sábado, 19 de janeiro de 2008

E a passagem aumentou novamente...


Desde o começo desta semana a população recifense e da Região Metropolitana passou a pagar mais caro pelo transporte urbano. As tarifas cobradas pelas empresas responsáveis pelo transporte público tiveram um aumento de 8.59%. Pouco mais de dois anos depois do último reajuste, ocorrido em novembro de 2005, os empresários se sentiram na necessidade “vital” de elevarem os custos do transporte.

Dois anos e dois meses depois de muitos protestos e bastante revolta dos estudantes e do povo menos favorecido, os empresários, a EMTU e o Governo do Estado nos brindam com mais um aumento. Os 8.59% propostos pela EMTU, dirigida pelo petista Dílson Peixoto, correspondem ao Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), de novembro de 2005 a janeiro de 2008. Porém, acreditem, os empresários queriam ainda mais, para eles o reajuste deveria ser de 28,13%. Pobres coitados, não é mesmo?

O anel A, mais utilizado (cerca de 70% dos usuários), saltou de R$ 1,60 para R$ 1,75. Os anéis B e D, também entre os mais utilizados, saltaram para R$ 2,60 e R$ 2,10, respectivamente. 70% dos usuários estão pagando RS 0,15 a mais por passagem, portanto, no mínimo R$ 0,30 por dia, que dá uma média de R$ 1.80 por semana, R$ 7,20 por mês, isso calculando que a pessoa apenas precisará de duas passagens diárias, em seis dias por semana, o que todos sabem que não corresponde à realidade social dos trabalhadores da RMR e de muitos estudantes.

As tarifas aumentam, mas será que a qualidade do transporte público também aumenta? Os empresários dizem que sem o aumento a qualidade oferecida à população irá cair, pois seus custos se elevaram, logo as passagens devem cobrir estes custos, portanto, o povo tem que pagar por isso, pois o lucro há de ser salvo. Entretanto, alguém pode me responder: de novembro de 2005 para janeiro de 2008 a qualidade do transporte público aumentou ou caiu?

Os empresários devem achar que o povo é burro e desprovido de qualquer capacidade de raciocínio e crítica. Se a desculpa dada sempre é a de manter a qualidade do produto oferecido, então, basta fazermos uma breve análise do que aconteceu nos últimos anos. A qualidade aumentou, caiu, ou, pelo menos, manteve-se no mesmo nível?

Quem usa o transporte coletivo sabe muito bem a resposta. É óbvio e evidente que a qualidade caiu de maneira absurda! E o grande marco para a queda da qualidade do transporte público foi o fim do transporte alternativo, mais conhecido por “kombeiros”. E porquê isso terá ocorrido?


Simples: os “kombeiros” promoviam uma concorrência com as empresas “tradicionais”. Ofereciam preços mais baixos, o que atraia grande parcela da carente população do grande Recife; ofereciam linhas alternativas, que melhor serviam as pessoas. Os “kombeiros” trouxeram algo novo para os usuários de transporte coletivo da RMR, a sensação de que havia uma alternativa mais barata e eficaz.

Foi na época áurea do transporte alternativo que surgiram novas linhas do “transporte tradicional”; foi também nessa época em que surgiram os “geladinhos” e “geladões”, com ar-condicionado, e outros veículos com muito mais comodidade e conforto para os passageiros. As empresas, temendo a concorrência, foram forçadas a aumentarem seus custos, abrir mão temporariamente de parte dos seus lucros, para frear o crescimento da demanda dos transportes alternativos. A população da Grande Recife pôde vivenciar a livre concorrência e colher, daí, uma melhor estrutura, enfim, um melhor tratamento.

Porém, os empresários não estavam satisfeitos com essa situação. Se há algo que a maioria do empresariado não gosta nem de ouvir falar é redução de lucros. E os “kombeiros” incomodavam, na medida em que faziam concorrência e ofereciam uma alternativa às pessoas, os lucros das empresas iriam sofrer. E no mundo em que vivemos, as pessoas não têm vez, os seres humanos são relegados a seres inferiores, sem face, tornam-se em uma massa meramente consumidora. De cidadão a consumidor, esta é a realidade.

Chomsky lançou a pergunta: o lucro ou as pessoas? A EMTU, a Prefeitura (Popular) de Recife, o Governo do Estado e os empresários do transporte coletivo na RMR deram a reposta: o lucro. E lá se foram os “kombeiros”, em sua maioria pessoas de baixa renda, desempregadas, que tinham como única fonte de renda o trabalho honesto de motorista e cobrador do transporte alternativo. A Prefeitura (Popular) de Recife, cujo lema é “cuidar das pessoas” não pensou na imensa maioria das pessoas, no povo sofrido de baixa renda, naqueles que sofrem o cotidiano de trabalhos duros e mal pagos; da exploração do capital.

E, desde então, o transporte público sofreu uma queda vertiginosa de qualidade. Para quê investir e manter veículos de maior consumo se já não existe mais concorrência, não é verdade? Exatamente. Foi isto que fizeram, paulatinamente, os empresários da RMR. E não houve aumento de valor das passagens que fez esta queda brutal na qualidade parar. Aumento de qualidade? Isto só nos melhores sonhos utópicos de quem acredita que um dia o povo será tratado de forma humana e fraterna.

Eis que chegamos, finalmente e infelizmente, a 2008. No comando do Governo Estadual um novo grupo, saiu a coalizão de direita e entrou a de centro-esquerda. Em campanha, o atual governador prometeu redução das tarifas. Um sonho a ser realizado? Um governante que pensa nas pessoas? Ou mera promessa demagógica de campanha?

Mais uma vez, o lucro prevaleceu. E a promessa de redução do valor das tarifas não passou de palavras soltas ao vento, de propaganda eleitoral. Mais um engodo para o povo. Na prática, a mudança não existiu.

Houve novo aumento. O Governo do Estado, ao invés de cumprir sua promessa, apresentou uma proposta de 8.59%, os empresários, mesmo contrariados, aceitaram, pelo menos estarão a somar.

Aproveitaram o mês de janeiro para tomar esta decisão. Mês de férias escolares e acadêmicas, época, também, em que muita gente está pensando em praia, sombra e água fresca. Um período bastante propício para evitar grandes mobilizações populares. Quanto menos barulho, melhor para aqueles que estão no comando.

As passagens aumentaram, mas o povo continuará sofrendo com ônibus lotados, veículos desconfortáveis e em péssimo estado de conservação, frotas reduzidas e da insegurança nos coletivos, reflexo desta calamidade que assola nosso estado. Tudo isso irá continuar, e, se for mantida a tendência dos últimos anos, não apenas as passagens aumentarão, a péssima prestação de serviços também.

Se não nos levantarmos, se não nos fizermos ouvir, seremos cada vez mais ignorados, explorados e desprezados. Não podemos baixar nossas cabeças e nos conformamos. O conformismo é alimento para aqueles que querem explorar e enriquecer às custas do povo.

A união é necessária. A mobilização é essencial.

Se o lucro está acima das pessoas, o que será das pessoas?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Vencer é o que importa?


"O vice-campeão é o primeiro dos últimos".

Essa é uma frase bastante comum no nosso país. Significa que ficar em segundo é sinônimo de fracasso. Apenas a vitória interessa, não importando os meios necessários para atingi-la. Perder, mesmo que com dignidade, superando suas fraquezas e seus limites, é fracassar e não tem valor algum. Em resumo, se você não é um vencedor, você é um nada, insignificante; apenas os vencedores têm valor e merecem admiração.

Infelizmente, esse pensamento não se resume exclusivamente ao mundo esportivo. O esporte reflete a sociedade. Se já é lamentável no mundo esportivo, o que dizer do meio social? Ultrajante, absurdo. É um tipo de pensamento que se torna prejudicial à vida humana, posto que entra em conflito com a idéia de solidariedade, que deveria ser primordial em qualquer relação humana e no convívio coletivo.

As pessoas vivem em constante competitividade, são educadas para competir, ser sempre melhores dos que as outras. Cria-se um individualismo que retira qualquer forma de solidariedade. A idéia de apoio ao próximo se torna ridícula. O que importa é o sucesso individual. Não se procura dar o melhor de si e tentar ajudar o próximo para que ele atinja seu objetivo. A derrota e o fracasso do outro são celebrados quando lhe favorece.

A competitividade extrema rima com individualidade, o oposto de coletividade e companheirismo. Na maioria das vezes, fazer apenas o seu não é suficiente para que o todo cresça e haja harmonia no meio social. Pelo contrário, o individualismo cria um fosso que separa as pessoas umas das outras, gera desigualdade e descrepâncias.

Viver em sociedade significa viver em coletividade. E isso deveria ser sinônimo de solidariedade, de trabalho em conjunto. Infelizmente vivemos em um mundo dominado pelo pensamento competitivo de ser o melhor e do absurdo de que "os mais fortes sobrevivem", como se competição, individualismo e egoísmo fossem características da natureza humana.

Um time de futebol é o conjunto de 11 jogadores ou o individualismo de 1 estrela? Quantas vezes não vimos um time muito mais fraco, sem estrelas, vencer um adversário repleto de grandes jogadores? O craque não joga sozinho, ele precisa de seus companheiros dentro de campo para que sua qualidade técnica se sobressaia e faça a diferença; ele pode vir a ser o jogador chave, o homem decisivo e mais importante do jogo, mas jamais decidirá sozinho, pois sem o apoio de seus companheiros no retângulo gramado, ele não logrará êxito. É o trabalho do conjunto, a força da coletividade que faz um time vencedor.

Na sociedade também deveria ser assim. O trabalho em conjunto, a cooperação entre todos, a força da coletividade deveriam ser valorizadas e postas em prática. Enxergar o próximo, saber dividir com ele o sucesso e ajudar a ultrapassar os obstáculos e evitar o fracasso. Cultivar o trabalho em equipe, aproveitar o que cada um tem de melhor para que o todo obtenha sucesso.

O crescimento coletivo gera o crescimento individual.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Os melhores álbuns de 2007

Começarei o ano de 2008 falando a respeito dos melhores álbuns de 2007. Melhores, evidentemente, na minha opinião, o que poderia ser denominado mais corretamente de "Meus 10 álbuns preferidos de 2007". Enfim, deixando essa discussão de lado, aí vai a lista:

In Requiem - Paradise Lost (http://www.myspace.com/paradiselostuk)

Considerado por muitos um dos melhores álbuns da banda desde o clássico "Draconian Times" (1995), "In Requiem" marca um retorno da banda a uma sonoridade mais pesada, mesclando as influências mais recentes do Rock Gótico com as mais pesadas dos tempos do Gothic/Doom Metal que levou a banda ao topo em meados dos anos 90.

Riffs pesados, teclados dando uma sonoridade atmosférica e obscura, e um Nick Holmes em grande forma, com um vocal mais agressivo. Atmosférico, sombrio, pesado e agressivo, com algumas pitadas de elementos eletrônicos que marcaram a fase da segunda metade dos anos 90, "In Requiem" é uma obra-prima do Gothic Metal e deixa claro porque o Paradise Lost sempre foi uma banda de vanguarda.

From These Wounds - Funeral (http://www.myspace.com/doomfuneral)

Depressivo, emocional e sombrio. É assim que podemos resumir, em três palavras, este belo exemplar do Funeral Doom Metal. "Down-tempo", atmosfera melancólica e triste, riffs sombrios, teclados dando um tom de sinfonia fúnebre e o vocal perfeito para o estilo, dando um toque apaixonante e emocionante às músicas. Este álbum te leva a uma estranha mistura de sentimentos, é de uma beleza emocionante, ao passo que é de uma melancolia depressiva. Palavras não suficientes para descrevê-lo. Magnífico.

Under Satanae - Moonspell (http://www.myspace.com/moonspell)

"Under Satanae" não é um álbum de músicas inéditas, e isso é inédito em uma lista minha, pois sempre dei preferência a álbuns de músicas novas. Trata-se de uma regravação das músicas mais antigas dos portugueses, mestres do Gothic Metal. Da época "Black Metal" da banda, anterior ao clássico "Wolfheart". Em "Under Satanae" o Moonspell presenteia os seus fãs com versões mais bem trabalhadas e produzidas, além de melhores executadas do EP
"Under the Moonspell", da demo "Anno Satanae" e da música "Serpent Angel", gravada originalmente em 1992 quando a banda ainda se chamava Morbid God.

E que diferença faz a equação: banda mais madura musicalmente, com mais experiência e qualidade técnica + dinheiro e estrutura para gravação e produção decentes. Under Satanae se torna um excelente álbum de Black Metal por ser diferente, por trazer arranjos sinfônicos e pitadas da música regional títpica do sul de Portugal, muito influenciada pela cultura dos Mouros (árabes que ocuparam a Península Ibérica). Álbum necessário tanto para os fãs de Black Metal quanto para os apreciadores do chamado "Dark" Metal.

The Atrocity Exhibition... Exhibit A - Exodus (http://www.myspace.com/exodus)

Costumam dizer que o vinho quanto mais velho, melhor fica. Pois bem, parece que é o caso do Exodus. Os estadunidenses têm lançado petardos atrás de petardos desde o retorno às atividades em 2004 com o já clássico "Tempo of the Damned". Em 2007 mais um álbum que poderá facilmente ser elevado à categoria de clássico, ao lado de "Bonded By Blood" (1985) e do já citado "Tempo of the Damned".

"The Atrocity Exhibition... Exhibit A" reúne riffs pesados, agressivos e empolgantes; bons e bem encaixados solos de guitarra; um belo trampo de cozinha, com um grande trabalho do baterista Tom Hunting; e, por fim, a presença marcante de Rob Dukes, na minha opinião o melhor vocalista que já gravou com a banda (que me desculpem os fãs do lendário Paul Baloff). Em síntese: um petardo!

Silent Waters - Amorphis (http://www.myspace.com/amorphis)

"Silent Waters" é o sucessor natural de "Eclipse", primeiro álbum do Amorphis com o vocalista Tomi Joutsen, lançado em 2006. Tão natural que a banda não esperou muito tempo entre um álbum e outro. Podemos dizer, ainda, que demonstra um crescimento e amadurecimento com sua nova formação e isso permitiu que a banda fizesse um excelente álbum, resgatando, inclusive, um pouco da sonoridade dos velhos tempos e mesclando com os elementos mais recentes.

Trata-se de um trabalho que varia do peso e agressividade a momentos com arranjos mais climáticos e introspectivos. Do Death Metal Melódico ao Folk Metal e Progressivo, com belos arranjos de teclado e sintetizadores, bons riffs e solos de guitarra e uma excelente versatilidade do vocalista Tomi Joutsen, que vai do agressivo ao melódico com qualidade admirável. Peso, agressividade, melodia e introspecção, "Silent Waters" mostra que o Amorphis sabe trabalhar com versatilidade, originalidade e criatividade.

From Below - The Fall of Every Season (http://www.myspace.com/thefallofeveryseason)

"From Below" é o début-CD do "one man project" The Fall of Every Season, projeto do norueguês Marius Strand, que compõe, canta, e toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano, bateria além de fazer as programações eletrônicas. Calmo, melancólico, lento, épico e depressivo... Verdadeiramente depressivo.

"From Below" é um Progressive Death/Doom Metal, com muitas passagens de Melodic Doom, que traz uma combinação de Anathema, Katatonia, Saturnus e Novembers Doom. Marius explora muito bem o vocal gutural e o limpo... O limpo é de uma beleza emocionante, transmite com primazia uma atmosfera de pureza e tristeza. Os riffs de guitarra, os arranjos épicos e melancólicos, o violão, tudo se encaixa perfeitamente. Belíssimo álbum de Doom Metal.

The Novella Reservoir - Novembers Doom (http://www.myspace.com/novembersdoom)

Novembers Doom ou Novembers Death? Brincadeiras à parte, "The Novella Reservoir" é, indubitavelmente, o álbum mais pesado e agressivo do Novembers Doom. As influências de Death Metal são latentes, vocal gutural, bateria extremamente pesada e o pedal duplo comendo solto, riffs agressivos e acelerados. Entretanto, a banda não deixa de lado a melancolia e melodia do Doom Metal, o que se nota em várias passagens mais introspectivas.

"The Novella Reservoir" equilibra peso, agressividade, como melodias e um pouco de melancolia. Death/Doom Metal com um pé no Death Progressivo. Muito bom.

Leaving Eden - Antimatter (http://www.myspace.com/antimatterband)

Antimatter é uma banda britânica fundada pelo músico e compositor Mick Moss e o baixista Duncan Patterson (ex-Anathema). "Leaving Eden", entretanto, é o primeiro álbum da banda como, digamos, projeto exclusivo de Mick Moss, posto que Duncan Patterson deixou o grupo para se dedicar a um álbum solo. E se muitos temiam que a saída de Duncan fosse afetar a banda, Mick Moss nos brinda com o fantástico "Leaving Eden", um álbum de belas composições, com magníficos arranjos de teclado, piano e a grande participação de Danny Cavannagh (Anathema).

"Leaving Eden" é um álbum de Rock Progressivo, bastante sombrio e melancólico. Mick Moss é dono de uma voz cativante, encantadoramente triste e emocionante. Algumas passagens de violino, outras de violoncelo, orgão, encrementam e aprofundam ainda mais o clima soturno que cerca o álbum. Aos amantes de música sombria e melancólica, principalmente da escola britânica: "Leaving Eden" é um álbum essencial.

Souvenirs d'un Autre Monde - Alcest (http://www.myspace.com/alcestmusic)

Quem escuta "Souvernirs d'un Autre Monde" dificilmente consegue imaginar essa mesma banda tocando Black Metal. Pois bem, Alcest começou como projeto de Neige, que depois se tornou uma banda com a incorporação de outros dois componentes e, sim, era Black Metal, porém um pouco diferente, com uma sonoridade mais fria, melódica e melancólica.

Atualmente a Alcest é um "one man project", Neige novamente caminha solitário neste jornada, e de Black Metal "Souvernirs d'un Autre Monde" praticamente não tem nada. Mas a sonoridade fria, melódica, melancólica permaneceu. É um álbum que nos faz relaxar, acalma-nos, é introspectivo, quase que um convite a uma viagem de sonhos e nostalgia. A música pode ser definida como uma mistura de Shoegazer com Metal, mas o que realmente se destaca é a capacidade que Neige tem de nos fazer refletir sobre a vida e nossa existência. Belíssimo.

Humanity: Hour 1 - Scorpions (http://www.myspace.com/officialscorpions)

Bom e velho Rock! Scorpions é uma banda clássica do Rock mundial, os dinossauros do Hard Rock, que estão na ativa há mais de 40 anos, e lançaram inumeros clássicos desde o primeiro álbum, "Lonesome Crow" (1972).

Depois de um flerte com a música mais comercial nos anos 90, os alemães lançaram "Unbreakable" (2004), um retorno ao Hard Rock. "Humanity: Hour 1" vem nessa mesma linha, o bom e velhor Hard Rock, pesado, melódico, com músicas diretas e agitadas e algumas baladas mais calmas e relaxantes. Excelentes melodias, bons riffs, boa performance do grande Klaus Meine e refrões grudentos, fazem de "Humanity: Hour 1" um álbum que depois de escutado não sai da tua cabeça. Bom exemplar de Heavy Rock.