e nossa existência. Belíssimo.
Humanity: Hour 1 - Scorpions (http://www.myspace.com/officialscorpions)
Bom e velho Rock! Scorpions é uma banda clássica do Rock mundial, os dinossauros do Hard Rock, que estão na ativa há mais de 40 anos, e lançaram inumeros clássicos desde o primeiro álbum, "Lonesome Crow" (1972).
Depois de um flerte com a música mais comercial nos anos 90, os alemães lançaram "Unbreakable" (2004), um retorno ao Hard Rock. "Humanity: Hour 1" vem nessa mesma linha, o bom e velhor Hard Rock, pesado, melódico, com músicas diretas e agitadas e algumas baladas mais calmas e relaxantes. Excelentes melodias, bons riffs, boa performance do grande Klaus Meine e refrões grudentos, fazem de "Humanity: Hour 1" um álbum que depois de escutado não sai da tua cabeça. Bom exemplar de Heavy Rock.
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